quarta-feira, 16 de abril de 2014

Embaixadora que denunciou Russia na Ucrania, tem vinculos com George Soros...



Os ataques de grupos armados pró-russos nas cidades do leste da Ucrânia têm sinais de um envolvimento de Moscou, alertou neste domingo a embaixadora americana ante a ONU, Samantha Power.
"Tem todos os sinais do que vimos na Crimeia, é profissional, está coordenado, não há nada local. Em cada uma das seis ou sete cidades onde estão ativos (os ataques), as forças fazem exatamente a mesma coisa. Assim, que não há dúvidas de que isso possui sinais de envolvimento de Moscou", afirmou Power à rede ABC.

Porem para se entender quem realmente é Samantha Power,  a mesma participou da homenagem da IRC International Rescue Committee (que a cada ano recebe milhões de dólares de impostos no EUA),  deu a George Soros (seu amigo e mentor), na qual o mesmo recebeu o premio 'Freedom Award' que ocorreu em Nova York no Waldorf Astoria Hotel, na qual participaram alem de Samantha Power, o ex-presidente Bill Clinton dentre um elenco recheado de nomes da midia.
George Soros doou uma verdadeira fortuna ao IRC e disse que este dinheiro foi destinado a influenciar a opinião pública e incentivar uma resposta significativa com relacao a  crise na Síria.

O The Blaze fez uma reportagem sobre do Samantha Power e sua conexões com Soros, na qual foi chamada de "a mulher mais perigosa da América".

Fonte:
http://www.theblaze.com/stories/2013/06/05/who-exactly-is-samantha-power-obamas-new-u-n-ambassador-pick-everything-you-need-to-know/

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Historiador aponta aliança entre ONGs ocidentais e neonazistas na Ucrânia.


Arquivo
Os protestos de rua que vem sacudindo a Ucrânia nas últimas semanas são resultado, em grande medida, de uma articulação bizarra entre ongs e fundações norte-americanas e europeias e o partido neonazista Svoboda, liderado por Oleg Tiagnibog. Os Estados Unidos e a União Europeia estão dispostos a se aliar não importa com quem desde que isso enfraqueça a Rússia e permita a instalação de tropas da OTAN na Ucrânia. Esse é o pano de fundo desses protestos. A avaliação é do cientista político e historiador Luiz Alberto Moniz Bandeira, autor, entre outras obras, de A Segunda Guerra Fria – Geopolítica e Dimensão Estratégica dos Estados Unidos (Editora Civilização Brasileira), onde examina o papel dos Estados Unidos na eclosão e o desenvolvimento de recentes rebeliões na Eurásia, na África do Norte e no Oriente Médio.



Para Moniz Bandeira, os recentes acontecimentos que convulsionaram vários países no Oriente Médio, na Eurásia e norte da África devem ser entendidos no contexto da estratégia de “full spectrum dominance” (dominação de espectro total) que os EUA continuam implementando contra a presença da Rússia e da China naquelas regiões. Em entrevista à Carta Maior, Moniz Bandeira analisa a situação da Ucrânia e identifica os grupos que, segundo ele, estão apoiando e promovendo as manifestações:

"ONGs, tais como Open Society Foundations [OSF], Vidrodzhenya (Reviver), Freedom House, Poland-America-Ukraine Cooperation Initiative e outras, finaciadas pelos Estados Unidos, através da USAID, National Endowment for Democracy e CIA, bem como fundações alemãs. Foram elas que promoveram a denominada Revolução Laranja, que derrubou o governo de Leonid Kuchma (1994-2005)".

"Os chamados ativistas, que instigam e lideram as demonstrações pro-Ocidente, pertencem, em larga medida, a comandos do Svoboda e de outras tendências neo-nazis, levados de Lviv (Lwow, Lemberg) para Kiev e manifestam claramente tendências xenófobas, racistas, anti-semitas e contra a Rússia".

A União Brasileira de Escritores e a Academia de Letras de Minas Gerais indicaram o nome de Moniz Bandeira para o prêmio Nobel de Literatura em 2014, cuja escolha será feita em outubro pela Academia Sueca.

Qual a sua avaliação sobre os recentes protestos que vem sacudindo a Ucrânia?

Moniz Bandeira -  A Ucrânia nunca teve unidade étnica e daí a fragilidade do Estado nacional que lá se formou. Até o século XII, chamada Rus' Kievana  ou Kyïvska Rus, era uma confederação de tribos eslavas orientais, virtualmente oa maior potência da Europa, ao abranger a atual Bielo Rússia e parte da Rússia.

Desintegrou-se, porém, e esteve envolvida em constantes guerras entre russos, poloneses, cossacos e lituanos. Em 1795, a antiga Rus's Kievna, ao oeste do rio Dnieper, que desemboca no Mar Negro, foi repartida. A Rússia anexou a maior parte da região, todo o Kanato da Criméia, e o  Império Austro-Húngaro, sob a dinastia de Habsburg, dominou a outra, incluindo a Galitzia (Halychyna), na Europa Central, até 1918.

Durante a guerra civil na Rússia, após a Revolução Bolchevique (1917), lá combateram diversas facções. Após o Exército Vermelho derrotar as forças contra-revoluicionárias do general Antón Denikin e os anarquistas comandados por Nestor Makhno, a República Soviética da Ucrânia constituiu-se como Estado nacional e, em 1922, somou-se às Repúblicas Soviéticas da Rússia, Bielorrusia e Transcaucasia, na formação da União Soviética. Após o Pacto Molotv- Ribbentrop, ela reincorporou ao seu território a Galitzia e Volhnia, que integravam a Polônia, bem como recebeu da Romênia a Bessarábia, o nordeste de Bukovina e a região de Hertza. A opressão do regime stalinista, entre outros fatores históricos, gerou, no entanto, forte e profundo sentimento anti-soviético e, conseqüentemente, anti-russo. Uma parte da população não só saudou as tropas nazistas, como libertadoras, quando invadiram a Ucrânia em 22 de junho de 1942, como lutou ao seu lado. Porém, a maioria incorporou-se ao Exército soviético e a brutalidade nazista reforçou ainda mais a resistência.

Em 1945, libertada, a República Soviética da Ucrânia foi um dos países fundadores da ONU, mas Stalin não conseguiu colocá-la, como membro permanente, no Conselho de Segurança. A Grã-Bretanha opô-se. Não queria que a União Soviética com mais um voto, com direito a veto, no Conselho de Segurança. E daí que os dois países não aceitaram que o presidente Franklin D. Roosevelt, conforme prometera ao presidente Getúlio incluisse também o Brasil, porque estava então estreitamente vinculado aos Estados Unidos. 

Quais são as causas e os principais protagonistas dos atuais protestos?

Moniz Bandeira - As causas das demonstrações são, sobretudo, geopolíticas e estratégicas. O que está em jogo não é, na realidade, a adesão da Ucrânia à União Européia. Não é questão de livre circulação de pessoas e de mercadorias. A União Européia muito pouco pode oferecer à Ucrânia, exceto, mediante o levantamento das barreiras alfandegárias, a importação maciça de produtos do Ocidente, a imposição de normas europeias aos produtos que ela fabrica e pode exportar para a mesma União Européia, o que lhe vai dificultar ainda mais as transações comerciais. A Ucrânia só tem a perder. O FMI vei impor medidas de contenção, dificultando ainda mais o desenvolvimento do país. Muitas indústrias fecharão ou serão assenhoreadas pelas multinacionais européias e os pequenos agricultores, arruinados pela agro-indústria.



Porém, o que os Estados Unidos pretendem, através da incorporação da Ucrânia à União Europeia é, sobretudo, possibilitar que as forças da OTAN sejam estacionadas na fronteira da Rússia. Conforme o economista Paul Craig Roberts, ex-secretário assistente do Tesouro no governo de Ronald Reagan (1981-1969), salientou, a respeito dos comentários de Viktoria Nuland, secretária de Estado Assistente de John Kerry, "a Ucrânia ou a parte ocidental do país está cheia de ONGs mantidas por Washington cujo objetivo é entregar a Ucrânia às garras da União Europeia, para que os bancos da União Europeia e dos Estados Unidos possam saquear o país como saquearam, por exemplo, a Latvia; e enfraquecer, simultaneamente, a Rússia, roubando-lhe uma parte tradicional e convertendo-a em área reservada para bases militares de Estados Unidos-OTAN".
 
Com efeito, por trás das ininterruptas demonstrações, das quais dois senadores americanos -John McCain (Partido Republicano) e Christopher Murphy (Partido Democrata) abertamente participaram -  estão certas ONGs, tais como Open Society Foundations [OSF], Vidrodzhenya (Reviver), Freedom House, Poland-America-Ukraine Cooperation Initiative e outras, finaciadas pelos Estados Unidos, através da USAID, National Endowment for Democracy e CIA, bem como fundações alemãs. Foram elas que promoveram a  denominada Revolução Laranja, que derrubou o governo de Leonid Kuchma (1994-2005).

Essas e outras organizações não governamentais foram criadas como façade para promover a política de regime change sem golpe de Estado. Esse novo método de subversão, que os Estados Unidos desenvolveram, demonstro, com vasta documentação, em meu livro A Segunda Guerra Fria - Das rebeliões na Eurásia à África do Norte e ao Oriente Médio, lançado em 2013.

E como está a situação hoje da Ucrânia? Para onde caminha o país?

Moniz Bandeira -  A Ucrânia está em uma situação econômica e social extremamente difícil. O desemprego, segundo o governo, é da ordem de 8% e parcela significativa da população - de 25%, conforme as estatísticas oficiais -, vive abaixo da linha de pobreza. O índice de desnutrição é estimado entre 2 e 3 % até 16%. O salário médio é de US$332,00, um dos mais baixos da Europa. As áreas rurais, no Ocidente, são mais pobres. E a Ucrânia está na iminência de praticar o default. Os jovens ucranianos, porém, imaginam que a União Européia pode melhorar seu standard de vida e aumentar prosperidade do país. Os ucranianos – em primeiro lugar a juventude – têm o sonho da UE, a liberdade de viajar, as ilusões de conforto, bons salários, prosperidade, etc. Sonhos com os quais os governos ocidentais contam para derrubar o governo de Vikton Yanukovych.

Qual a importância geopolítica da Ucrânia hoje no cenário europeu e internacional?

Moniz Bandeira -  Zbigniew Brzezinski, ex-assessor de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, escreveu certa vez que, no novo tabuleiro do xadrez mundial, “a Ucrânia podia estar na Europa sem a  Rússia, porém a Rússia não podia estar na Europa sem a Ucrânia".  A equação, contudo, é muito mais complexa. A Ucrânia, chamada, tradicionalmente, de "pequena Rússia", não pode se desprender da Rússia, da qual muito depende, sobretuido para seu abastecimento de gás. E sua adesão à União Européia, permitindo o avanço da OTAN até a fronteiras da Rússia, tenderia evidentemente a romper todo o equilíbrio geopolítico da Eurásia, uma vasta região terrestre e fluvial, até o Oriente Médio, devido abranger os importantes estreitos de Bósforo e Dardanelos, que possibilitam as comunicações do Mar Negro e de importantes zonas energéticas (gás e petróleo) com o Mar Mediterrâneo, cujo controle e completo domínio os Estados Unidos buscam com a derrubada do governo de Basshar al-Assad, na Síria.

A questão da Ucrânia insere-se, assim, no mesmo contexto da guerra na Síria. A Rússia ainda mantém importante base naval na Síria, em Tartus, bem como conserva forças no porto de Latakia. E, não obstante o colapso da União Soviética, continuou a configurar, na percepção dos Estados Unidos, como seu maior rival. Ao Ocidente -  Estados Unidos e União Européia -  não interessa, portanto, a criação da União Econômica Eurasiana, cujo tratado o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o grande estadista da atualidade, está a negociar com as antigas repúblicas que antes integraram a extinta União Soviética, tais como  Quirguistão, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Ucrânia, exceto os países bálticos. Os Estados e a União Européia entendem que a Rússia voltaria, assim, a conquistar dimensão estratégica e geopolítica na mesma proporção da extinta União Soviética. O que está em jogo não é questão ideológica. É geoestratégica.

Como disse, Washington nunca deixou de perceber a Rússia como seu principal adversário, mesmo após a dissolução da União Soviética (1991). Em 1991, o general Colin Powell, então chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, no governo de George H. W. Bush (1989-1993), recomendou que os Estados Unidos impedissem que a União Europeia se tornasse uma potência militar, fora da OTAN, a remilitarização do Japão e da Rússia, bem como desencorajasse qualquer desafio à sua preponderância ou tentativa de reverter a ordem econômica e política internacionalmente estabelecida. Também Dick Cheney, então como secretário de Defesa, divulgou, em 1992, um documento no qual estabeleceu que a primeira missão política e militar dos Estados Unidos consistia em impedir o surgimento de algum poder rival na Europa, na Ásia e na extinta União Soviética.

Qual é a atual correlação de forças interna na Ucrânia no que diz respeito aos protestos?

Moniz Bandeira - O eixo da crise não está propriamente na correlação de forças domésticas, i. e., dentro da Ucrânia. Grande parte da população não apoia os que fazem demonstrações em Kiev. E o país, quer queiram ou não os manifestantes, está na órbita de gravitação da Rússia. Por outro lado, o Mar Negro é controlado, desde o reinado de Catarina, a Grande (1762 e 1796), pela frota russa, baseada na península da Crimeia, com a base naval em Sebastobol e mais um porto em Odessa. A Rússia jamais pode aceitar a incorporação da Ucrânia à OTAN, mesmo que a associação com a União Européia não implique aliança política-estratégica. O presidente Vladimir Putin, diplomaticamente, já fez a advertência de que está muito preocupado com a dívida do gás que a Rússia fornece a Ucrânia não paga. E se cortar o fornecimento o governo, que os Estados Unidos querem impor, não se sustenta. Cai. 

Viktor Yushchenko, quando foi levado à presidência da Ucrânia, era a favor do Ocidente, porém, tal como seu antecessor Leonid Kuchma, que solicitara a adesão da Ucrânia à OTAN, na reunião de Raykjavia (13 de maio,2002), teve de rever sua posição, diante da realidade geopolítica. Cairia, decerto, se consumasse a adesão à OTAN.  A União Europeia, outrossim, depende mais da Rússia que a Rússia da União Européia. E essa foi uma das razões pela quais se recusou a alinhar-se com os Estados Unidos para aplicar sanções contra o governo de Viktor Yushchenko.
Acabei de receber de um conhecido em Kiev essa mensagem, que bem confirma  e demonstra o quanto a mídia manipula as informações sobre os acontecimentos na Ucrânia:

“Sim, efetivamente aqui está muito quente na rua (a temperatura chegou a 35 graus negativos na semana passada). Eu fui ver as barricadas ontem à noite, na primeira linha diante dos integrantes da polícia militar. É bastante impressionante. Os opositores na rua que ocupam aquela área estão armados, muito bem organizados militarmente em companhias, fazem patrulhas em grupos de combate de dez pessoas, com capacetes e armas. Eu cruzei com dois sujeitos com uniformes da divisão SS Galicia (que lutou com os alemães contra os soviéticos em 1943-1945. Acho muito engraçado ver os políticos europeus fazendo grandes declarações sobre o “Maidan” e a democracia quando praticamente todos esses tipos que enfrentam a polícia nas ruas são fascistas. É uma grande hipocrisia. Os euro-atlânticos estão prontos a se aliar com não importa quem (como os islamistas na Síria) desde que isso contribua para enfraquecer a Rússia”.

Qual a estrutura política de fato da oposição ucraniana?

Moniz Bandeira - Na 50ª Conferência de Segurança de Munique, o secretário de Estado, John Kerry, disse que as demonstrações contra Yushchenko, em Kiev, tinham como objetivo implantar a democracia. Que democracia? Viktor Yushchenko fora democraticamente eleito em 2010.  O nacionalismo ressurgente na Ucrânia e alimentado pelo Ocidente é, na realidade, um neo-nazismo. O partido que o fomenta é o  Svoboda, cujo chefe é Oleg Tiagnibog, com maior influência no leste da Galitzia, antes pertencente à Polônia e onde muitos habitantes colaboraram com as tropas da Wehmarcht  e formaram a 14. Waffen-Grenadier-Division der SS, sobretudo na Galitzia oriental, reduto da extrema-direita. Os chamados ativistas, que instigam e lideram as demonstrações pro-Ocidente, pertencem, em larga medida, a comandos do Svoboda e de outras tendências neo-nazis, levados de Lviv (Lwow, Lemberg) para Kiev e manifestam claramente tendências xenófobas, racistas, anti-semitas e contra a Rússia.

Os manifestantes que estão nas ruas têm o apoio da maioria da população?

Moniz Bandeira - Creio que não. O Partido das Regiões, liderado pelo presidente Viktor Yanukovich representa, provavelmente, a grande parte da população, sobretudo no oriente e no sul, bem como conta com forte apoio oeste, i. e., na Ucrânia sub-carpática. Seu suporte, portante, é grande, tanto que triunfou nas eleições em 2010. E o projeto do presidente Vladimir Putin fortalece ainda mais os vínculos da parte oriental da Ucrânia, mais industrializada, com a Rússia, mediante a cooperação industrial,  modernização e integração de tecnologias, como antes se realizava com a União Soviética, nas áreas da aeronáutica, produção de satélites, armamento, construção naval e outras. Na parte ocidental o idioma que predomina é o ucraniano

Que lhe pareceu a expressão de desprezo pela União Européia (“Fuck the EU” ), dita pela secretária de Estado Assistente, Viktoria  Nuland, na conversa com o enviado especial dos Estados Unidos à Ucrânia, embaixador Geoffrey Pyatt?

Moniz Bandeira - Não me surpreendeu.  Viktoria Nuland apenas expressou o que sempre pensaram e pensam as autoridades de Washington com respeito não apenas à União Européia, mas também ao resto do mundo. A manifestação do extremo egoismo é nacional, a que o embaixador do Brasil, Domício da Gama, notara e escreveu ao Itamaraty, por volta de 1912.  O vazamento dessa conversa, por telefone, de Viktoria Nuland com o embaixador Geoffrey Pyatt, sobre quem Washington deve escolher para assumir a presidência da Ucrânia, não vai provavelmente modificar a intenção de Washington com respeito à Ucrânia. A posição de Washington não é muito forte. Victória Nuland, irritada, demonstrou-o ao exclamar “Fuck the EU” diante da hesitação da Europa de arriscar sua existência em benefício da hegemonia dos Estados Unidos e não alinhar-se ao projeto de sanções contra o governo  de Viktor Yanukovich.

A União Europeia e os Estados Unidos têm condições de enfrentar a Rússia para resgatar a Ucrânia do colapso financeiro?

Moniz Bandeira - Quase nenhuma. O povo na Alemanha, o país com mais recursos e sobre o qual recai a maior responsabilidade pelo resgate, não aguenta mais amparar financeiramente os diversos países, membros da União, a fim de que não quebrem. Continuam todos altamente endividados e praticamente não aparecem maiores sinais de recuperação econômica. A quase estagnação é um fato. E o problema da dívida pública dos Estados Unidos, a depender sempre de que o Congresso aumente o seu limite, não permite, decerto, ao governo do presidente Barack Obama atender à situação catastrófica da Ucrânia. Entretanto, a economia da Rússia, desde o ano 2000, cresceu em média 7%, tornou-se a sétima economia mundial segundo o método da paridade do poder de compra e ainda ajudou a União Europeia com a construção de oleodutos e gasodutos subterrâneos, que passam através da Ucrânia e outros países aos quais fornece grande parte da energia. Cerca de 60% do gás que a Alemanha consome provém da Rússia. E o presidente Vladimir Putin já forneceu ao governo de Viktor Yanukovich um bailout de US$17 bilhões, ademais de reduzir por algum tempo o preço do gás que fornece ao país. Mas se cobrar a dívida, a Ucrânia quebra.

Há quem veja uma conexão entre as mobilizações de rua que vêm ocorrendo em vários países nos últimos anos? O senhor vê tal conexão?

Moniz Bandeira - Diversos e complexos fatores, tais como a crise financeira mundial, iniciada em 2007/2008, a estagnação econômica, desemprego dos jovens, desencanto com os governos, bem como outros fatores domésticos e o fenômeno do contágio e mimetismo, concorreram para que agentes externos pudessem fomentar as demonstrações ocorridas em diversos países, sobretudo na Eurásia e no Oriente Médio. Como demonstro, documentadamente, em meu livro A Segunda Guerra Fria, logo após os atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, o presidente George W. Bush (2001-2009), ao mesmo tempo em que deflagrou a War on Terror, a guerra sem fim, estabeleceu a  “freedom agenda” e autorizou o Departamento de Estado a criar a Middle East Partnership Initiative (MEPI)  com o propósito de treinar ativistas político, com base no  From Dictatorship to Democracy, do professor Gene Sharp, usado na Sérvia, na Ucrânia, na Geórgia e em outros países.

O objetivo era treinar e encorajar dissidentes e "reformistas democráticos!, sob os “regimes repressivos” no Irã, na Síria, na Coreia do Norte e na Venezuela, entre muitos outros, a solapar a estabilidade e a força econômica, política e militar de um Estado sem recorrer ao uso da insurreição armada ou de golpe militar, mas provocando violentas medidas, a serem denunciadas como emprego de força brutal, abuso dos direitos humanos etc. e provocar o descrédito do governo.  A estratégia do professor Gene Sharp consiste na luta não violenta, porém complexa, travada por vários meios, como protestos, greves, não cooperação, deslealdade, boicotes, marchas, desfiles de automóveis, procissões etc., em meio à guerra psicológica, social, econômica e política, visando à subversão da ordem. Ela serviu para promover as chamadas “revoluções coloridas”, na Eurásia, e a "primavera árabe", na África do Norte e Oriente Médio. E ONGs, finaciadas pela Now Endowment for Democracia (NED), USAID  e CIA e outras instituições públicas e privadas, foram e são nada menos que a mão invisível Washington.

Daí a secretária de Estado Assistente, Victoria Nuland, ter declarado na conversa com o embaixador Geoffrey Pyatt que, nas duas últimas décadas, os Estados Unidos gastaram US$ 5 bilhões para a "democratização" da Ucrânia, i. e., para subverter os regimes, cortar seus laços históricos com a Rússia e integrá-lo na sua esfera de influência, via União Européia. Victoria Nuland é esposa de Robert Kagan, líder dos neoconservadores (neo-cons) do ex-presidente George W. Bush, cujo papel como "universal soldier", o presidente Barack Obama passou a desempenhar.

Marco Aurélio Weissheimer
Fonte:http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/-Moniz-Bandeira-aponta-alianca-entre-ONGs-ocidentais-e-neonazistas-na-Ucrania/6/30265

Putin alerta contra uso de grupos e ONGs anti-Kremlin pelo Ocidente


O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira ao serviço oficial de segurança FSB que trabalhe para garantir que a Rússia não siga o que chamou de exemplo da Ucrânia, ao permitir que o Ocidente use grupos locais para objetivos "destrutivos".

As observações de Putin sinalizam sua preocupação de que o Ocidente possa usar organizações não governamentais para alimentar a dissidência na Rússia, apesar da repressão contra grupos com financiamento externo desde a realização de grandes protestos contra ele no inverno de 2011/2012.



(A Open Society de George Soros, sucessora da fundação ford, como fachada da CIA, financia os principais grupos que atuaram na Ucrânia, como a Indymédia/CMI, Femem, move.on dentre outros)

O mandatário russo também pediu à FSB, principal sucessora da polícia de segurança soviética KGB, para que não baixe a guarda na vigilância do Ártico e da região sul, visando prevenir ataques contra a Rússia.

"Nós devemos diferenciar claramente o ativismo de oposição legal, como aquele em qualquer país democrático, do extremismo, que é baseado no ódio, incitando a discórdia nacional e internacional, e desafiando a lei e a constituição", disse Putin, segundo a mídia russa, durante uma reunião com dirigentes da FSB.
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"Precisamos distinguir entre oponentes civilizados às autoridades e aqueles que servem a interesses nacional estrangeiros que prejudicam o nosso país", disse.

A Rússia acusou o Ocidente de apoiar os protestos em Kiev que culminaram com a deposição do presidente ucraniano pró-Rússia, Viktor Yanukovich. O Ocidente nega a acusação.

Depois da Criméria.... Donetsk!


Ativistas pró-Moscou que ocupam o principal edifício do governo local de Donetsk (região leste da Ucrânia) e proclamaram nesta segunda-feira a criação de uma "república soberana" independente de Kiev.

A decisão foi anunciada por um porta-voz dos manifestantes, que compareceu à entrada do edifício para falar com a imprensa.

Dezenas de manifestantes pró-Rússia aplaudiram o anúncio diante do edifício, mas os ativistas não parecem controlar outras áreas da cidade de um milhão de habitantes.

Após negociações, os manifestantes deixaram o edifício, que nesta segunda-feira estava sob o controle de Kiev, segundo o ministro do Interior, Arsen Avakov, que viajou a Kharkiv.

Desde a queda do presidente Viktor Yanukovytch, após protestos e confrontos violentos na capital Kiev, a tensão é muito forte no leste do país, onde várias pessoas morreram em manifestações, e no sul da Ucrânia.

Segundo a agência Interfax, os manifestantes decidiram organizar um referendo de soberania regional até 11 de maio.


O site de notícias local Ostrov afirma que os ativistas pediram para integrar a Federação Russa.

O governo pró-Ocidente de Kiev enviou à região no domingo o vice-primeiro-ministro encarregado das questões de segurança.

Manifestantes pró-Russia, localizados no leste da Ucrânia serão tratados como terroristas, com referendo da população ou não...

O presidente da Ucrânia, Oleksander Turchinov, afirmou nesta segunda-feira que o governo prepara operações antiterroristas contra os manifestantes que pegaram em armas para protestar no leste do país contra as novas autoridades de Kiev.

"Foi criado um centro anticrise, e serão adotadas medidas antiterroristas contra aqueles que pegaram em armas", disse Turchinov em uma mensagem à nação transmitida pela televisão, feita após manifestantes pró-Rússia ocuparem nas últimas horas várias sedes administrativas do Estado no leste do país.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Que a força esteja com a Ucrânia...

Há algum tempo atrás, num continente meio distante...o então presidente ucrâniano Yanukovych decidiu recusar um acordo que aprofundaria os laços do país com a União Europeia (UE) e era negociado havia três anos, optando por se aproximar da Rússia.
Grupos de oposição ao governo, formados principalmente por manifestantes de Kiev de do oeste uncraniano,  liderados por  Iúlia Timochenko (ex-presidente cassada por abuso de poder e uma das das executivas mais ricas da Ucrânia na area de energia)  e Arseniy Yatsenyuk (atual primeiro ministro e ex-banqueiro milionário), juntamente com a extrema direita ucrâniana (partidos Svoboda, Bratstvo e Udar),  grupos extrangeiros (leia-se GEORGE SOROS), EUA e Europa ocidental, atravês de um  golpe depuseram o governo e sem consulta popular ou referendo assumiram o governo com as bençãos da ONU...
POREM, o leste ucrânia é formado por russos e descendentes (maioria de lingua russa) que não concordaram com isto e num REFERENDO, os habitantes da Criméria (republica indepedente ligara a Ucrânia), optaram por se juntar a Russia, numa eleição democrática, assim como outras provincias tambem do leste, começam tambem a seguir por este caminho....

E como temos a Ucrânia hoje....grupos de extrema direita, desorganização e bizarrices e a ultima foi a entrada de um novo pré-candidato a presidência do pais, dentre 46 outros candidatos... bem... nem sei como dizer.... mas se trata de .... aff.... DARTH VADER.

Assista ao vídeo no qual Vader é aclamado como o candidato oficial do partido:


Darth Vader foi escolhido como o candidato oficial do Partido da Internet Ucraniano, conhecido por seus protestos bem humorados na vida política da Ucrânia.
Apesar da situação parecer uma grande pegadinha, o Partido da Internet efetivamente pagou os 225 mil dólares necessários para registrar Vader como um candidato na junta eleitoral do país.
"Depois de vencer de lavada nossas eleições internas, o camarada Vader será o candidato do nosso partido", disse o líder do Partido da Internet, Dmitry Golubov.
Em uma declaração no site do partido, Vader (ou quem quer que esteja vestindo a fantasia) disse que "sozinho posso transformar uma república em um império, para retomar a glória, os territórios e o orgulho perdido para esse país"
As eleições acontecem em 25 de maio e irão escolher o sucessor de Viktor Yanukovich, o ex-presidente deposto após fortes protestos nas ruas de Kiev.
O lorde Sith do partido é figura constante na Praça da Independência da capital ucraniana, sempre rodeado por uma horda de stormtroopers, e está envolvido em vários comícios pelo país.
Em novembro de 2013, ele foi carregado por seus stormtroopers para dentro da prefeitura de Odessa, onde se declarou como o novo prefeito da cidade.
O Partido da Internet Ucraniano foi criado em 2010, com o objetivo de criar um governo virtual na Ucrania, oferecendo cursos livres de computação e uma imprensa totalmente digital.

Nada mais normal num pais que possui como uma verdadeira "ameça fantasma" por tras das cortinas na forma de um imperador do mal...

Esperamos agora a aliança rebelde que colocara um fim a este império do mal....e em seu imperador.

Criméria: Russia pede que EUA parem de dar "xiliques" e façam Yoga para relaxar...


Um alto funcionário do governo russo acusou Washington de "dar xilique" em sua reação à anexação da Crimeia pela Rússia e sugeriu que as autoridades americanas "façam yoga" para relaxar.

"Claramente, a liderança americana está realmente aborrecida e não consegue aceitar uma nova situação que surgiu em parte devido à posição adotada deliberadamente pelos EUA e por seus parceiros na Europa Ocidental de preparar forças anti-Rússia para tomar o poder na Ucrânia", disse o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, em uma entrevista com a agência russa Interfax.

"Ao tentar demostrar o quão insatisfeito está com o exercício de livre arbítrio realizado pela população da Crimeia e com as decisões que tomamos em relação a isso, Washington está arruinando contatos até mesmo nos lugares em que o dálogo é de seu interesse", afirmou.

A Crimeia, até então uma região autônoma da Ucrânia, aprovou sua anexação à Rússia em um referendo realizado em 16 de março.
O movimento foi estimulado pelo governo russo após protestos populares derrubarem o governo pró-Rússia de Viktor Yanukovich na Ucrânia.

Em reação, EUA e União Europeia adotaram uma série de sanções contra autoridades e empresas ucranianas e russas.

"A situação vira piada quando, por exemplo, reuniões entre meteorologistas são canceladas", afirmou  Ryabkov.

"O que podemos aconselhar a nossos colegas americanos? Eles deveriam respirar mais ar fresco, fazer ioga, comer comidas saudáveis, talvez assistir a séries na TV. É melhor do que se estressar e estressar os outros quando eles sabem muito bem que o trem já partiu e que chilique infantil, lágrimas e histeria não vão ajudar nada".

Fonte:
http://www.theguardian.com/world/2014/apr/03/russian-minister-advice-us-crimea-yoga-sergei-ryabkov