Segundo do DWN, que cita a Reuters, o grupo terrorista baseado na Síria pediu uma “trégua de duas a três semanas” e exigiu que todos ataques contra o grupo terrorista sejam interrompidos.
O grupo colocou a exigência na esperança de que a interrupção nas hostilidades lhes dê tempo para se reorganizarem e evitarem sua destruição, diz o jornal.
EUA e Arábia Saudita, por sua vez, apoiam o grupo há algum tempo com armas e finanças, enquanto políticos tentam dar à Frente Nusra uma imagem mais favorável classificando-a como “oposição moderada”.
E “enquanto a Frente Nusra oficialmente rejeita todos objetivos da al-Qaeda, o faz apenas para participar da divisão da Síria”, escreve o DWN. No entanto, “um relatório da ONU acusou a Frente Nusra de crimes contra a humanidade”.
“Ataques aéreos russos colocaram a Frente Nusra, assim como o Daesh, sob pressão considerável, recentemente com cerco a Aleppo. O Exército sírio, que tem o apoio dos russos, vem avançando sem parar e não pretende negociar com os terroristas.”
“A situação precária”, diz o DWN, “forçou o grupo terrorista a tentar uma medida original — pedir um cessar-fogo junto à ONU. Isto foi relatado pela Reuters, citando fontes anônimas ‘próximas às negociações de paz.’”
As fontes, o jornal aponta, podem ter recebido sua informação da CIA. A cooperação da agência com a Frente Nusra serve para irritar o Pentágono e a Casa Branca. O Presidente Barack Obama já se referiu a essa cooperação como um fracasso.
“A oferta é claramente uma armadilha para os russos: os militantes desejam se reorganizar e impedir sua própria destruição… porque russos e sírios estão procedendo com a batalha pela Síria com o máximo de seriedade”, conclui o DWN.
EUA, Europa e ALQAEDA....
Enquanto Barack Obama aguarda uma decisão do congresso sobre um eventual ataque contra o regime Sírio, estão a circular nas redes sociais imagens de alegados militares que se dizem contra.
As fotografias mostram indivíduos fardados com a cara tapada por cartazes que mostram aquele que será o seu ponto de vista relativamente a uma intervenção militar na Síria.
"Não entrei para a Marinha para lutar pela Al-Qaeda numa guerra civil na Síria", lê-se numa dessas mensagens. "Obama, eu não lutarei pelos rebeldes da Al-Qaeda na Síria. Acordem!", diz uma outra. "Não me alistei para matar pobres pelos ricos. Não à guerra com a Síria", lê-se numa outra.
Desconhece-se a veracidades destas imagens, ou seja, se de facto os indivíduos fotografados são militares, uma vez que estão apenas a circular nas redes sociais.
Barack Obama afirmou na sexta-feira que o recurso a armas químicas ameaça a segurança nacional norte-americana e insistiu que o mundo não pode aceitar que mulheres e crianças sejam gaseadas, depois de conhecido um relatório dos serviços secretos norte-americanos, segundo o qual 1.429 pessoas morreram, entre as quais 426 crianças num ataque atribuído ao regime sírio nos arredores de Damasco, a 21 de agosto. Apesar disso, afirmou que ainda não havia tomado uma decisão final.
No sábado, o presidente norte-americano anunciou a intenção de lançar uma ação militar contra a Síria, mas que iria pedir autorização ao Congresso para essa intervenção. "Vou pedir a autorização dos representantes dos norte-americanos no Congresso para o uso da força", disse Obama, exortando os eleitos a apoiar essa operação em nome da segurança nacional norte-americana.
O Congresso está de férias até 9 de setembro, o que parece afastar a perspetiva de uma ação militar iminente contra o regime de Bashar al-Assad.
Em resposta, hoje, o Presidente sírio Bashar al-Assad alertou contra o risco de uma "guerra regional" no caso de uma ação militar ocidental no seu país e negou a utilização de armas químicas pelo regime de Damasco.
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