Semelhante reação de Washington tem uma explicação
clara. Ambos os países realizam uma política interna e externa
independente dos EUA. Por isso, Robert Work, vice-ministro americano da
Defesa, permitiu-se dirigir à Rússia declarações no espírito da guerra
fria:
“Moscou e Pequim devem saber que os Estados Unidos podem responder a uma ameaça aos seus aliados com métodos militares”.
Os
falcões americanos orientam-se pelo seu preferido princípio
justificativo: querem convencer-se de que as intenções da Rússia e da
China não levem ao emprego de armas contra os aliados europeus da Casa
Branca. Washington preocupou-se com os seus irmãos mais novos no Iraque,
Síria, Líbia e, agora, na Ucrânia.
E em toda a parte a
América reservou para si o direito à ingerência militar, sublinhando a
sua “eleição”, do que recentemente falou Barack Obama. O desejo dos EUA
alargar a sua presença na Ásia vem atrás da tentativa de levar o
fenômeno da “revolução colorida” para Hong Kong.
Os
americanos cooperam ativamente com os membros do movimento de protesto
Occupy Central e ensinam-nos, por exemplo, a resistir aos agentes das
forças de segurança. O cenário americano não sofre alterações.
A
essência da política externa dos EUA consiste em levar a democracia aos
países onde não há sistemas defesa antiaérea. Neste sentido, o desejo
da China comprar à Rússia complexos de mísseis de defesa antiaérea S-400
tem um efeito em Washington semelhante à capa vermelha num touro.
A
Rússia encontrou compreensão mútua com a China ao mais alto nível. As
manobras militares e antiterroristas conjuntas regulares são uma prova
do reforço dos laços. Os interesses comuns refletem-se também nas
votações dentro da ONU. Os diplomatas chineses apoiaram por mais de uma
vez as iniciativas dos colegas russos com vista ao cessar de fogo e à
consecução da paz na Ucrânia.
Hoje, os EUA devem
reconhecer apenas uma coisa: além do Ocidente, existem outros países que
também querem viver segundo um modelo de desenvolvimento próprio e não
serem peões na arena internacional.
Leia mais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário