terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Stuxnet, como os EUA criaram as guerras ciberneticas.


Stuxnet é um worm de computador projetado especificamente para atacar o sistema operacional SCADA (sistema desenvolvido pela Siemens para controlar as centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas) e foi descoberto em junho de 2010 pela empresa bielorrussa desenvolvedora de antivírus VirusBlokAda. É o primeiro worm descoberto que espiona e reprograma sistemas industriais e tambem é considerado o pai das guerras ciberneticas.

A funcao dele é atacar o sistema de controle industrial SCADA, usado para controlar e monitorar processos industriais, reprogramar CLPs e esconder as mudanças dos funcionarios da Usina (Em sistemas operacionais domésticos como o Windows e Mac OS X, o worm é inofensivo, só funciona efetivamente nas centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas, já que cada usina possui sua própria configuração do sistema SCADA).
Ele faz com que as centrífugas iranianas começassem a girar 40% mais rapidamente por quinze minutos, o que causava rachaduras nas centrífugas de alumínio gravando dados telemétricos de uma típica operação normal das centrífugas nucleares, sem que o alarme soasse, para depois reproduzir esse registro para os operadores dos equipamentos enquanto as máquinas, na verdade, as centrífugas estavam literalmente se destruindo sob a ação do Stuxnet sem que os funcionários soubessem.

A origem do worm Stuxnet é desconhecida, sabe-se que provavelmente tenha sido desenvolvido a mando de um país (Estados Unidos ou Israel), não sendo possível o seu desenvolvimento por usuários domésticos e necessitando-se de informações detalhadas e de difícil acesso sobre o funcionamento da usina.
Por exemplo, o complexo de Dimona, no deserto de Negev, em Israel, funcionavam centrífugas nucleares virtualmente idênticas às localizadas em Natanz, o que permitiu testar o Stuxnet em condições muito próximas das reais, antes de desfechar o ataque real.

Além do Irã, também foram afetados pelo worm Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, Malásia, e Paquistão. Como a usina não tem computadores conectados à Internet, a infecção deve ter ocorrido quando um dispositivo com o vírus foi conectado aos computadores da usina.

A empresa russa desenvolvedora de antivírus Kaspersky Lab lançou um comunicado descrevendo o Stuxnet:
Um protótipo funcional e temível de uma cyber-arma que dará início a uma nova corrida armamentista no mundo.    
— Kaspersky Lab

Como a usina não possuia, por motivos de segurança, conecções externas a maior suspeita foi de sabotagem interna.

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