quarta-feira, 19 de março de 2014

Depois da Crimeia....A Transnístria.


Outro caso que pode ter paralelos com a atual crise da Crimeia é o do enclave chamado Transnístria, território separatista entre a Moldávia e a Ucrânia.
Na prática, a Transnístria se separou da Moldávia e a maioria de sua população fala russo. Há relatos de que as autoridades locais pediram ao Parlamento russo por uma anexação, e um referendo em 2006 respaldou a intenção de pertencer à Rússia.
A comunidade internacional não reconhece sua independência, e o território, que mantém um tenso enfrentamento com a Moldávia, é tido como uma região dominada pelo crime organizado e pelo contrabando.
A Transnístria tem moeda, Constituição, hino, bandeira e Parlamento próprios. E, assim como na Crimeia, a Rússia tem milhares de soldados ali.
A relação de Moscou com a Moldávia é marcada pelo ponto fraco do pequeno país, a economia (semelhante à relação entre Moscou e Ucrânia).

Ainda com relacao a Criméia:
  1. O governo Ucraniano foi deposto por movimentos pró-UE, sendo que em momento algum houve referendo ou outra forma de consulta popular para saber se a maioria do povo Ucrâniano era a favor desta aproximação com o ocidente, e o leste Ucrânia em sua maioria é pró-Russia.(Para efeito de comparação, imaginem que no auge das manifestações de 06/2013, os manifestante conseguissem depor o governo e assumissem seu lugar, editando regras sem consultar a população).
  2. Como a Criméia (assim como outras regiões da Ucrânia) sequer foi consultado sobre este novo posicionamento pró-UE e possuia laços reais com a Russia (até 1952 a Criméia pertencia a Russia e foi 'doada' a Ucrânia, sendo que após a queda da URSS ela optou por ser uma republica AUTONOMA aliada da Ucrânia), optou por realizar um referendo com a populacao sobre ficar com a Ucrania ou com a Russia.
  3. Por votação absoluta (96,6% a favor) , foi decidida a anexação pela Russia.
  4. Extranhamente (até parece...) a UE e os EUA, não aceitaram o referendo, indepedentemente do povo Crimeiano deixar claro a sua posicao pró-Russia,  demonstrando por parte da UE e EUA total desrespeito pela carta de "autodeterminação dos povos" da ONU.
  5. Constatação final, UE e EUA apoiam os rebeldem pró-ocidente que derrubaram um governo eleito e assumiram o governo, e chamam de invalido um referendo popular...

Um comentário:

  1. A politica de dividir os países foi começada por o Stalin, continuada por Hrusciov, Brejnev e tolerada para o Putin.
    Infelizmente foi aplicado, só para manter o poder (Divide et Impera ) e tomar os riquezas.
    Ninguem pensava aos pobres habitantes, nativos de aí, nem naquele tempos, nem por agora.
    Como dizemos aqui- o ser humano é embaixo de tempos, suportando-lhes e esperando sempre o melhor, o melhor que nunca vai aparecer aqui, nesta parte de mundo porque aqueles que podem fazer algo, não gostam de implicar e este é o céu para a outra parte.

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