quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Rock against communism

Ernesto "Che" Guevara é o grande herói de muitos roqueiros marxistas, e essa admiração não se restringe somente aos jovens, tem muito tiozão aí que gosta de vestir a camisa com a clássica foto com o rosto de Guevara estampada. Para eles o Rock e o socialismo sempre caminham juntos, é como se fosse um filme e sua trilha sonora, o que faz parecer que no "paraíso" de Cuba Guevara e os companheiros acompanhavam os roqueiros alegremente rumo a um mundo comunista, mas a realidade é bem diferente.
Lembremos que Carlos Santana na cerimônia do Oscar de 2005 entrou com uma camisa estampando Che Guevara. Se liga Santana! Os caras parecido contigo em Cuba eram mandados a campos de trabalho forçado, inclusive os fãs que comprassem um simples disco seu. Os "hippies""delinquentes", "párias" e "vagabundos" como Che Guevara chamava os "cabeludos" que escutam "música imperialista" eram constantemente vigiados pela milícia comandada por Che e por El Comité (grupos de delatores espalhados por todos os bairros das cidades cubanas). Tanto que alguns jovens cubanos chamavam o Rock de "som da meia-noite", pois era o horário mais seguro para tentar ouvi-lo sintonizando clandestinamente rádios americanas do Arkansas e de Miami em volume baixinho. O bicho pegava tanto para cima dos roqueiros que os que tinham alguma banda os instrumentos eram de antes da revolução comunista ou eram improvisados. "Ensinaram a si próprios como tocar guitarras eletrônicas e frequentemente tinham que construir seus próprios equipamentos, usando fios de telefone para cordas de baixo e montando tambores de bateria com pedaços de metal ou filmes de raio X" diz a historiadora Deborah Pacini Hernandez.

Hoje seu comuna, você veste uma camisa do Che, acende um baseado no quarto e coloca no último volume uma banda de rock n' roll para tocar, enquanto olha na estante os livros de Marx e sobre a revolução cubana, sonhando com um mundo socialista. Ah que lindo! Mas com os jovens que viveram em Cuba nos anos 60 sob o regime de Fidel e seu capacho Guevara não foi bem assim, "os primeiros internos de seus campos de concentração eram provavelmente culpados do hediondo crime de ouvir Beatles, Rolling Stones, Kinks e coisas do gênero" diz o jornalista que fugiu de Cuba, Humberto Fontova. Só o fato de você ter um disco dos Beatles ou dos Rolling Stones em Cuba é uma ofensa criminal, assim como ser gay, usar calças jeans ou ser um homem com cabelos compridos são motivos suficientes para que a policia treinada por Che te jogue em um campo de concentração com metralhadoras nas torres de vigia e com os dizeres acima do portão: "O TRABALHO O FARÁ HOMEM". Hoje seu socialista de merda, você coloca o fone nos ouvidos e conecta no iPhone com a capa do Che que o papai ti deu e sai ouvindo Rock por aí, enquanto em Cuba os jovens atrás do arame farpado eram forçados a trabalhar com doenças, desnutrição, espancamentos e torturas, tudo porque escutavam uma música com valores do imperialismo Yankee. 

A banda Rage Against the Machine coloca a estampa com o rosto do assassino Che Guevara em suas camisas, guitarras e amplificadores. Não sei se eles sabem (ou fingem não saber) sobre a perseguição que Guevara fazia aos que escutavam Rock, pois inclusive Tom Morello já disse: "consideramos que Che é o quinto membro da banda e esperamos que assim permaneça por muito tempo" e completa "Che foi um exemplo maravilhoso" . Se exemplo para Tom Morello é censurar o Rock e dizer que os jovens não devem ir para férias de verão, mas trabalhar e sofrer pelo governo "alegremente e com muito orgulho", tudo isso "ao som de cânticos revolucionários" enquanto trabalham, então Che era mesmo um exemplo. Talvez para Morello também seja um grande exemplo banir a bebida, o jogo e os bailes que Guevara classificou como "frivolidades burguesas", logo depois de tomar a cidade de Santa Clara.

Que tal se Tom Morello assim como outros roqueiros socialistas/comunistas escutasse a voz de um guitarrista de heavy metal que foi obrigado a fugir de Cuba? Cubano, guitarrista de Heavy Metal e neto do próprio Che Guevara, Canék Sánchez Guevara disse para à revista mexicana Proceso que "Em Cuba, liberdade não existe""O regime exige submissão e obediência... o regime persegue hippies, homossexuais, livre-pensadores e poetas... Eles estão em constante vigilância, controle e repressão". Canék sabe muito bem o que é, por exemplo, agendar um simples show para tocar em um local público e quando o show começa a polícia de Fidel aparece com bombas de gás lacrimogêneo e cassetete. "Mas eu sou neto de Che!" protestou o rapaz em vão.

Em outro momento, o neto do quinto membro do Rage Against Machine foi retirado a força de uma fila de cinema e sujeito a um humilhante exame retal por policiais que hipoteticamente procuravam por drogas. Mas Canék teve muitos mais sorte que os outros "delinquentes" e "párias" da ditadura cubana, afinal nunca foi para um campo de trabalho forçado. Mas não pense, meu caro comuna, que o neto de Guevara é umdireitista conservador anti-comunista, ele se considera um anarquista e acredita que Fidel traiu a revolução cubana, talvez ele não saiba que seu avô era ideologicamente mais rígido que o próprio Fidel e que dentre as mais de 100 mil pessoas mortas pela ditadura cubana, Guevara foi o maior responsável e executava pessoas somente por não concordarem com sua opinião. 

Che Guevara acreditava que os jovens deviam "pensar e agir não por si mesmo, mas como parte da massa", ele queria "fazer sumir da nação a praga do individualismo! É criminoso pensar como indivíduo!""É por isso que cabeludos e hippies queimaram, picotaram e destruíram imagens de Che Guevara. Para grande tormento de sua própria polícia, Fidel Castro declarou o ano de 1968 como o "ano da guerrilha heróica", glorificando Che Guevara. A angústia e indignação dos jovens tinham um alvo perfeito: havia pôsteres de Che por toda a parte. E ao menos neste caso específico, a rebeldia dos jovens cubanos era tudo, menos sem causa." diz Humberto Fontova. 

A ótima notícia é que não temos só roqueiros idiotas adoradores do assassino racista homofóbico Che Guevara, temos gente que presta ainda nesse meio. Roqueiros anti-comunistas podem ser difícil, mas não são impossíveis de encontrar, dentre eles um grande nome surge, Johnny Ramone. O guitarrista dos Ramones sempre tratou socialistas/comunistas como se fossem inimigos que devessem ser combatidos diariamente, já afirmou que "as pessoas sempre se inclinam para ideias liberais quando jovens. Só espero que mudem quando descobrirem como é o mundo real",  filiado ao Partido Republicano, chegou a se apresentar em convenções do partido e dizia que Ronald Reagan foi o melhor presidente que havia visto na vida.

No Brasil também temos roqueiros anti-comunistas, mas irei destacar somente dois nomes: Lobão e Roger Moreira. O Lobão com seus Hangout's no YouTube convidando nomes como Olavo de Carvalho, Rachel Sheherazade, Rodrigo Constantino... incomoda muito os esquerdinhas no Brasil, tanto que conseguiram até tirar o seu canal do ar, além de ter escrito um livro que eu recomendo muito que se chama"Manifesto do Nada na Terra do Nunca". Seguindo essa mesma linha vem o Roger Moreira líder do Ultraje a Rigor, que como Lobão é um grande nome do rock nacional, ele também é um grande crítico do partido com ideias comunista que governa o nosso país, e já afirmou ementrevista que "qualquer esquerda, não só a brasileira, é uma merda falida, com uns exemplos como Fidel Castro que socializou a miséria".

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