Foto a esquerda, dentistas portugueses questionando a ida de profissionais brasileiros para Portugal, pressionando ao Governo Português inclusive exames de admissão dos dentistas brasileiros em Portugal.
Foto a direita, médicos brasileiros questionando a vinda de profissionais estrangeiros para o Brasil, pressionando ao Governo Brasileiro inclusive exames de revalidação dos médicos estrangeiros no Brasil.
Em 1992 a classe médica brasileira chamou a atitude de seus colegas europeus de XENOFOBISMO...rs... como as coisas mudam em 10 anos não?
Mas analisando friamente os dois principais itens de protestos contra a vinda de profissionais estrangeiros ao Brasil:
Não falarem português.
Meus avós chegaram a este pais sem saber uma palavra de português e isto não os impediu de formar negócios e família, assim como todos os outros imigrantes neste grande pais, este comentário para mim é a xenofobia concretizada senhores, vide que mesmo entre brasileiros as vezes os regionalismos na linguagem torna a conversa complicada e confusa até, porem o ser humano possui uma caracteristica que os doutores ignoram, adaptabilidade....
Em varias regiões do Brasil sequer existe médicos, se houver um médico mesmo com um português ainda em desenvolvimento ainda sim será melhor do que a situação atual, ou seja nenhum médico, o que nos leva ao próximo item muito comentado:
Não existe falta de médicos no Brasil.
Se analisarmos por São Paulo, realmente não existe... porem se formos analisar a nível Brasil veremos por exemplo 0,71 médicos/mil habitantes no maranhão, se formos levar ao interior do estado este numero cairá mais ainda, por R$ 10.000 médicos paulistas por exemplo não estariam dispostos a morar no agreste, estariam?
Friamente falando, pego por exemplo minha área, TECNOLOGIA, existem inúmeros profissionais estrangeiros no Brasil, assim como existem no comercio, industria, propaganda, jornalismo, resumindo... em todas as áreas.... por que não justamente a médicina teremos que manter esta RESERVA DE MERCADO?
Doutores, quem tem competência, não teme competição e acima de tudo....o povo doente e carente deve ser sempre o principal em qualquer questão, como diria Hipócrates, que os senhores devem (ou deveriam) conhecer bem:
"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."
BOA NOITE!
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