quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Motivo da falta de paste de dente na Venezuela segundo o governo: A escovação 3 vezes por dia orquestrada pela elite burguesa!!!!

A ministra da Saúde da Venezuela, Luisana Melo, afirmou que a falta de pasta de dente no país se deve ao fato de que as pessoas escovam os dentes três vezes ao dia, informou o site InfoVzla.
"Uma vez é mais do que suficiente", disse ela em declarações divulgadas nesta quarta-feira (27).
Para a ministra, a "cultura" de escovação "tantas vezes" foi inculcada por dentistas mal-intencionados e pelo capitalismo, que quer que as pessoas consumam mais.
"Lembram-se da propaganda da Colgate que dizia, que antes de ir dormir, chiqui-chuiqui-chiqui [barulho da escovação]? Então. Essa é uma campanha que fez parte da guerra econômica. Por isso é que o povo hoje não consegue pasta de dente", disse Melo.
A ministra pediu que os venezuelanos escovem os dentes "365 vezes ao ano". "Todos temos de nos unir para combater a crise econômica".
Pasta de dente não é o único artigo de consumo cotidiano que tem faltado na Venezuela.
Segundo reportagem do jornal "Correo del Caroní", um pacote de 1 quilo de leite em pó chega a ser vendido por 2.125 bolívares, o equivalente a R$ 1.372 no câmbio oficial.
Em um país onde o salário mínimo atualmente é de 9.648 bolívares (R$ 6.232), o leite em pó custa 22% da renda mínima de um trabalhador, de acordo com o jornal venezuelano.
Há um ano, um pacote com 36 camisinhas, difíceis de encontrar no país, chegava a custar até 4.760 bolívares (cerca de R$ 3.087 atualmente).
Em outro caso, o McDonald's passou a oferecer mandioca frita aos clientes no país, devido à falta de batatas.
Nesta semana, a Assembleia Nacional da Venezuela, que tem maioria opositora, declarou "crise humanitária" no setor da saúde, especialmente por conta da acentuada escassez de medicamentos e o surgimento de surtos de malária, zika e tuberculose.

"Faltam cerca de 65% dos remédios essenciais", disse o deputado opositor José Manuel Olivares, médico oncologista. (Com agências internacionais)

Enquanto isto...

Leite em pó vira artigo de luxo na Venezuela e chega a custar R$ 1.300....


Fontes:

http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2016/01/28/escovacao-3-vezes-por-dia-explica-falta-de-pasta-de-dente-diz-ministra-na-venezuela.htm

http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/01/27/leite-em-po-vira-artigo-de-luxo-na-venezuela-e-chega-a-custar-r-1300.htm


Comunismo pode ser um sintoma de patologia?



complexo de Fourier é um distúrbio de natureza psíquica em que o indivíduo afetado vê-se compelido a advogar a pobreza geral, possivelmente até a miséria e a desnutrição, como um meio de igualar social e economicamente todos os membros da sociedade.
Em casos mais graves, este desejo é admitido ou mesmo proclamado pelo complexado. Em outros casos, a crença é mantida inconscientemente como um valor contingente e/ou é negada pela pessoa que tem esta visão.
O termo, tomado do nome do famoso socialista francês Charles Fourier, foi cunhado por Ludwig von Mises em seu livroLiberalism (1927). Como a atitude do afetado não está de acordo com a racionalidade materialista ou com o instinto de auto-preservação, Mises descreveu-a como uma neurose, ou transtorno psicológico, ativado comumente pela inveja e que, por sua manifestação, incorpora um ponto de vista misantrópico que pode ser comparado com a ética anti-humana dos exemplos mais extremos do Ecologismo, do Nacionalismo e vários outros "ismos" que apresentam-se como benéficos para a raça humana.

Fonte:

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A friboi quem diria... realmente pode estar nas mãos da familia Lula.....

A Policia Federal deu inicio a mais uma fase da Lava Jato. São 80 policiais designados a cumprir 15 mandatos de busca e apreensão, 6 mandados de prisão temporária e 2 mandados de condução coercitiva.

Para quem não prestou muita atenção ao nome da operação, o mesmo não poderia ser mais claro: Triplo X. Agora, Sérgio Moro e Cia voltam-se contra negócios mais que suspeitos envolvendo Offshore com a finalidade de “ocultação de patrimônio”.

Como não existe uma viva alma mais honesta do que Lula, o Triplex alvo da Operação da PF hoje, é vizinho ao imóvel atribuído à family dos Silva. Ufa!
Essa passou perto, hein, apedeuta!?

O que vocês acham amigos? Mais uma coincidência envolvendo o patrimônio do Sr. Luís Inácio Lula da Silva. Mais uma coincidência de muitas. Respondam aí, será coincidência mesmo?

Para corroborar com tanta coincidência, leiam o que informa O Antagonista:

Para entender 22° fase da Lava Jato, que investiga a OAS e o prédio de Lula no Guarujá, leia o que O Antagonista publicou em 27 de dezembro:

Há uma pista quente para a Polícia Federal saber quem é o dono da offshore Murray Holdings LLC, proprietária do triplex vizinho ao de Lula no Guarujá, como revelou O Antagonista.

Na Operação Ararath, que investiga crimes financeiros no Mato Grosso, a Polícia Federal descobriu que Wesley Batista, presidente do grupo JBS (leia-se FRIBOI), constou como administrador/procurador da Global Participações Empresariais, que está no epicentro da confusão.

A Global foi criada em 2006, tendo como sócios duas offshores (Elany Trading LLC e Avel Group LLC), localizadas no mesmo endereço que a Murray Holdings LLC: 520, S 7TH Street, Suite C, Las Vegas – Nevada (EUA), a dona 

Apenas para relembrar, em 2015, circulavam muitos BOATOS sobre a familia Lula e o então fenomeno FRIBOI, inclusive com insinuações que Lulinha era o dono REAL da JBS-FRIBOI.... porem vejam a declaração do empresario Jose Batista Júnior da FRIBOI-JBS na epoca:

O empresário José Batista Júnior negou qualquer relação empresarial do grupo JBS, que controla a Friboi, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com seu filho, Fábio Luis, o Lulinha. Ele ironiza os boatos que insinuam uma ligação entre as famílias. Esclarece que os rumores não passam de intriga.
“Muito tempo atrás, nós éramos laranjas do Iris. Aí o Iris perde para o Marconi, e aí vieram me perguntar: e agora é do Marconi? Agora estão dizendo que o Friboi é do Lula. Isto é intriga da oposição. Eu nunca vi o Lulinha na minha vida”, comentou.

Che Guevara e o rock and roll

Ao longo da história o Rock já sofreu tentativas de proibições ou censura prévia em vários países, inclusive, em seu país de origem.
O caso mais famoso e notório de tentativas de censura ocorreu nos Estados Unidos com o PMRC (Parents Music Resource Center), quando a direita conservadora americana tentou censurar o rock e o metal nos anos 80, resultando no famoso selo “Parental Adivsory Explicit Content”, em que a participação de Frank Zappa e Dee Snider discursando no congresso americano foram decisivas a nosso favor. A história é bem conhecida e não faltam materiais sobre o ocorrido, portanto irei deixar este caso de lado e falar de outros casos de censura menos conhecidos, ou completamente ignorados.

Rock x Che Guevara

Não sei exatamente o porquê, mas há entre os jovens e muitos tios velhos marxistas, uma falsa ilusão de que o Rock e o socialismo caminham juntos. Erro crasso!
Há um total desconhecimento (proposital ou não) acerca dos fatos que torna injusta uma analise histórica. Ainda hoje jovens e revolucionários de DCE misturam o idealismo do Rock com a cegueira quase religiosa das utopias marxistas.
O que dizer dos roqueiros que pagam pau para Socialismo e Comunismo; que desfilam orgulhosos com camisas estampando a clássica foto de Che Guevara? 
Músicos como Santana e Rage Against the Machine gostam de associar sua imagem à de Che. 
Mal sabem eles (ou fingem que não sabem) que Cuba proibiu o rock entre 64 e 66, declarando os Beatles, por exemplo, agentes do imperialismo capitalista.
Será que ainda o fariam se soubessem que a primeira ordem oficial de Che ao tomar a cidade de Santa Clara foi banir a bebida, o jogo e os bailes como "frivolidades burguesas"? 
O próprio neto de Che, Canek Sánchez Guevara, não escapou da perseguição. O guitarrista sofreu nas garras do regime policialesco que seu avô ajudou a criar, e preferiu fugir de Cuba. Homossexuais também foram vítimas de perseguição e acabaram em campos de trabalho forçado. Algo irônico que pensarmos no ativismo GLSBTXYZ vinculado aos partidos de esquerda no Brasil nos dias de hoje.
Então meu pequeno comuna, entenda. Che Guevara não gostava de rock, se fosse vivo e fizesse parte do governo do seu país ele, no mínimo cancelaria todos os eventos do gênero e talvez mandasse você para a prisão se insistisse em cultuar os valores do imperialismo Yankee.

Imagem
Quer usar uma camisa com a cara de alguém ligado a Cuba? Use uma com a foto do cubano Gorki Águila. Não sabe quem ele é? É obvio que não seu bunda! E agradeça isso ao seu ídolo Fidel Castro.
Gorki Águila é um músico anarco-punk cubano dissidente, e vocalista da banda “Porno para Ricardo”, conhecida por suas críticas ao autoritarismo do governo dos irmãos Castro.
Em 2003, Águila foi preso por porte de drogas depois que uma policial disfarçada de fã recebeu dele anfetaminas (Mas a esquerda não é a favor da liberação das drogas?). 
Águila argumentou que o episódio não passou de uma armadilha e uma tentativa de silenciá-lo. Solto depois de cumprir sua pena, Águila se tornou ainda mais crítico ao governo cubano, suas músicas se tornaram ainda mais politizadas. 
Em uma entrevista para a CNN em 2007, Águila afirmou que o "Comunismo é uma falha. Um erro total. Por favor, Esquerdistas do mundo - melhorem seu capitalismo". Em uma entrevista com anarquistas cubanos exilados o "Porno Para Ricardo" descreveu o anarquismo como sendo "muito sedutor".
Em Agosto de 2008, Águila foi preso pela polícia cubana pela acusação de "periculosidade" que permite que pessoas sejam detidas diante da intenção de cometer crimes. A condenação implica uma pena de um a quatro anos de prisão. Acusações de "estado de periculosidade" são comumente aplicados a pessoas alcoolizadas e comportamento antissocial.

Gorki sendo preso
Gorki sendo preso

Lá nos EUA durante os anos 80 éramos (e ainda somos) pervertidos. Poderíamos ser processados, poderíamos ter um selinho escroto nas capas dos CDs e sermos até presos. Já em Cuba somos agentes do imperialismo e acabamos presos. Roqueiro só se f...

"Camaradas" Censuraram o Rock

Na União Soviética e no Leste Europeu não havia proibição oficial. Bandas locais eram permitidas, mas tinham de passar por censores. Discos de bandas estrangeiras simplesmente não eram lançados, mas o mercado negro proliferava.
A Hungria viu surgirem bandas cultuadas como “Omega” e “Illes”, enquanto a Tchecoslováquia ficou famosa pela “Plastic People of the Universe” que se tornou ícone na luta contra a ocupação Soviética.
Na China, o veto ao rock fez parte da Revolução Cultural (66-69).
Entre os países islâmicos, a Indonésia proibiu o rock durante três décadas (60-90) e o Paquistão entre os 77 e 88. No Afeganistão sob o talibã, qualquer tipo de música, exceto seus cânticos devocionais, foi proscrito entre 94 e 2001.
O Heavy metal, dado ao extremismo, é ainda mais rechaçado em países islâmicos como o Irã; onde artistas do gênero são expulsos de seu país.
Aos fãs de Rock comunistas e socialistas sugiro que façam "Rock Socialista", sem Rock. Pois rock é coisa de Yankee imperialista. Ou continuem ignorando este fato e sejam felizes com sua total incoerência.
Direita e esquerda, já tiveram, ou ainda tem problemas com o rock; por seu DNA contestador e transgressor. De fato, o único sistema em que o Rock se identificou é o Anarquismo. Claro que nos dias de hoje temos representantes de várias correntes politicas divergentes no heavy metal e no rock. Não se chega aos 40 anos de vida impune a essas mudanças.
Em contra partida na Europa o metal tem sido usado por grupos de extrema direita e neonazistas o NSBM: “National Socialist Black Metal”. Embora alguns acéfalos insistam em confundi-lo como um movimento socialista (não que eu veja alguma diferença, mas não é!) para difundir suas ideias de racismo e intolerância. Mas isto é outro assunto.

Encerro este post com uma frase de Paul Stanley(KISS):

"Não importa o que façamos, cada um terá uma visão diferente. É fantástico como as pessoas sempre têm ideias melhores... para elas. Só que elas precisam saber se suas ideias são melhores para todo mundo." (Paul Stanley).








Fonte:
http://whiplash.net/materias/biografias/177334.html

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Gilmar mendes: OAB é um dos braços do PT....



O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez duras críticas ao PT em meio à sua apreciação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) 4650, de autoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que trata do financiamento privado por empresas para campanhas eleitorais. Ele deu o segundo voto contrário à ADIn da OAB. Parte de seu argumento foi o suposto uso político do STF numa questão política na ação da OAB, o que a entidade rejeita.

Minsitro do STF Gilmar Mendes associa ação da OAB ao PT
TSE
Minsitro do STF Gilmar Mendes associa ação da OAB ao PT

Com voto pendente desde abril do ano passado após pedir vistas do processo, Mendes afirmou, nesta quarta-feira (16), ao longo das mais de quatro horas e meia de duração da leitura de seu voto que o objetivo do esquema petista seria asfixiar a oposição. Para ele, “se formos rigorosos, daqui a pouco o mensalão terá de ser julgado em juizado de pequenas causas”.
Com o voto de Mendes, o placar passa a ser de seis em favor da ação da OAB (Luiz Fux – relator do caso –, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski) e dois contra (Teori Zavascki e Gilmar Mendes). Ministros podem rever votos, mas essa possibilidade não é tão comum. Por isso, a votação continua aberta e deverá ser concluída nesta quinta-feira.
“O ministro Celso de Mello, do alto de seus 44 anos de serviços relevantes prestados ao País, qualificou o esquema como a grande vergonha da nossa história política, na ação penal 470. Hoje vemos o quão modesto foi o mensalão: orçado em R$ 170 milhões, não corresponde sequer a esse valor, essa nova moeda chamada de Barusco (referência ao ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco), que não era para finalidade partidária, era para apropriação”, discursou o ministro.
O argumento central de Mendes foi defender a tese de que o PT, no poder, teria criado um esquema de auto financiamento por meio de desvios em estatais que permitisse ao partido não depender de doações eleitorais. “Doações privadas são elemento de reequilíbrio do processo eleitoral. O partido (PT) já se locupletou ao limite e aí quer proibir a doação para outros partidos, desequiparando por completo o processo eleitoral. E vamos chancelar isso?”, questionou ele durante a leitura de seu voto.
Por mais de uma vez, Mendes disse que seu pedido de vistas foi benéfico para a apreciação da ADIn porque deu a chance para que o esquema de corrupção da Lava Jato fosse revelado. Ele ironizou as críticas de que foi alvo por ter demorado mais de um ano para liberar o pedido de vistas para retomar a votação da ação.
Assista à entrevista do ministro abaixo:

“O Brasil é um país surpreendente. Entre a concepção desta ação e o início do julgamento houve muitas mudanças, inclusive no cenário político. Entre o início do julgamento e a data de hoje, mudanças radicais. Eu me regozijo pelo fato de ter pedido vistas, porque hoje sabemos muito mais do que ontem”, declarou ele.
“Basta ver as revelações que vêm pela mídia dessa Operação Lava Jato, que dá a dimensão da corrupção do aparato estatal brasileiro. Isso tem parte a ver só com o financiamento do sistema político eleitoral. Na verdade, tudo está a indicar um modo de governança em relação a só uma empresa, a Petrobras. As revelações são chocantes quando se diz que 3% deveria ser vertido para o partido político permanentemente de cada contrato da Petrobras. Isso nada tem a ver com campanha eleitoral, tem a ver com o sistema político, em geral, com o modo de administrar."

Segundo Mendes, o escândalo da Lava Jato “se afigura como um verdadeiro método de governo”. “Cuidava-se de um método criminoso de governança, que visava a perpetuação de um partido no poder por meio, e aí é relevante a discussão sobre esta ação, do asfixiamento da oposição. Esta é a questão-chave neste debate, e que não veio à tona até então", prosseguiu.
“Se pudéssemos dizer, e não tivesse havido o episódio da Lava Jato, que o financiamento agora só poderia ser público, ou só de pessoas físicas, estaríamos decretando a falência de qualquer sistema de oposição. Por quê? Porque o partido da situação não precisa de dinheiro."
Para Mendes, o esquema de desvio da Lava Jato proporcionaria ao PT uma posição financeira que o tornaria auto suficiente nas disputas eleitorais – daí derivaria a defesa que o PT faz historicamente do financiamento 100% público de campanhas.

Clima tenso

Mendes abandonou a sessão antes do seu término depois que o secretário-geral da OAB, Claudio Pereira de Souza Neto, pediu a palavra. Mendes argumentou que a fala do representante da OAB não faria sentido por não se tratar de uma questão de fato. Ricardo Lewandowski, presidente do STF insistiu para que Souza Neto falasse.
“Vamos garantir a palavra ao advogado. Vossa Excelência falou por quase cinco horas”, disse o presidente. “Só que eu sou ministro da Corte e o advogado é advogado”, rebateu Mendes, que ficou contrariado quando Lewandowski acabou impondo sua autoridade de presidente para permitir a fala do representante da OAB. “Vossa Excelência pode permitir que ele fale por 10 horas, mas eu não fico”, protestou Mendes, que em seguida deixou o Plenário.
O secretário-geral da OAB procurou dissociar a ADIn da entidade com o PT. “Queria enfatizar que a ADIn foi proposta há cinco anos. O subscritor da ADIn foi o (ex-)presidente Ophir Cavalcante. Todos que acompanharam o debate público naquela época sabem (que ele é) um crítico ferrenho do governo Lula, um crítico ferrenho do governo Dilma e um crítico ferrenho do PT. Não há nenhuma vinculação quanto a isso”, disse o representante da OAB.
“É uma falácia. A ação não é do presidente da OAB. A ação é do conselho federal da OAB. Portanto, a posição do presidente não tem relevância decisiva na matéria. Agora, é notório que a ação corresponde ao que o PT queria”, declarou Mendes ao deixar o Plenário do STF.

Collor de Melo

Mendes também citou o relatório da CPI que investigou o esquema de Paulo Cesar Farias durante o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, em 1992 – cuja queda se deu em grande parte devido a dinheiro de financiamento de campanha.
Para ele, boa parte do que foi constatado naquela época continua a ocorrer agora, evidenciando a falta de evolução do País no combate a desvios e caixa dois. “Certamente, com maior sofisticação e capilaridade conforme, nos revela dia após dia a operação Lava Jato”, resumiu ele. “Ao discorrer sobre as relações escusas que se estabeleceram entre grandes empresas e parte do poder político, o relatório da CPI já mencionava as obras superfaturadas entre outros fenômenos que voltam a ser escancarados atualmente por esta chamada Operação Lava Jato”.
“O que se sugere por meio desta ação é que o escândalo mais recente estaria a recomendar o retorno ao modelo do escândalo anterior. É isso que estamos fazendo com essa decisão. Estamos dizendo que é bom o modelo que balizou a eleição do Collor, que resultou naquilo que nós sabemos. Não bastasse o equívoco de trocar o fracasso atual pelo fracasso pretérito, o que se percebe é que a própria mudança parece parte do processo de perpetuação no poder, não mediante gestões eficientes, mas por meio do desequilíbrio da concorrência eleitoral”, afirmou o ministro em seu voto.

PT E IGREJA CATOLICA, 35 ANOS DE UNIÃO ESTÁVEL


Existem partidos políticos que se especializam em xingamentos. Chutam adversários sem dó nem piedade da canela para cima e da canela para baixo. São indulgentes apenas consigo mesmos. Afagam seus malfeitores e não há culpas que os leve a pedir desculpas. Na maioria, são pequenos partidos radicais, com militantes e dirigentes mal educados, rancorosos, socialmente desajustados. Há, no entanto, um grande partido que corresponde perfeitamente a essa descrição. Com tais métodos, chegou ao poder e governa o país há 12 anos (isso se não contarmos os últimos quatro de FHC durante os quais o PT influenciou fortemente decisões do governo).
 Pois bem, observe as pautas petistas, suas reivindicações e as postulações dos grupos sociais que o partido comanda no estalar dos dedos e ao megafone. Examine a essência da ideologia da legenda nos textos que produz, no conteúdo de seus sites e nas resoluções de seus congressos. Procure identificar o rumo perseguido pelas proposições legislativas dos parlamentares do partido. Vejam com que tipo de governos e regimes se relacionam. Siga por essas trilhas e perceberá que o PT mantém com a Igreja Católica (que não se confunde com a CNBB) e com sua doutrina religiosa e moral uma relação de irredutível divergência e animosidade. A distância que separa o petismo da Igreja é intransponível.
No entanto... no entanto..., o Partido dos Trabalhadores e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, há 35 anos, vivem em união estável, garantidora não apenas de direitos, mas de afetos, regalias e privilégios. Todas as pastorais ditas sociais da CNBB trabalham ombro a ombro com o partido, de modo militante e diligente. Ao longo dos anos, quando o PT era oposição, os documentos da Conferência que tratavam de questões políticas e sociais atacavam os governos reproduzindo fielmente o discurso petista. O idioma era e prossegue sendo petista. Estridentes sutilezas que muitas vezes denunciei! Nas reuniões de pastoral a que compareci, regional e nacionalmente nos anos 80, falava-se muito mais de Lula e PT do que de Jesus Cristo e Igreja. Quando o PT chegou ao governo, esse mesmo Lula que os amigos leitores conhecem tão bem quanto eu, era apreciado pelos operadores da CNBB como um anjo do Senhor caído em Garanhuns por descuido dos principados celestes.
Passaram-se 12 anos e as coisas estão como se sabe. A última eleição transcorreu como se viu. A presidente enganou o eleitorado tanto quanto se assistiu. O partido e seus associados afundaram lá onde o olfato acusa. E a CNBB, na obscura alvorada do segundo mandato de Dilma, inicia a Campanha da Fraternidade de 2015 falando em Igreja e Sociedade, com destaque para os temas da corrupção e Reforma Política.

Ótimo, mas, corrupção de quem, senhores bispos? Nem um pio.

Corrupção com sujeitos ocultos, em instâncias não sabidas, a sotto voce como diria o maestro Ricardo Muti. Corrupção tão impessoal e neutra quanto a voz passiva. A mesma instituição, primeiro atribuía a corrupção à infidelidade partidária e se empenhou nisso como se fosse a salvação da moralidade pública. Em seguida, mobilizou céus e terras por uma lei da ficha limpa (tremendo sucesso, não?). Agora, sem culpados nem fatos a discernir, e sem credenciais que a qualifiquem para propor temas de Direito Constitucional, Teoria do Estado e Sistemas Eleitorais, joga sobre a falta de uma reforma política a causa essencial das venalidades nacionais. Para extingui-la, põe na mesa uma proposta de reforma política e um oneroso plebiscito que são muito parecidos, mas muito mesmo, com o que o PT tirou da manga em 2013. E, por isso, tem total apoio desse partido.
Resumo da mensagem para o mau entendedor: temos corrupção porque a reforma política, apesar dos esforços petistas, não sai do papel. Assim, os corruptos e suas legendas emergem das barras dos tribunais e das delações premiadas e vão comandar o pretendido plebiscito sobre reforma política, numa espécie de Teoria Geral da Corrupção. Certamente eu também quero uma reforma política. Mas ela nunca será como proponham a CNBB, a OAB e o PT, porque, no fundo, politicamente, é tudo a mesma coisa.

Fonte:
http://www.puggina.org/artigo/puggina/pt-e-cnbb-35-anos-de-uniao-estavel/2033

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Por que o black bloc só se “infiltra” em protestos do MPL?

Artigo orinalmente publicado em:
http://sensoincomum.org/2016/01/09/por-que-o-black-bloc-so-se-infiltra-em-protestos-do-mpl/

black bloc sp 2016

Os black blocs voltaram à tona ontem, sobretudo no eixo Rio-de-Janeiro-São-Paulo-Belo-Horizonte, com novos protestos organizados pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra o aumento das tarifas de ônibus e metrô.
Seguindo o roteiro conhecido a partir de junho de 2013, a inflação gerada pelo governo federal fez o preço das passagens subirem.
Jovens membros a coletivos de partidos políticos, como Juntos! (do PSOL), ANEL (do PSTU) e UJS (do PCdoB), tomam às ruas junto a sindicalistas e o que a América chama de community organizers, os “líderes comunitários” cujo trabalho é organizar manifestações de rua (Barack Obama, antes da advocacia, era um community organizer).
Os protestos se iniciam num horário determinado, sempre provocando alguma espécie de incômodo extremo para a população. Raramente seguem o combinado com a polícia para a manifestação – isto quando a polícia é acionada.

 

Logo, a polícia tem de tomar alguma atitude para restabelecer a ordem. Esta palavra tão complicada, ordem, é associada a alguma forma de autoritarismo. O que nunca é exibido é o estado das cidades enquanto a manifestação é realizada. Em São Paulo, com todas as vias entre o centro antigo (sobretudo o Anhangabaú onde fica a prefeitura e arrebaldes) e o novo centro (Avenida Paulista e região) tomadas, alguém no trânsito pode ficar preso por mais de 5 horas para andar menos de 1 quilômetro. É esta “ordem” que precisa ser restaurada – apenas num exemplo sem chamas, vandalismo etc.
Com a polícia atuando, logo há confronto, e manifestantes que passaram toda a primeira fase do protesto provocando a polícia passam a fazer papel de vítimas, filmando cirurgicamente os atos policiais contra eles, que sempre se auto-declaram pacíficos, mártires da causa justa – tão justa que é combatida com “truculência” e “forte repressão” por aqueles que são pintados como “autoritários”. A causa em questão, mesmo a mais impopular, é tratada como justa, correta e necessária – até mesmo heróica, após tal “resistência”.
Nestas horas, aparecem black blocs – os grupos de mascarados “infiltrados” num protesto que “começou pacífico”, e então foi tomado por uma “minoria de vândalos”.
O curioso deste roteiro vale-a-pena-ver-de-novo, fora a reprise milimetricamente copiada, é esta narrativa da imprensa.
Por que os black blockers (assim definindo os participantes dos black blocs, conforme definição do black blocker e pesquisador do fenômeno Francis Dupuis-Déri), se são infiltrados na manifestação, apenas se “infiltram” em manifestações do Movimento Passe Livre?
Ou, no máximo, ligadas aos coletivos e community organizers da esquerda, como CUT, MST, UNE e quejandos?
Se são “infiltrados”, se aproveitando da manifestação para praticar seu vandalismo (e um vandalismo niilista art pour l’art seria “o objetivo” deles), por que não se “infiltram” em manifestações outras? Há mais de 200 manifestações por ano apenas nas cercanias da Avenida Paulista em São Paulo. Por que os blockers apenas se aproveitam naquelas promovidas pelo MPL?

veja-black-bloc-emma 

O termo “black bloc” (que deveria dizer respeito ao “bloco” inteiro, e não aos blockers em particular) ficou famoso no Brasil graças à capa da revista Veja de 17 de agosto de 2013, que estampou em sua capa a blocker “Emma” (posteriormente edulcorada por Caetano Veloso, que se vestiu como blocker em homenagem ao fenômeno).
Cristalizada como exotismo no senso comum brasileiro, a expressão entrou para o maleável vocabulário popular e político sem uma definição precisa. O jornalismo da Veja investigou e apresentou os participantes, mas o restante do jornalismo apenas usou o termo sem entender do que falava.
O black bloc não é um grupo, como o MPL: é uma tática. Ou seja, não é que uma manifestação do MPL é repentinamente tomada por um grupo de blockers. É que os próprios membros do MPL ou seus admiradores e acólitos podem repentinamente sacar suas camisas, blusas e máscaras, cobrir o rosto e praticar atos de vandalismo conforme as circunstâncias.
Desconhecendo o que pensam tais anarquistas, socialistas e community organizers, as análises no Brasil, já em 2016, prosseguem repetindo sempre a mesma cantilena ad nauseam: que as manifestações “começam pacíficas” (até um assalto costuma “começar pacífico”), e então são tomadas por infiltrados, como se eles fossem aproveitadores da manifestação original, virginal, pura e perfeita.
Quando algum curioso pesquisa um pouco mais a fundo, mas ainda calçando esta lente deformante da realidade, chega a conclusões que considera surpreendentes.
Tsavkko_BlackBLocCinza

Por exemplo, surpreendem-se quando descobrem que a violência dos blockers é política e possui um objetivo além do vandalismo – o que costuma ser apresentado com esgares de choque, arautos de uma justificativa para a destruição.
É o caso dos fraquíssimos pesquisadores Esther Solano, Bruno Paes Manso e William Novaes, autores de Mascarados, livro que pretende contar “a verdadeira história dos adeptos da tática black bloc” (além de apenas fazerem entrevistas maçantes, apenas exibem suas impressões pessoais, chocados ao descobrir que os blockers possuem um objetivo em suas ganas por destruir o que outros criaram).

black_bloc-anarquia 

Ora, qualquer pessoa que tenha estudado movimentos de massa desde a Revolução Francesa e os métodos revolucionários, sobretudo o anarquismo, já sabe que isto não apenas não é novidade: a própria definição de anarquismo é a revolução e a coletivização de toda a atividade humana, mas ao contrário dos comunistas, preferem a ação direta. O que é a ação direta? A violência contra as instituições da sociedade.
Ou seja, os black blocs são apenas uma tática já velha e desgastada – a única novidade é trocar a estratégia da “propaganda pelo ato”, os ataques de longo prazo (de Johann Most e o assassinato da princesa Sissi e o decorrente esfacelamento do Império Austro-Húngaro ao terrorismo puro e simples, como as bombas em Wall Street que mataram 38 pessoas em 1920, colocadas pelos anarquistas italianos galeanistas), pela tática de rostos cobertos e ação em bando.
Os protestos do MPL, portanto, não são tomados por uma minoria de vândalos – do contrário, tal minoria apareceria em outros protestos.
Pelo contrário: o próprio objetivo do MPL e de outros community organizers é promover uma situação em que se possa agir de tal maneira, e dentre suas próprias fileiras, partir para a violência, com o objetivo político: o anti-capitalismo do “passe livre” (idéia ultra-coletivista por definição) e a destruição de símbolos do capitalismo como agências bancárias e lojas comerciais (mesmo singelas bancas de jornal), todos escudados por uma massa de jovens hormonais que sempre serão filmados como “vítimas de brutalidade da repressão policial” quando a polícia, despreparada que seja, tem de lidar com uma multidão.
Em junho de 2013, as primeiras manifestações, ao contrário do que a memória nacional fez crer, já eram extremamente violentas. Mas, devido justamente à empatia da população em desgostar do sofrimento de jovens diante de violência, a população correu às ruas para fazer peso para os protestos. Tendo as duas primeiras semanas sido esquecidas da memória nacional, hoje muitos pensam em 2013 como um ano em que “o povo”, sozinho, foi para as ruas para exigir algo contra o governo petista – sem perceber que obedeceram pari passu o esquematismo de revoluções e movimentos de massa desde a Revolução Francesa.
O jornalismo, ao invés de simplesmente apresentar nomes sem definição ao povo, deveria trabalhar minimamente a narrativa dos fatos, com começos, meios e fins (sobretudo os meios utilizados e os fins pretendidos). Assim, a população, mesmo a mais instruída, teria ferramentas adequadas para analisar os fatos nas ruas, sem tentar entender se, por serem de esquerda, são petistas, ou se são ligados a algum partido ou quem os financia.
Protestos com black blocs já haviam ressurgido no fim do ano passado, e tudo indicava que ressurgiriam em 2016. Não foi preciso muito mais do que uma semana do ano.
Mas todo o seu funcionamento já está descrito em meu livro, Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs, as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Não se trata de um livro sobre junho de 2013 (o black bloc, aliás, é posterior a junho). Trata-se de uma análise política, filosófica e histórica do modo de fazer política através dos movimentos de massa, tomando o Brasil como um exemplo.
Até o momento, 2016 é apenas mais do mesmo. Nada de novo no front. Nem mesmo na forma como o noticiário, percebendo ou não, praticamente justifica as causas revolucionárias (e impopulares) ao narrar as notícias desta forma – noves fora ignorar que o real objetivo dos protestos não é ser “contra a tarifa”, e sim exigir o comunista “passe livre”, e também todos os partidos políticos de esquerda ostensivamente guiando as multidões pelas ruas do país, preferindo apenas chamá-los de “manifestantes”.

Afinal, movimentos de massa têm dinâmica idêntica e resultados idênticos desde pelo menos 1789.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Stuxnet, como os EUA criaram as guerras ciberneticas.


Stuxnet é um worm de computador projetado especificamente para atacar o sistema operacional SCADA (sistema desenvolvido pela Siemens para controlar as centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas) e foi descoberto em junho de 2010 pela empresa bielorrussa desenvolvedora de antivírus VirusBlokAda. É o primeiro worm descoberto que espiona e reprograma sistemas industriais e tambem é considerado o pai das guerras ciberneticas.

A funcao dele é atacar o sistema de controle industrial SCADA, usado para controlar e monitorar processos industriais, reprogramar CLPs e esconder as mudanças dos funcionarios da Usina (Em sistemas operacionais domésticos como o Windows e Mac OS X, o worm é inofensivo, só funciona efetivamente nas centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas, já que cada usina possui sua própria configuração do sistema SCADA).
Ele faz com que as centrífugas iranianas começassem a girar 40% mais rapidamente por quinze minutos, o que causava rachaduras nas centrífugas de alumínio gravando dados telemétricos de uma típica operação normal das centrífugas nucleares, sem que o alarme soasse, para depois reproduzir esse registro para os operadores dos equipamentos enquanto as máquinas, na verdade, as centrífugas estavam literalmente se destruindo sob a ação do Stuxnet sem que os funcionários soubessem.

A origem do worm Stuxnet é desconhecida, sabe-se que provavelmente tenha sido desenvolvido a mando de um país (Estados Unidos ou Israel), não sendo possível o seu desenvolvimento por usuários domésticos e necessitando-se de informações detalhadas e de difícil acesso sobre o funcionamento da usina.
Por exemplo, o complexo de Dimona, no deserto de Negev, em Israel, funcionavam centrífugas nucleares virtualmente idênticas às localizadas em Natanz, o que permitiu testar o Stuxnet em condições muito próximas das reais, antes de desfechar o ataque real.

Além do Irã, também foram afetados pelo worm Indonésia, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra, Malásia, e Paquistão. Como a usina não tem computadores conectados à Internet, a infecção deve ter ocorrido quando um dispositivo com o vírus foi conectado aos computadores da usina.

A empresa russa desenvolvedora de antivírus Kaspersky Lab lançou um comunicado descrevendo o Stuxnet:
Um protótipo funcional e temível de uma cyber-arma que dará início a uma nova corrida armamentista no mundo.    
— Kaspersky Lab

Como a usina não possuia, por motivos de segurança, conecções externas a maior suspeita foi de sabotagem interna.

Arabia Saudita, terrorismo sob as bençãos de EUA, Europa e ONU...


Michelle e Barack Obama são recebidos nesta terça-feira (27) pelo rei Salman no aeroporto internacional de King Khalid, na Arábia Saudita (Foto: AFP PHOTO / SAUL LOEB)Rei Salman E Barack Obama: EUA e Arábia Saudita possuem relações estreitas (Foto: AFP Photo/Saul Loeb)
A execução, pela Arábia Saudita, de 47 pessoas acusadas de terrorismo, entre elas o clérigo xiita dissidente Nimr al-Nimr, provocou reprovação de parte da comunidade internacional e deflagrou um conflito diplomático com o Irã na última semana.
Governos de potências ocidentais, como o dos EUA, questionaram as execuções, mas organizações de direitos humanos alegam que esse questionamento foi muito menos enfático do que seria se as execuções tivessem ocorrido em outro lugar que não a Arábia Saudita.
Mais: o Conselho de Segurança da ONU divulgou comunicado sem mencionar as execuções, mas apenas condenando os ataques contra instalações sauditas no Irã que ocorreram em represália às mortes, registradas no último sábado.
Isso contrasta com a resposta do Irã, o principal rival xiita do reino saudita (sunita), que foi contundente ao rechaçar a execução do clérigo al-Nimr, o que acabou motivando o rompimento das relações diplomáticas entre os países.

Violações de direitos e wahabismo

Organizações e especialistas vieram a público defender a necessidade de o Ocidente criticar a Arábia Saudita com maior ênfase.
Citam como motivo as violações de direitos humanos praticadas por esse país do Golfo Pérsico - a Anistia Internacional apontou dez tipos de violações - e a submissão enfrentada pelas mulheres no país.

Manifestantes xiitas protestam no Iraque contra a execução do clérigo saudita Nimr Al-Nimr (Foto: AP Photo/Karim Kadim)Manifestantes xiitas protestam no Iraque contra a execução do clérigo saudita Nimr Al-Nimr (Foto: AP Photo/Karim Kadim)
A Arábia Saudita é o único país do mundo em que mulheres não podem dirigir. Elas também estão submetidas a um sistema de tutela que as obriga a pedir autorização a homens para praticamente tudo.
Especialistas também mencionam o wahabismo - a ideologia que o reino saudita também exporta, além do petróleo - como motivo de condenação.
Religião oficial Arábia Saudita, o wahabismo é uma forma rígida e conservadora do islamismo. E alguns afirmam que é o "pai ideológico" do grupo autodenominado Estado Islâmico e, anteriormente, da Al-Qaeda.
Governantes sauditas investiram milhões de dólares nas décadas de 1960 e 1970 em campanhas educativas, construção de mesquitas e impressão do Corão. Criaram ainda a Universidade de Al-Madinah para que graduados de todo o mundo pudessem estudar a religião e depois disseminá-la em seus países.
Tudo com o objetivo de promover o wahabismo no mundo.
Há quem diga que a Arábia Saudita, ao exportar o wahabismo, ajudou grupos extremistas a recrutar voluntários.

Velhos aliados

Ainda assim, o Ocidente é tímido quanto a criticar o reino saudita.
"O Departamento de Estado (dos Estados Unidos) divulgou uma declaração sobre as execuções, especialmente a do clérigo. Não foi forte como poderia ter sido e dura como se esperava", afirmou Perry Cammack, analista do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, sediado nos EUA, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Para o especialista, a reação moderada se deve aos vínculos entre Washington e Riad.
"É mais natural que um país seja crítico em relação a essas coisas quando está em confronto com a nação em questão, mais do que quando se trata de criticar um parceiro estratégico com quem mantém relação próxima há décadas", disse Cammack, em referência à relação entre EUA e Arábia Saudita.
O analista sugere, contudo, a possibilidade de que Washington tenha levantado a voz nos bastidores da diplomacia.
EUA e Arábia Saudita são aliados desde a Segunda Guerra Mundial, embora as áreas de cooperação próxima venham se reduzindo.
"Há muitos assuntos sobre os quais os países não se entendem", disse Cammack.
Apesar disso, a Arábia Saudita continua sendo a principal aliada no Oriente Médio não apenas dos EUA, mas do Ocidente, que facilita e apoia sua influência na região.
Segundo especialistas, essa é uma das razões pelas quais o mundo ocidental não critica o reino com contundência.

Também houve protestos no Barein contra as execuções praticadas pelo reino saudita (Foto: Reuters/Hamad I Mohammed)Também houve protestos no Barein contra as execuções praticadas pelo reino saudita (Foto: Reuters/Hamad I Mohammed)
Petróleo, dinheiro e armas
Mas também há outros motivos. Para Mariano Aguirre, diretor do Centro Norueguês para Construção da Paz, há diversos interesses comuns que explicam esse comportamento.
Em primeiro lugar, diz, está a condição de país exportador de petróleo da Arábia Saudita, que durante décadas liderou as vendas mundiais do produto.
Essa riqueza permitiu, de acordo com Aguirre, que Riad se convertesse em um grande investidor nos centros financeiros mundiais, como Londres.
"Isso acarretou um forte clientelismo no setor financeiro internacional, que persiste até hoje", disse.
O especialista lembra também que a Arábia Saudita é um dos principais compradores de armas do mundo, tanto dos EUA como da Europa Ocidental.
Soldado saudita manipula armamento pesado: Arábia Saudita é um dos principais compradores de armas do Ocidente (Foto: BBC)Soldado saudita manipula armamento pesado: Arábia Saudita é um dos principais compradores de armas do Ocidente (Foto: BBC)

Apesar de atualmente conviver com um déficit orçamentário preocupante para os mercados, o país também se converteu em fonte de oportunidades para o capital internacional, ao incentivar a construção de grandes obras de infraestrutura, com impostos baixos e mão de obra barata e proibida de se sindicalizar.
Sob o ponto de vista geopolítico, diz Aguirre, a Arábia Saudita é vista como uma grande aliada do Ocidente desde a Revolução Islâmica no Irã, em 1979.

"Parte insignificante"

A ausência de condenação às violações de diretos humanos no regime do rei Salman bin Abdulaziz também tem relação com o peso reduzido desse tema na agenda internacional, criticam organizações do setor.
Esse histórico, aponta a Anistia Internacional, vai além da discussão sobre a pena de morte.
"Há poucos países com tantas violações de direitos humanos graves como a Arábia Saudita e que, ao mesmo tempo, são tratados com tanta benevolência por parte da comunidade internacional", afirmou Esteban Beltrán, diretor da seção espanhola da Anistia.
A organização aponta a prática, na Arábia, de dez tipos de violações graves aos direitos humanos, como aplicações de penas cruéis e desumanas, discriminação sistemática da mulher e emprego de leis antiterror para perseguir defensores de direitos humanos.
O representante da ONG lamenta que os direitos humanos ocupem uma parte insignificante das declarações de países europeus quando o tema é Arábia Saudita.
"No caso dos países da União Europeia, muitas vezes eles deixam que a Comissão Europeia (órgão executivo do bloco) faça essas declarações, para que nenhum país em particular apareça fazendo a crítica", afirma.
Outro motivo de controvérsia é o fato de a Arábia Saudita ocupar um dos 47 assentos no Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde também preside um dos painéis mais importantes.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A igreja Catolica e suas esquerdas acefalas e a marcha para Satã....


O evento, que está sendo divulgado nas redes sociais tem data e hora marcada: Dia 17 de Janeiro de 2016, às 16:00 hs em São Paulo. A intenção dos organizadores é marchar com a bandeira do satanismo e mostrar à todos que o movimento é sério e pretende chamar a atenção da sociedade para um novo padrão de vida.
O organizador do evento atende pelo nome de Apo Panthos Kakodaimonaze convida os interessando à marchar nas ruas para honra e glória do pai Satanás.
Para fazer oposição à Marcha Para Jesus, os participantes da Marcha Para Satanás prometem apoiar e incentivar os grupos LGBTs e todas as suas variáveis, protestar contra o modelo de família tradicional e também sugerir que os principais defensores do modelo atual de família – nomes como Jair Bolsonaro, Cunha, Malafaia e Feliciano – cometam suicídio.
O evento chamou a atenção e algumas capitais do país – como Porto Alegre, Rio de Janeiro e Maceió –  também se organizam e se preparam para aderir ao movimento.
Os organizadores afirmam que o evento é real e alegam que as leis do paísasseguram liberdade de expressão e liberdade religiosa, por isso têm o mesmo direito que os cristãos de expressar sua fé e suas crenças publicamente.
(Conforme noticiado pelo "Valor economico")

Vamos por parte, critica a bonsonaro, cunha e feliciano e nenhuma a Dirceu, Dilma ou Lula?
Critica a familia tradicional, ou seja, a familia burguesa que Marx tanto odiava...
Precisamos pensar muito para chegarmos a conclusão de quem esta por tras disto tudo, ou quais grupos?

Sou budista e nao tenho absolutamente nada contra a crença ou opção sexual de ninguem, mas esta manifestacao claramente é uma provocação que esta vindo claramente na cola de Unes, MPLs e Black Bloc... vocês creem em coincidencia?

Porem o tiro pode sair pela culatra, pois como sera que a população crista deste pais reagira em saber que os "satanistas" sao contra bonsonaro e cunha e poupam Dilma e Lula? kkk

E o mais ironico é chegarmos a conclusão que os movimentos de esquerdas que apoiam esta palhaçada foram criados justamente pela Santa Igreja Catolica Apostolica Romana, atraves de Ações Catolicas e Teologias da Libertacao.... A Igreja de Petro (como tanto gostam de mencioar) sendo o embrião da "marcha para Satã".... patetico....rs

MPL, Black Blocs e Bike Blocs... a manipulação e violencia dos rebeldes burgueses

Movimento Passe livre e Black Blocs.... uma relação estreita, que se iniciou na primeira aparição publica deste movimento de origem alemã no Brasil, durante as grandes manifestações de 2013 (antes disto este movimento era desconhecido por nossas paragens tupiniquins) e curiosamente ambos (mps e bb) utilizavam dos mesmos meios, para não dizer mesmos sites, para promoverem suas movimentacoes de forma quase padronizada e simultanea... se é que captaram o que quero dizer...
Depois disto os Black Block se infliltravam em manifestação sim, manifestação nao, NUNCA nas manifestações contra o governo e pro-impeachment e SEMPRE nas manifestações promovidas pelo MPL, com o ultimo sempre negando que tivesse qualquer tipo de relação com o segundo.
Como fisico, não creio em coincidencias, fica claro para mim que, primeiro os Black-Blocs tem tanta sintonia com o MPL que nao tem como nao serem PARCEIROS, segundo, pelos mesmos JAMAIS participarem de qualquer ato contra o governo do PT, qual o direcionamento ideologico dos mesmos (não esqueçam por exemplo que as grandes manifestações de 2013 por exemplo acabou logo apos a Dilma chamar a cupula dos MPL para "conversas reservadas").

Porem algumas conclusões devemos tirar destes fatos:

1- O MPL é um movimento segmentado, ideologico e acima de tudo inconsequente.
   Segmentado e ideologico pois não procura se manifestar por "ouvir" a populacao, deste seu inicio em Santa Catarina, este grupo que    hoje conhecemos por MPL, quando ainda fazia parte dos quatros do PT, queria apenas uma missão, algo por que lutar e se destacar e a escolha foi transporte gratuito e inconsequente pois o transporte publico é parcialmente financiado pelos cofres publicos e um transporte inteiramente gratuito seria tambem inteiramente financiado pelo governo e alguem saberia dizer de onde o governo desviaria verbas para financiar o transporte gratuito? saude? educação? nao se sinta mal se voce nao sabe, pois nem o MPL sabe, vide que em São Paulo, em 2015 teriamos um aumento nas tarifas depois de quase 2 anos sem aumento, o aumento seria de centavos.... o MPL entrou na parada, brigou, se manifestou e fez o governo municipal retroceder e não aumentar a tarifa, tendo este que aumentar portanto o repasse as empresas de onibus, e o que fez o governo ? um aumento abusivo e irrestrito no IPTU da cidade, com algumas residencias aumentando em 100% seu imposto, muitas pessoas, principalmente aposentados perderam suas moradias por conta deste fato, e quando confrontado com este fato o MPL se calou e sumiu temporariamente, se isentando completamente pelo ONUS do não aumentos dos centavos nas tarifas dos coletivos... e retornando apenas agora, quando do anuncio de um novo aumento.
Curiosidade, alguem ja tentou pesquisar o perfil dos lideres deste movimento?
Darei um exemplo fulgaz.... Walter Takemoto, lider do movimento em Salvador (Bahia)...
Dono de uma oratória empolgante, o rapaz, que seria sócio-diretor de uma instituição de educação e cultura e escreve diversos artigos sobre o assunto, inclusive para o site Observatório da Imprensa e a revista Caros Amigos,  ganhou rápido destaque nas reuniões do MPL.
Contudo, ainda que tenha incorporado a bandeira do grupo, Takemoto não tem a menor pinta de quem precisa de ônibus para se locomover. Em sua conta no Facebook, o rapaz exibe fotos de viagens ao redor do mundo, aparecendo, inclusive, numa delas, em Paris. Entre lideranças do MPL, teriam corrido rumores de que, no dia a dia, ele preferia se locomover à bordo de um automóvel importado e, quando a cidade está intransitável, utilizar-se de uma moto Harley-Davidson.
Alguem ai pensou em incoerencia e demagogia? Eu pensei em outra coisa... em quem o financia...

2- Vamos ao Black Bloc, suas atitudes são sobretudo totalitarias e anti-democraticas, totalitarias pois impoem sua posição sob a bandeira da violencia e anti-democraticas pois em sua imposicao do direito a livre manifestacoes, nao se atem ao direito a locomoção do cidadão (suas manifestacoes de algumas dezenas e no maximo centenas de pessoas afetam direta e indiretamente a locomoção de milhares senão milhoes de pessoas dentro das grandes cidades) assim como nao respeitam o direito a propriedade privada e o patromonio publico, nos quebra-quebra a agencias de carros, estacoes de metro, onibus dentre outras coisas...

3- E se por um lado temos manifestantes radicais, totalitarios, segmentados, violentos e anti-democraticos, de outro temos autoridades fracas que tem medo de serem tachadas de "reacionarias" ou "facistas", o que abre completamente o caminho para os excessos, ignorando o fato agindo com firmeza ou não, serão criticados...

4- Uma coisa que percebi... o MPL/BB assim como os movimentos patrocinados pela esquerda, atuam de modo geral durante a semana em horarios comerciais, me pergunto se realmente são trabalhadores se manifestando como dizem, como podem faltar constantemente ao trabalho??? qual a justificativa que dariam a empresa???? Na realidade, eles trabalham... mas para a propria "empresa" que financia os protestos....

E antes de encerrar a cereja do bolo...

O segundo protesto do MPL (Movimento Passe Livre), na avenida Paulista, teve apoio de ciclistas que se autointitulam "bike blocs". Eles devem se juntar aos manifestantes às 17h e ficar no final do cordão formado pelos ativistas que pedem a revogação do reajuste das passagens — a tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 no sábado passado.
Pronto... as ciclovias na cidade de São Paulo foram criadas para desviar a atenção do povo as verdadeiras medidas que serveriam para melhorar o transito paulista como por exemplo melhora no transporte sob trilhos, e sob o aval destes grupos foram implantadas sem maiores pesquisas ou mesmo avaliações... resultados ciclovias sub-utilizadas e transito pesado, São Paulo não é Amsterdan(que cabe num bairro de sampa por sinal e que tem clima temperado e relevo plano), temos pessos que saem de Parelheiros levando o filho para a creche e apois isto vao ao trabalho...COMO FAZER ISTO DE BICILETA?????
E agora estes grupos demagogos tem a cara de pau de ainda entrarem numa manifestação pedindo redução na tarifa de um transporte que sequer em teoria eles pegariam.... os onibus.

Esta na hora da população repensar estes movimentos absolutamente ideologicos(de uma ideologia falida por sinal, que apenas nos levou a crise e recessao) no pais....

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

5 exemplos de como a doutrinação ideológica atua na educação brasileira

A função de um educador sério, seria em tese exibir todas as visões de um fato, imparcialmente explicar todos os lados de um acontecimento, dar uma visão universal ao aluno e deixar as conclusões ou analises por conta deste... é ensinar o aluno a pensar por conta própria, sem ideias pré-concebidas ou visões parciais de um fato, pois desta forma passa a ser uma DOUTRINAÇÃO IDEOLOGICA....

A nossa educação não anda muito bem das pernas. Atualmente 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa. 

Em resumo: enfiamos mais de 42 milhões de crianças e adolescentes em escolas públicas, a um custo nababesco, mas ensinamos muito pouco.
 
E as notícias ruins não terminam por aí. Segundo dados do Prova Brasil, 55% dos professores brasileiros dizem possuir pouco contato com a leitura. Além disso, uma pesquisa feita pela OCDE aponta que eles perdem, em média, 20% das suas aulas lidando com bagunça em sala de aula. Por fim, segundo o Núcleo Brasileiro de Estágio (Nube), quatro em cada dez universitários são barrados em seleções para estágio por causa de erros de ortografia – os estudantes de Pedagogia lideram entre os piores índices.

quadroveja

Não bastasse o claro fracasso na escola como instituição de ensino, não raramente ela é usada como instrumento para doutrinação ideológica. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Sensus, 78% dos professores brasileiros acreditam que a principal missão das escolas é “formar cidadãos” (apenas 8% apontou a opção “ensinar as matérias”) e 61% dos pais acham “normal” que os professores façam proselitismo ideológico em sala de aula.
Evidentemente essa não é uma prática assinada por todos os docentes – e seria chover no molhado apontar aqui que parte considerável dos nossos professores atuam na melhor das intenções, quando não são vítimas de material didático de péssimo gosto. Mas, ainda assim, a doutrinação atua como uma praga numa lavoura, corrompendo a formação intelectual de incontáveis estudantes e interferindo negativamente no ambiente de trabalho dos docentes.
Para combater a prática, o advogado Miguel Nagib criou a organização Escola Sem Partido, “uma iniciativa conjunta de estudantes e pais preocupados com o grau de contaminação político-ideológica das escolas brasileiras, em todos os níveis: do ensino básico ao superior”. A organização promove o debate e denuncia práticas de doutrinação em sala de aula. Em sua página é possível encontrar inúmeros exemplos de uso eleitoreiro e político nos livros didáticos brasileiros, propaganda ideológica em instituições de ensino, professores-militantes, entre outras aberrações presentes na nossa educação.

Aqui, 5 exemplos de como a doutrinação atua nas salas de aula do país.

1) O livro de história mais vendido do país não é um livro de história.

964649_10200543507442930_999275134_o

O nome dele é Mario Furley Schmidt e ele é o responsável por um dos capítulos mais obscuros da história da educação no país. Mario é considerado o autor que mais vendeu livros de História no Brasil. Sua coleção, Nova História Crítica vendeu mais de 10 milhões de exemplares e foi lida por mais de 30 milhões de estudantes. Só tem um problema – Mario Schmidt não é historiador e sua obra não passa de mero panfleto marxista. Por receber 10% do preço de cada livro vendido, porém, Schmidt ficou milionário da noite para o dia.
A Nova História Crítica foi recomendada pelo Ministério da Educação. Na compra feita pelo MEC em 2005, o livro representava 30% – a maior parte – do total de livros de história escolhidos. Segundo o editor da Nova Geração, Arnaldo Saraiva, a obra “é o maior sucesso do mercado editorial didático dos últimos 500 anos”. Na coleção, feita para alunos de 5ª a 8ª séries, Schmidt faz contundentes elogios ao regime cubano, afirma que a propriedade privada aumenta o egoísmo, critica o acúmulo de capital e faz apologia ao Movimento dos Sem-Terra (MST). Além disso, trata Mao Tsé-Tung como um “grande estadista e comandante militar”. Por toda obra, o capitalismo e o socialismo são confrontados com informações maniqueístas, distorções bizarras, erros teóricos primários e releituras descompromissadas de qualquer apreço histórico.






Nova História Crítica 8ª série - Neoliberalismo

2) Que tal pagar por um Centro de Difusão do Comunismo?

550351_298954270208467_379722128_n

Sim, isso mesmo que você leu. Aconteceu na Universidade Federal de Ouro Preto. Vinculado ao curso de Serviço Social, o Centro de Difusão do Comunismo, sob a coordenação do professor André Luiz Monteiro Mayer, desenvolveu dois projetos de extensão: a Equipe Rosa Luxemburgo (um grupo “de Debate e Militância Política Anticapitalista”) e a Liga dos Comunistas (“núcleo de estudo e pesquisa sobre o movimento do real, referenciado à teoria social de Marx e à tradição marxista”). Não se engane: aqui não se trata de um centro destinado a estudar teoria e história do comunismo. Só há um único propósito no Centro de Difusão do Comunismo – como diz o seu nome, difundi-lo. E com dinheiro público.
O centro foi impedido de atuação por um juiz da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira. De acordo com ele, a administração “não pode disponibilizar bens públicos para a difusão de doutrinas político-partidárias por mais relevantes que sejam historicamente”.

3) Nos livros aprovados pelo MEC, palmas para Lula, vaias para FHC.

14102010G00003

Deu na Folha:
Livros didáticos aprovados pelo MEC (Ministério da Educação) para alunos do ensino fundamental trazem críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e elogios à gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das exigências do MEC para aprovar os livros é que não haja doutrinação política nas obras utilizadas.
O livro “História e Vida Integrada”, por exemplo, enumera problemas do governo FHC (1995-2002), como crise cambial e apagão, e traz críticas às privatizações. Já o item “Tudo pela reeleição” cita denúncias de compra de votos no Congresso para a aprovação da emenda que permitiu a recondução do tucano à Presidência. O fim da gestão FHC aparece no tópico “Um projeto não concluído”, que lista dados negativos do governo tucano. Por fim, diz que “um aspecto pode ser levantado como positivo”, citando melhorias na educação e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Já em relação ao governo Lula (2003-2010), o livro cita a “festa popular” da posse e diz que o petista “inovou no estilo de governar” ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. O escândalo do mensalão é citado ao lado de uma série de dados positivos.
Ao explicar a eleição de FHC, o livro “História em Documentos” afirma que foi resultado do sucesso do Plano Real e acrescenta: “Mas decorreu também da aliança do presidente com políticos conservadores das elites”. Um quadro explica o papel dos aliados do tucano na sustentação da ditadura militar. Quando o assunto é o governo Lula, a autora – que à Folha disse ter sido imparcial – inicia com a luta do PT contra a ditadura e apenas cita que o partido fez “concessões” ao fazer “alianças com partidos adversários”.
Em dois livros aprovados pelo MEC, só há espaço para as críticas à política de privatizações promovida por FHC, sem contrabalançar com os argumentos do governo.

DSC00964 

O professor Claudino Piletti, coautor do livro “História e Vida Integrada”, da editora Ática, concorda que sua obra é mais favorável ao governo Lula. “Não tem o que contestar”, afirmou.
Ele disse que é responsável pela parte de história geral da obra e que a história do Brasil ficou a cargo de seu irmão, Nelson Piletti, que está na Itália e não foi encontrado pela reportagem. À Folha Claudino disse que critica o irmão pela tendência pró-Lula e vai tentar convencê-lo a mudar a obra.
“Não dá para ser objetivo. O professor de história tem suas preferências, coloca sua maneira de pensar. Realmente ele [Nelson] tem esse aspecto, tradicionalmente foi ligado à esquerda e ao PT”, afirmou Claudino.

4) Nem os livros de Língua Portuguesa fogem da propaganda ideológica.

Lula 001 - Cópia 

Num país onde 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa e quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais, nem os livros de Língua Portuguesa escapam da propaganda ideológica. Lula e Fidel Castro ilustram conteúdos em dois livros didáticos de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Lula estampa o conteúdo de “expressão oral” em livro para o 6º ano (27447C0L01; atende crianças de 11 a 12 anos) e Fidel, o conteúdo de “reconstrução dos sentidos do texto” em livro para o 9º ano (27484C0L01, atende adolescentes de 14 e 15 anos).
Os livros de Língua Portuguesa fazem parte do catálogo do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação, para o triênio 2014/16. Eles foram distribuídos para escolas públicas ligadas aos governos federal, distrital, estaduais e municipais.


Outro livro didático de Língua Portuguesa para o 6º ano do Ensino Fundamental (que faz parte do catálogo do Plano Nacional do Livro Didático, sob o nº 27484C0L01) usa uma charge para comparar a capacidade de decisão da presidente Dilma Rousseff com seus adversários políticos Marina Silva e José Serra. Como tarefa, o aluno é orientado a manter-se bem informado sobre o tema que pretende defender – “é preciso ter opinião”, diz a chamada.

5) Propaganda ideológica num livro de… Educação Física?


Pois é, nem os livros de Educação Física escapam. Ao menos não o Livro Didático de Educação Física para o Ensino Médio do Estado do Paraná. No terceiro capítulo da disciplina, chamado “Faço esporte ou sou usado pelo esporte?”, o livro didático público recorre ao esporte e à televisão para afirmar que ambos sofrem influência do sistema capitalista para explorar e dominar as massas, impondo suas idéias políticas e filosóficas.
“Regras: é preciso respeitá-las para sermos bons esportistas. Em nossa sociedade, devemos ser submissos às regras impostas pela classe dominante. Em nosso convívio social, devemos respeitar nossos colegas (…), contribuindo com o êxito da equipe ‘de trabalho’, isso quer dizer ‘enriquecer cada vez mais os patrões’”, diz o livro.
“O texto é declaradamente marxista, um emaranhado de sofismas, tendencioso do começo ao fim. A prática esportiva é secundária, o que importa é fazer a revolução gramsciana”, diz o advogado Miguel Nagib, presidente da organização Escola Sem Partido. Como relata o Gazeta do Povo, que entrevistou Nagib:
“Ao falar da “potencialidade transformadora” do ensino da Educação Física, o autor deixa claro que pretende usar a disciplina para fazer dos alunos “agentes de transformação social”. A técnica usada para levar os alunos a exercer o chamado “pensamento crítico” – que nunca é crítico em relação às atrocidades cometidas nos regimes comunistas – não é a da demonstração racional, mas a da insinuação maldosa. “O texto é repleto de perguntas retóricas, suspeitas, que induzem o estudante a fazer uma determinada abordagem do problema.”


Para escrever seu livro de esporte com críticas ao capitalismo, Gilson José Caetano, formado em Educação Física, diz ter escolhido “um recorte baseado no materialismo histórico dialético”. Ele afirma que o marxismo seria a base teórica de consenso entre os professores que criaram as diretrizes da Secretaria de Educação do Paraná.

Nem a prática esportiva escapa do proselitismo ideológico. E é você, claro, quem banca tudo isso.