quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Bolivia ameaça declarar guerra caso Dilma caia!

"Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias", afirmou Morales em uma escola militar em Cochabamba (mesmo com um impeachment constitucional e legal).

Morales fez a advertência coincidindo com o 44º aniversário do golpe militar de 1971, que exaltou o então coronel Hugo Banzer, apoiado, segundo os historiadores, por militares do Brasil e da Argentina, com o apoio do Pentágono.
"Pessoalmente, nossa conduta será de defender Dilma (Rousseff), presidente do Brasil e o Partido dos Trabalhadores", declarou Morales, dias após de opositores realizarem várias manifestações no Brasil exigindo a renúncia da presidente.

Morales fez votos para que "o tema do golpe de Estado no Brasil seja somente uma questão midiática,mas avisou que pode ir ao Brasil com um exército armado, apoiado pelo Foro de São Paulo caso 'o golpe' se concretize..
 
"É nossa obrigação defender os processos democráticos, a democracia e especialmente os processos de libertação sem interferência externa(Tirando a Bolivia não caro Evo?), disse.".

La Paz e Brasília mantêm certas afinidades políticas, afetadas por um episódio em 2013, quando o senador boliviano opositor Roger Pinto fugiu para território brasileiro em um veículo diplomático e foi protegido por funcionários da embaixada do Brasil em La Paz, onde estava asilado desde maio de 2012.

Após sua incomum entrada no Brasil, Pinto pediu refúgio. A fuga de Pinto gerou uma crise diplomática entre o Brasil e a Bolívia, que levou à saída do chanceler brasileiro Antônio Patriota. O embaixador brasileiro em La Paz não foi reposto desde então.


O outro lado da moeda


Atualmente o Brasil tem condições de dizimar quase completamente o exercito boliviano ainda antes que saísse de dentro dos quarteis. Somente com o emprego de nossa artilharia terra-terra, o Brasil pode varrer mais que 50% do território de Evo Morales. Por conta disso tudo, é tecnicamente impossível que militares bolivianos empreendam qualquer ação que ameace minimamente nossa soberania. 

Se existisse um ranking oficial de poderio militar na America latina, a Bolívia ficaria próximo do último lugar enquanto o Brasil ocupa o primeiro. O exército boliviano sempre esteve mais orientado para ações policiais do que para defesa nacional.
Há apenas dois anos Evo Morales teve que se aquietar quando o Chile o advertiu que parasse de insistir na tão pretendida saída para o pacífico. Na época o presidente chileno deixou claro que se fosse necessário iria defender seu território “com toda a força do mundo“. Evo recuou.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Venezuela e Guiana a beira da guerra...


Pouco acima da fronteira brasileira, bem no topo do mapa, uma tensão vai ganhando vulto e provoca reflexões no extremo norte da América do Sul.
Em meio a uma crise profunda e próxima das eleições legislativas nas quais a oposição tende a desbancar o chavismo, subiu o tom com a Guiana.


O tema, controverso, remonta ao final do século 19, quando a fronteira entre os dois países foi delimitada. O governo venezuelano tem mostrado interesse nunca antes visto pela região conhecida como Essequibo, que representa cerca de três quartos da Guiana.
A investida venezuelana coincide com um momento de forte crise interna e instabilidade. O desabastecimento é superior a 30% dos produtos essenciais. A inflação está roçando nos 100% anuais, e a criminalidade está disseminada.


O tema se torna mais relevante, em termos geopolíticos, em razão da recente descoberta, pela Exxon Mobil, de uma importante reserva de petróleo na área. Haveria a projeção, por parte da Exxon, de explorar 159.500 quilômetros quadrados em terra e mar. E aí entra a questão: a soberania da região é reivindicada por Guiana e Venezuela.
A pedido do presidente da Guiana, David Granger, o Brasil se mostrou disposto a mediar a negociação entre a ex-colônia britânica e a Venezuela de Nicolás Maduro. O governo venezuelano, porém, não gostou de saber que a presidente Dilma Rousseff recebeu Granger em reunião bilateral no Planalto.

Para professora, tática de Caracas é clássica

O desconforto está sendo tratado com cautela. No Itamaraty, o assunto tem sido motivo de inquietação. Está centralizado, no entanto, no Palácio do Planalto – na mesa do assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. A leitura é de que Dilma, pouco vocacionada para esse tipo de atuação, teve o cuidado de pôr limites à volúpia de Maduro, preocupada com os danos que poderia causar na fronteira brasileira. O venezuelano, por sua vez, buscaria um assunto que desvie a atenção em relação à crise interna e que crie, utilizando-se de um tema externo, motivo para aumentar a própria popularidade interna – isso já foi feito e deu certo outras vezes.

É uma estratégia clássica. A instabilidade é grande na Venezuela. Muitas vezes já ocorreu de países nessa situação agirem assim para desviar a atenção. A Argentina fez em relação às Malvinas e a própria Grécia pôs na Alemanha os motivos da sua crise – diz Cristina Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e autora do recentemente lançado O Brasil e a América do Sul (Editora Alta Books, 292 páginas), em coautoria com Corival Alves do Carmo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A falacia comunista em sua origem....



O Marxismo teve erros crassos de observação e analise quando de sua elaboração durante a inglaterra vitoriana e estes erros fazem a base do marxismo moderno, e sei que não deveria mexer com "religiões" alheias mas creio sempre ter tido uma alma um tanto "heretica" com respeito a este tipo de religião.

Segundo Engels em seu livro "A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra", antes da revolução industrial "os trabalhadores sobreviviam suportavelmente e levavam uma vida honesta e tranquila, piedosa e honrada; sua situação material era bem superior do que a de seus sucessores: não precisavam se matar de trabalhar, não faziam mais do que desejavam e, no entanto, ganhavam para cobrir suas necessidades e dispunham de tempo para um trabalho sadio em seu jardim ou no campo, trabalho que para eles era uma forma de descanso".
A culpa disso ter desaparecido, ainda segundo Engels, co-autor do "manifesto comunista", esse paraíso desapareceu com as máquinas, pois artesãos e camponeses tiveram de se mudar para as cidades imundas e morar em "estábulos destinados a seres humanos".

Depois do livro de Engels, tornou-se comum associar que as fábricas e grandes empresas com a diminuição da qualidade de vida, ou acreditar que as máquinas tiram empregos, que os empresários gananciosos fazem os operários ganharem apenas para sobreviver e que a pobreza de muitos vem da riqueza de poucos.

Na época era fácil fazer tal associação, pois a jornada dos operários ingleses passava de 12 horas por dia. De acordo com o censo de 1851, 36% das crianças entre 10 e 14 anos trabalhavam, algumas delas em canais de ventilação em minas de carvão ou limpando chaminés. Mendigos, meninos de rua, bêbados, prostitutas e desempregados vagavam por ruas escurecidas por fumaça. Em 1841, a expectativa de vida em Manchester era de 25 anos; em Londres, de 36; na zona rural, de 45.

Engels e Marx viram tudo certo, mas entenderam tudo errado. Diante de tantos pobres recém-chegados e fábricas recém-construídas, era fácil explicar um como consequência do outro, porém não é isso. Antes da revolução industrial, aquelas crianças e trabalhadores não existiriam, pelo menos a maioria deles, pois morreriam no ventre de suas mães, ou nos primeiros anos de vida. As fábricas salvaram os pobres ingleses de morrerem de fome, os empresários do mal, ávidos por lucro, tornaram desnecessário o trabalho infantil e as máquinas criaram milhões de empregos. O capitalismo industrial, ao desprezar hierarquias baseadas no sobrenome (que era como as coisas funcionavam antes) e tornar possível a abundância de produtos a preços baixos, foi a melhor coisa que aconteceu aos pobres em toda a história do mundo.

Para viver antes da revolução industrial, você precisaria se habituar a um fenômeno frequente: a morte de crianças. Enterrar um filho acontecia em 40% das famílias. As crianças só ganhavam um nome depois de viverem alguns meses, de tanto que elas morriam. Um inglês nascido em 1861 tinha expectativa de vida de 36 anos, menor que a dos piores países africanos hoje. Depois da revolução industrial, os ingleses pararam de morrer assim tão frequentemente. O cercamento das propriedades rurais e o uso de novas técnicas de agricultura levaram a uma maior disponibilidade de alimentos. Com mais nutrientes na gravidez, o número de bebês natimortos caiu mais que a metade ao longo daquele século, a mortalidade até um ano de vida caiu 40% e os adultos deixaram a morte um pouco para mais tarde.

Porém, mais gente viva significava mais gente comendo, e a comida era algo que desaparecia de vez em quando. Até então, quando a população crescia, a fome tinha o mesmo destino, causando mortes, doenças e abortos que levavam as pessoas de volta ao que estavam antes. Essa é a "armadilha malthusiana" que professores de história explicam como "uma visão burguesa que culpa os pobres pelos males do mundo". O que ele dizia é que, com mais gente viva, porém com a mesma produção de alimentos, a fome reinaria.

Para escapar da "armadilha malthusiana", aquelas multidões tinham que ou migrar pra américa do norte como servos por contrato, ou alistar-se como soldados no exército (muitos ou morriam ou voltavam mutilados das guerras, acabando como mendigos). Isso aconteceu até que perceberam que tinham que fazer o trabalho render mais. Precisavam de alguém que lhes pagassem um salário o ano todo, e não só nas épocas de colheita, como era antes da revolução industrial. Foi assim que esses ingleses migraram pras cidades, pra trabalhar nas fábricas.

Ludwig Von Mises diz em um de seus livros: "Os proprietários das fábricas não tinham o poder para obrigar ninguém a aceitar um emprego nas suas empresas. Podiam apenas contratar pessoas que quisessem trabalhar pelos salários que lhes eram oferecidos. Mesmo que esses salários fossem baixos, ainda assim eram muito mais do que aqueles indigentes poderiam ganhar em qualquer outro lugar. Aquelas mulheres não tinham como alimentar seus filhos. Aquelas crianças estavam carentes e famintas. Seu único refúgio era a fábrica; que as salvou, no estrito senso do termo, de morrer de fome."

Mises acrescenta: "É deplorável que tal situação existisse. Mas, se quisermos culpar os responsáveis, não devemos acusar os proprietários das fábricas que - certamente movidos pelo egoísmo e não pelo altruísmo - fizeram todo o possível para erradicá-la. O que causava esses males era a ordem econômica do período pré-capitalista, a ordem daquilo que, pelo que se infere da leitura das obras de muitos historiadores, eram os "bons e velhos tempos".

Não morrer de fome era uma excelente notícia, mas, de novo, houve um efeito inesperado. Durante a revolução industrial, a população aumentou de uma forma mentirosa. Pessoas que antes morriam de fome quando crianças, agora se tornaram moças e rapazes. As notícias de que a Inglaterra tinha outros modos de ganhar dinheiro se espalhou, atraindo milhares de imigrantes.

Imagine que você chama seus amigos - só os mais chegados - para um churrasco na sua casa. Você tem fama de pilotar bem a churrasqueira, então a turma aparece em peso - e ainda leva amiga, casinho, namorado. São 20 bocas doidas por picanha quando sua irmã telefona dizendo que vai levar o marido e aqueles três filhos esfomeados. O vizinho também sente o cheiro de carne, e como é bom manter uma relação saudável com a vizinhança, você chama ele também. Com mais de 30 querendo comer, não é difícil dizer que todos vão embora com fome. A tal "armadilha malthusiana". Mas ao contrário do que todos pensavam, aconteceu que todos saíram satisfeitos do churrasco, no caso da Inglaterra. A população aumentou e os salários também.

Como esse milagre aconteceu? Por três motivos: O primeiro foi o aumento de produtividade. As máquinas fizeram o mesmo trabalhador produzir mais em menos tempo. É como se você ganhasse uma churrasqueira que assa mais rápido usando menos carvão. Além disso, o crescimento da economia, mais rápido que o da população, aos poucos puxou pra cima os salários e pra baixo as horas de trabalho. "Os empregadores passaram a competir pelos melhores empregados, oferecendo salários maiores e horas de trabalho menores", explica o economista Thomas DiLorenzo.

O terceiro motivo é que a produção em série fez as mercadorias custarem menos. Isso porque, pela primeira vez naquela história, os grandes negócios eram destinados a produzir coisas baratas, atingindo o maior mercado possível. Afinal, para a produção em massa poder existir, era necessário haver consumo em massa. Mercadorias que antes eram produzidas apenas pelas corporações de ofício, com preços tabelados, proteção do governo contra concorrentes e destinadas a aristocratas e senhores de terras, entraram num processo sem fim de popularização.

Havia nas cidades outro poder de atração. Aqueles milhares de camponeses pobres tinham, pela primeira vez, a oportunidade de tentar morrer melhor do que nasceram. Não precisavam mais aceitar a vida de párias nas grandes fazendas, onde a hierarquia tradicional, o sobrenome e o parentesco costumavam fixar a posição de cada um.

Mesmo os historiadores marxistas admitem que as fábricas deixaram os produtos mais acessíveis. Mas argumentam, como faz o historiador Eric Hobsbawm em um de seus tantos equívocos, que a miséria foi exportada para os países perdedores daquele processo, os subdesenvolvidos do terceiro mundo. Acontece que em todos os lugares onde as empresas passaram, o processo foi parecido: Salários no início miseráveis, aumentando pouco a pouco; máquinas produzindo em massa por um preço cada vez menor; pobres com maior poder de compra e cada vez mais bem-vestidos e alimentados. As pessoas passaram a "sofrer" dos males da classe média: excesso de alimentos, carros, objetos em casa.

A revolução industrial fez tão bem aos pobres que a elite ficou indignada com ela. Até o século 18, era possível saber facilmente se alguém era nobre de acordo com as roupas, o peso e a altura. Com a popularização dos móveis, relógios, couro, tapetes, etc, tornou-se difícil distinguir aristocratas de burgueses, e burgueses de pobres. Muitos nobres se revoltaram contra isso e criaram leis que limitavam o consumo. Essa confusão de classes contribuiu para o mito de que a vida antes do capitalismo era melhor. A nobreza criou o mito de que antes de tudo isso, desse "consumo desenfreado e a ânsia por lucro", a vida era melhor, quando as classes estavam "contentes"com suas posições sociais e não aspiravam melhorar de vida.

Pena que essa melhoria de vida ainda não estava evidente em 1840, quando Engels e Marx começaram a escrever contra a burguesia. Em pouco tempo a população deixaria de aumentar tão rápido e os salários aumentariam de forma considerável.

A questão é: Se Engels e Marx tivessem esperado mais 10 anos, talvez o comunismo marxista não existiria.

Saiba quais são as "organizacoes sociais" que apoiam o PT, e o pq do apoio...



A situação se repete constantemente, de um lado, a população de paciência esgotada contra este governo e lacaios que criaram uma celeuma politica, econômica e por não dizer social...
Mais escandalos do que a monarquia britanica, mais roubalheira do que campeonato de futebol(ambos usando e abusando do PADRÃO FIFA), desvio de dinheiro atraveś do BNDES para obras de infraestrutura no exterior, enquanto a infra dentro do proprio pais esta precaria, é a imposição do politicamente correto, ideologia de generos, lei de tutores, madioca, mulheres sapiens, ladrão de nove dedos.............
E de outro lado, PT e lacaios, compostos de partidos ideologicamente correlatos ou como no caso do PMDB financeiramente interessados no governo, SINDICATOS e os famigerados MOVIMENTOS SOCIAIS, que a imprensa copiosamente omite quais são e o por que defendem o governo petista...
Mas para exclarecer a população vou dar nome aos bois e o valor por arroba de lambuja....

ESTES SÃO OS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE APOIAM O GOVERNO... E OS VALORES PAGOS POR SUA OBEDIENCIA...

1) Instituto Paulo Freire – R$ 599.011,18

O Instituto que leva o nome do educador Paulo Freire, conhecido como “patrono da educação brasileira“, recebeu um patrocínio de R$ 80 mil em 2008 e mais R$ 519.011,18 da Petrobras entre 2011 e 2013 (números de contrato 4600332576 e 4600391985).

O dinheiro foi usado para patrocinar alguns eventos do Instituto, entre eles o Fórum Mundial de Educação, que se afirma um movimento “de educação popular e de enfrentamento ao neoliberalismo, seja em esferas públicas, governamentais ou não, coletivas ou de pesquisa”. A Carta do Fórum da edição de 2008, assinada pelos organizadores, afirma:

Do Fórum, nasceu o Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT), em 2009, que vem organizando atividades regularmente desde então no mesmo modelo do antigo. Entre os palestrantes que já passaram pelo evento, que conta com patrocínio do Governo Federal e do Governo do Estado da Bahia (que desde 2007 é governado pelo PT), estão o ex-presidente Lula, o teólogo Leonardo Boff e o ex-Ministro da Educação e atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Este ano, o evento ainda tentou trazer ao Brasil a militante cubana Mariela Castro, filha de Raúl Castro, mas sua participação foi cancelada.

2) Sindicato dos Químicos do ABC – R$ 100.000,00

Em 2008, o Sindicato dos Químicos do ABC recebeu um patrocínio de R$ 100 mil de estatais para o lançamento do livro “Memória dos 70 anos: Sindicato dos Químicos do ABC”, em comemoração aos 70 anos de atuação do Sindicato.

Quem patrocinou? Os dados divergem. O sindicato consta na lista de patrocínios do BNDES, com o valor de R$ 100 mil, mas no sistema do Ministério da Cultura, existe um patrocínio no mesmo valor em nome da Petrobras. Por outro lado, o Sindicato não consta na lista de projetos patrocinados da estatal. Além do patrocínio público, o livro recebeu mais R$ 161.300,00 da Petroquímica União S.A., atualmente controlada pela Braskem, empresa do conglomerado Odebrecht, e mais R$ 32.281,66 da Companhia Brasileira de Cartuchos, que atua sob o sistema de economia mista (contrato 074992).

Todos os patrocínios foram captados pela Lei Rouanet e o livro teve a ínfima tiragem de 3 mil exemplares – dos quais, 90% foram doados para bibliotecas, universidades e órgãos públicos.

Na ocasião do lançamento, marcaram presença o então presidente Lula, o Ministro da Previdência Social, José Pimentel, o prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), e Arthur Henrique, presidente da CUT.

3) Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Marcha das Margaridas) – R$ 845.000,00

35 mil mulheres chegaram em Brasília em marcha na última quarta-feira: eram as Margaridas, em sua maioria camponesas e sindicalistas, que pediam mais investimentos no campo, reforma agrária e a cabeça de Eduardo Cunha. Sim, literalmente.

Sob elogios à Dilma, Lula e muito dinheiro público, as Margaridas se alojaram no Estádio Mané Garrincha e interditaram 4 faixas rumo ao Congresso. A manifestação teve apoio do MST e da CUT, movimentos que também constam na folha de patrocínios das estatais.

Segundo apontam os documentos públicos, o BNDES patrocinou a marcha deste ano com R$ 400.000,00. Em 2011, a Petrobras cedeu também R$ 200.000,00 para a Marcha (contrato 4600356109).

A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que organiza o evento, recebeu também outros repasses, mas para o “Festival Nacional da Juventude Rural”: R$ 45.000,00, em 2010, pela Petrobras (contrato 4600319005), e mais R$ 200.000,00 este ano através do BNDES.

4) Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – R$ 1.674.000,00


O MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra –, presidido por João Pedro Stédile, é um movimento rural que você certamente já ouviu falar inúmeras vezes. O que você provavelmente ainda não sabe é que a organização não possui representação legal. Apesar da longa atuação (o movimento existe desde a década de 1980), o MST não possui CNPJ, o que torna árdua a tarefa de identificar os repasses para eventos e atuações do grupo, que são feitas em nome de outras entidades, como sindicatos rurais e associações de assentamentos.

Além de dificultar a identificação do dinheiro usado nas ações do grupo, a falta de um CNPJ impede também que as ocupações – e eventuais danos provocados por militantes – sejam punidos. Em 2009, o presidente do STF, Gilmar Mendes, entendeu na prática o modus operandi do grupo, ao tentar, sem sucesso, criminalizar as invasões do MST.

Mesmo assim, é possível reconhecer diversos repasses do governo que serviram para financiar eventos diretamente organizados pela instituição, como é o caso dos Congressos Nacionais do MST.

Só no ano passado, o BNDES e a Petrobras (contrato 4600428133) destinaram R$ 1.199.000,00 para a Associação Brasil Popular (Abrapo) apresentar a Mostra Nacional de Cultura e Produção Camponesa, que o ocorreu durante o 6º Congresso Nacional do MST. O evento ainda contou com um repasse de R$ 448 mil do Incra para montar sua estrutura e mais um patrocínio da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 200 mil.

Antes de receber recursos em nome da Abrapo, que inclusive disponibiliza uma conta bancária em seu nome para doações ao MST, o movimento contava com outro braço jurídico: a Associação Nacional de Cooperação Agrícola, ou Anca.

Durante muitos anos, a Anca captou por meio da Lei Rouanet R$ 2.555.754,72, dos quais R$ 475.000,00 foram patrocinados pela Petrobras, e em 2004 fechou um contrato com o FNDE no valor de R$ 3,8 milhões com o objetivo de levar para os assentamentos o programa Brasil Alfabetizado.

Os repasses, no entanto, chamaram a atenção do Tribunal de Contas, que investigou e descobriu que o dinheiro foi usado para a compra de 22 mil marmitex, camisetas e aluguel de equipamento de som. A entidade teve seus recursos bloqueados e foi obrigada a devolver R$ 8,3 milhões aos cofres públicos em 2010.

5) Cunhã Coletivo Feminista – R$ 1.403.629,14

Em 2013, a Petrobras (contrato 4600426602) realizou um patrocínio ao Cunhã Coletivo Feminista no valor R$ 1,4 milhão.

O movimento possui forte atuação política. Já saiu em defesa da Petrobras e tem lideranças envolvidas em diversos protestos públicos, como a Marcha das Vadias e a Marcha das Margaridas.

Em seu site, a organização se diz apartidária, mas, junto com a Associação de Mulheres Brasileiras (AMB), onde integra o conselho administrativo, tem marcado presença em manifestações governistas. Em março, a organização postou em sua página no Facebook diversas fotos de um protesto governista ocorrido em João Pessoa. No álbum, há destaque para faixas com o logo da campanha de Dilma – numa delas é possível ler em um cartaz: “Votei na Dilma, respeitem minha escolha a democracia eo Brasil” (sic).

Os protestos foram marcados pela presença também da CUT, PCdoB, CTB e militantes carregando bandeiras do PT.

6) CUT – R$ 2.346.133,00

A Central Única dos Trabalhadores, a CUT, é campeã em receber repasses de estatais. Só do BNDES e da Petrobras foram R$ 2,3 milhões desde 2007. Destes, R$ 496 mil foram captados através da Lei Rouanet, pagos integralmente pela Petrobras. O restante ficou dividido entre R$ 150 mil do BNDES em 2010 para o “1º de Maio Latino Americano da CUT” – que contou com a presença do ex-presidente Lula – e outros R$ 1,7 milhões em patrocínios diversos da Petrobras desde 2011.

A CUT é histórica aliada do Partido dos Trabalhadores. Em fevereiro deste ano, a organização saiu às ruas em defesa da Petrobras “contra os interesses privatistas”.

Apesar da organização ter se posicionado a favor do desarmamento no referendo de 2005, na última quinta-feira, seu presidente, Vagner Freitas (que é filiado ao PT), afirmou durante uma audiência com a presidente Dilma, sob os gritos de “não vai ter golpe”:

    “O que se vende hoje no Brasil é a intolerância, é o preconceito de classe, contra nós. Quero dizer em alto e bom tom que somos defensores da unidade nacional, na construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas, e que isso implica agora, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidente Dilma Roussef.”

A mesma CUT, que dias atrás se indignou com o estouro de uma bomba em frente ao Instituto Lula, ameaça pegar em armas. E tudo isso regado a dinheiro público.

7) União Nacional dos Estudantes (UNE) – R$ 910.000,02

Assim como a CUT, a UNE recebe poupudos patrocínios estatais – só pela Lei Rouanet (parte 1 e parte 2) já captou R$ 11.351.662,40, grande parte através do Fundo Nacional da Cultura ou de repasses do Tesouro. O BNDES (2007 e 2009) e a Petrobras (contratos 4600328715, 4600346795 e 4600323752 e projetos 067426 e 045612) são seus principais financiadores – juntos, desde 2007, já repassaram 910 mil para a entidade.

As relações entre a petroleira e o movimento, aliás, são bem próximas: além de receber o apoio, a UNE esteve junto com a CUT nos protestos “em defesa da Petrobras”.

Em 2011, após o jornal O Globo anunciar que a entidade receberia um total de R$ 3 milhões em patrocínios públicos para a realização de um Congresso – na ocasião, a Petrobras contribuiu diretamente com R$ 260 mil –, os repasses públicos à UNE viraram manchete.

As críticas, no entanto, foram rebatidas pelo ex-presidente Lula, que participou do evento e afirmou que não havia problema algum com seu financiamento. Apesar de ter contado com o apoio da UNE durante sua reeleição e a campanha presidencial de Dilma, Lula fez questão afirmar que o patrocínio era isento:

    “Você liga a televisão e vê propaganda de quem? Quem é a propaganda do futebol brasileiro? Quem é a propaganda das novelas? Para eles, é democrático.”

Fernando Haddad, então Ministro da Educação, reforçou o discurso do ex-presidente:

    “Algumas pessoas imaginam que é possível comprar a consciência do movimento estudantil com alguns trocados. Um dinheirinho para organizar um congresso bastaria para pacificar todas as contradições existentes na sociedade brasileira que provenham da educação. Estudante não se vende por dinheiro nenhum, muito menos por migalha.

Sim: aparentemente, R$ 3 milhões são “migalhas” para Haddad.

No início deste ano, aliás, o prefeito de São Paulo se desentendeu com manifestações do Movimento Passe Livre (MPL) na capital paulista. Os protestos, que contavam com a presença da UNE, pediam o fim das tarifas de ônibus e um transporte público gratuito e de qualidade.

Tentando diminuir a força do movimento, Haddad se reuniu com entidades que apoiavam o MPL, como a Juventude do PT e a UNE. Bastou uma única reunião para que a UNE, que desde 2013 andava de mãos dadas com o MPL, retirasse seu apoio ao movimento:

“Nos identificamos com a reivindicação de ter um novo sistema de transporte, mas resolvemos defender nossa própria pauta: a ampliação do Passe Livre”, afirmou na época a presidente da organização, Carina Vitral – que há poucas semanas, homenageou Nicolás Maduro numa rede social.

Quer saber como são financiados alguns dos principais movimentos sociais do país? Siga as “migalhas”. Elas levarão para o mesmo lugar: o seu bolso.