Fundada nos anos de 1920, a escola de Frankfurt funcionou como um Instituto de Pesquisa Social (REALE e ANTISERI, 2005b). Para Carvalho (2002), sua fundação teve ajuda direta de Felix Weil e seu primeiro colaborador e diretor foi Karl Grunberg. Carvalho (2002) aponta que Félix: “… achava muito lógico usar o dinheiro que seu pai acumulara no comércio de cereais como um instrumento para destruir, junto com sua própria fortuna doméstica, a de todos os demais burgueses”. Carvalho (2002) quer dizer que grande parte dos chamados revolucionários são burgueses brincando com o dinheiro do papai.
Paim (2005) explica que Weil estava a serviço dos soviéticos desde o início, pois:
Mantém relações com os chamados “revisionistas” da social democracia, corteja a liderança comunista, paga generosamente as contas de pessoas influentes nesses diversos grupos (financiou a primeira edição de História e consciência de classe, de Lukacs), mas pretende talvez perpetuar a sua memória com a criação do que viria a ser denominado de Instituto de Pesquisa Social. Concebeu-o segundo o modelo das fundações norte-americanas, dotando-o de um fundo milionário que lhe permitiria viver de rendimentos. Esses eram tão abundantes que, tendo o Instituto que emigrar para os Estados Unidos, devido á ascensão do nazismo, recusou integrar-se à Universidade de Columbia. Muito provavelmente, isto limitaria a sua liberdade de atuar como linha auxiliar da política externa soviética, o que vinha fazendo de forma muito criativa e inteligente (PAIM, 2005, p. 318).
Segundo Rodriguez (2006), os recursos para a escola de Frankfurt surgiram de um elaborado sistema de envio de dinheiro, principalmente de judeus argentinos exportadores de trigo. Paim (2005) aponta que o primeiro diretor do instituto foi Carl Grunberg (1861/1938), isto, até 1927. Adiante teria como diretor em 1931, Max Horkheimer que desenvolveu uma profunda idealização da denominada teoria crítica da sociedade.
Seria o responsável pela transferência do Instituto aos Estados Unidos, após a ascensão do nazismo e durante a guerra. Regressou a Frankfurt em 1950, onde cuidou da sua reconstituição. Faleceu em 1973 (PAIM, 2005, p. 320).
Os pesquisadores da teoria crítica pautavam-se em estudos que deveriam partir da ideia de totalidade e dialética, tendo como alvo a autoridade religiosa, familiar e escolar. Para estes críticos, o sistema opressor precisa ser combatido e uma sociedade sem exploração precisa ser esperada. É notável como a escola de Frankfurt se empenhou na destruição das bases do capitalismo, fora do campo prático, ou seja, após se neutralizar a revolução urbana (o terrorismo revolucionário), a teoria crítica passa a ser a nova salvação.
Paim (2005) destaca que com Herbert Marcuse o niilismo de Nietzsche proporciona a corrente crítica um caráter destruidor. Com seu niilismo pretendia-se a erotização da sociedade.
Nesse sentido:
Encontra em Freud a indicação de que existiria no homem um instinto voltado à felicidade e à liberdade, com base no que poderia ser alcançado o que chama de “desalienação da libido e do trabalho”, cuja expressão maior seria a liberdade sexual (PAIM, 2005, p. 324).
Marcuse enxerga os hippies e beatniks como a nova classe revolucionaria, na qual substituía o trabalho por sexo. E toda a base conservadora, pela qual, segundo Marcuse, reprime o homem, deveria ser eliminada. Como resultados práticos observam-se os objetivos de maio de 1968 na França (PAIM, 2005). Esses movimentos, unidos ao campo político e sindical chegam a realidades devastadoras, tanto na França como no Brasil.
Com a escola de Frankfurt segundo Reale e Antiseri (2005), é possível observar sua configuração original em meio aos sistemas totalitários na Rússia, Alemanha e Itália. Nessa configuração nascem às teorias críticas, e também as suas contradições. Os mais conhecidos da escola de Frankfurt, são Horkheimer, Adorno, Marcuse, Fromm, Beijamin, Lowenthal e Neumann.
Com Hitler no poder todo esse grupo teve que ir para os Estados Unidos da América, em Nova York (REALE e ANTISERI, 2005). Conforme Carvalho (2002): “Expulsos da Alemanha pela concorrência desleal do nazismo, os frankfurtianos encontraram nos EUA a atmosfera de liberdade ideal para a destruição da sociedade que os acolhera”. Adorno fica conhecido por sua dialética negativa, que nega, realidade e pensamento, nega, portanto a possibilidade da razão captar a totalidade real. Nega-se o metafísico e combate-se o universal. Nesse caso existe uma individualização contrária ao universal e favorável ao singular. Existe deste modo um retorno ao plano da natureza, do individuo isolado, de um átomo solto como no período helenístico.
Para Horkheimer, a razão é nociva porque foi constituída para controlar. Reale e Antiseri (2005b) explicam que para Horkheimer, o sistema racional não permite autonomia, por isso se permanece fechado na lógica instrumental criada pela própria vontade de ser livre e de querer controlar a natureza. É como se a razão girasse contra você. Como o antigo epicurismo, para Horkheimer é preciso afastar-se da dor.
Marcuse para Reale e Antiseri (2005) levanta o tema freudiano da repressão permanente. A guerra para Marcuse não é econômica, ela deve ser cultural, dever ser uma guerra de ideias. Em Fromm, recusar o sistema é recusar as normas, ele proclama deste modo uma total desobediência. A sociedade se desenvolveu segundo Fromm, com base na desobediência, o que é evidentemente uma loucura. A desordem romana e seu fim em 476 d/C explica muito bem, pois, a Igreja durante a Idade Média prova exatamente o contrário. Esta mesma Igreja re-civilizou o ocidente.
Outros representantes da escola de Frankfurt são: Walter Benjamin e Habermas. Em geral, estes representantes da escola de Frankfurt ficaram conhecidos pela denominação de teóricos críticos, tendo como objetivo a destruição das tradições universais, tais como as tradições religiosas e familiares, sobretudo as tradições judaico-cristãs [1].
No campo educacional e cultural brasileiro, como bem aponta Paola (2008), os alicerces já começavam a ser abalados quando os teóricos percebiam na disciplina de educação moral e cívica, certa mina de ouro. Cientes da possibilidade do uso de tais conhecimentos se infiltraram em disciplinas de psicologia, história, ciências sociais entre outras. Tudo como descreve Paola (2008) para formar idiotas úteis ao partido. Cuidado, o comunismo cultural bate em sua porta, ensina seus filhos e destrói sua família.
O que de mais importante se pode assimilar da forma de operação da Escola de Frankfurt é que eles desenvolveram tácticas que visavam a implementação da revolução comunista. Frustrados com o facto do marxismo - economico- não ter o que era preciso, eles - os teóricos da Escola de Frankfurt - adicionaram aspectos culturais, o que viria a se chamar de Marxismo cultural.
Embora existam várias sub-técnicas, aquelas que têm um peso maior são:
1. Teoria Crítica.
Esta técnica consiste em rodear e atacar a civilização ocidental e todos os seus alicerces (igrejas, família, economia) de todos os ângulos. Este ataque não é baseado na lógica e na racionalidade e nem tem como alvo aqueles que são politicamente mais informados. (É por isso que é tão fácil encontrar contradição na "lógica" esquerdista) Este ataque tem como finalidade desmoralizar as massas de modo a que elas percam - também - a vontade e a força para resistir à imposição da vontade da elite esquerdista.
Este ataque consiste na ridicularização, no envergonhar, na vitimização, na personalização da vítimas, na colectivização da culpa, nos gatilhos emocionais, na contagem de "estórias", na infiltração de instituições de comunicação (órgãos de informação, universidades, cultura popular, "peritos" científicos), no pensamento de grupo aceitável e "não-aceitável", na mobilização de grupos de interesse, no suborno , na rejeição de responsabilidades (aborto), e na repetição ad nauseum.
Os ataques levados a cabo pela Teoria Crítica não se baseiam em queixas individuais válidas, mas sim na própria existência da Civilização Ocidental em si. Tudo aquilo que promove a superioridade da cultura Ocidental é, por defeito, algo que tem que ser destruído. Os marxistas culturais atacam (apenas e só) com o propósito de desacreditar todo o edifício cultural ocidental e acelerar assim a "revolução" (isto é, a instalação da ditadura esquerdista).
2. Politicamente Correcto.
O Politicamente Correcto foi criado como forma de expandir a guerra de classes económica para a guerra de classes cultural. Foi esta forma de pensar que gerou o conceito da Raça / Sexo / Classe, que expande o conceito marxista da estruturação das classes. Fazer o papel de vítima satisfaz a natureza humana de desejar o que não lhe pertence. Isto é feito suprimindo o discurso político que não se alinha com a esquerda militante chamando-o de "discurso de ódio", e classificando preferências políticas e gostos sexuais de "direitos".
Qualquer voz que não aceite esta nova reestruturação social é classificada de "racista", "sexista", "homofóbica", "machista", "nazi" e assim por diante.
A Teoria Crítica é a espada que ataca a civilização ocidental e o Politicamente Correcto é o escudo que protege os "grupos-vítima", dando-lhes assim livre acção. É por isto que uma activista feminista pode chamar os nomes mais terríveis aos homens, ao mesmo tempo que estes mesmos homens estão ideologicamente impedidos de dizer em público que existem diferenças psicológicas e biológicas entre os homens e as mulheres.
A Teoria Crítica e o Politicamente Correcto podem facilmente ser combinados. Por exemplo, os "direitos dos homossexuais" em nada estão relacionados com os verdadeiros propósitos e desejos dos homossexuais. O que se passa é que a Teoria Crítica classificou os valores morais Cristãos como fundamentos da Civilização Ocidental, e como tal, esses valores tinham que ser destruídos. O mesmo se passa com a família.
O activismo homossexual leva a cabo o propósito da Escola de Frankfurt de destruir a Civilização Ocidental, destruindo a família e o Cristianismo (alicerces da Civilização Ocidental). A ideia de atacar a família e o Cristianismo veio primeiro. Depois disso, os teóricos buscaram formas de o fazer, identificando o activismo homossexual (e a promoção do comportamento em si) como uma táctica.
Conseguem ver a manobra? Por exemplo, eis aqui a forma de atacar a família:
a) "O casamento é só um pedaço de papel!" - Não funcionou.
b) "O casamento é a violação institucionalizada!" - Não funcionou
c) "O casamento é um direito humano que se centra no amor, e como tal, todas as pessoas deveriam ter o direito de casar!"
Espera lá! Mas o casamento não era só um "pedaço de papel" ou a "violação institucionalizada"?!
Esta é a forma como funciona o Marxismo Cultural/Politicamente Correcto. O movimento homossexual e o movimento feminista em nada estão relacionados com os propósitos dos homossexuais ou das mulheres; estes movimentos são formas (armas) através das quais o esquerdismo avança na sociedade sem que as vozes conservadoras possam resistir sem serem classificadas de "homofóbicas" e "machistas".
O mesmo se passa com as igrejas; encontrem "valores" que sejam opostos aos valores do Cristianismo, e transformem-nos em "direitos". Depois digam que os Cristãos são contra os "direitos humanos". Por isso é que actualmente temos activistas homossexuais que se assumem como "defensores dos direitos humanos" (como se ter uma preferência sexual pela pessoa do mesmo sexo fosse um "direito humano").
3 - Multiculturalismo
Depois da 1ª Guerra Mundial, os teóricos comunistas que erradamente esperavam umaA "revolução do proletariado" e a união da classe operária por toda a Europa, ficaram horrorizados ao observarem que os operários de cada um dos países envolvidos no confronto bélico se uniram aos burgueses do mesmo país na luta contra os operários e burgueses de outros países. Isto fez com que os marxistas se apercebessem do poder do nacionalismo - e do patriotismo - numa cultura etnicamente e culturalmente homogénea (a situação da Europa do início do século 20).
Como forma de impedir que o nacionalismo volte a bloquear o avanço da revolução, os marxistas culturais promovem o multiculturalismo. Isto consiste literalmente em diluir a cultura Ocidental ao permitir que membros de uma ou mais culturas opostas existam e aumentem o seu número no Ocidente. (Já se tornou óbvio que o Multiculturalismo só é promovido da forma que é no Ocidente. Nos países islâmicos, asiáticos ou africanos, não existem manobras da ONU ou de outra grande organização internacional a promover a "diversidade" e a "coesão".)
A imigração, o relativismo moral e o revisionismo histórico têm como propósito enfraquecer a posição única da Civilização Ocidental e não ajudar essas outras culturas. Os esquerdistas não se importam com as prácticas islâmicas levadas a cabo pelos mesmos no Ocidente; eles apenas usam os muçulmanos como arma de ataque ao Ocidente (exactamente o mesmo que é feito com o activismo homossexual e o movimento feminista).
As civilizações precisam duma identidade coerente ou então elas perdem a força e deixam de existir. O enfraquecimento da identidade cultural do Ocidente Cristão é precisamente o propósito do Marxismo Cultural.
Conclusão:
O Marxismo Cultural é a táctica primária da esquerda militante. Todos os adversários políticos são catalogados de "racistas" quando são contra a imigração em massa, de "homofóbicos" quando defendem que o casamento é entre um homem e uma mulher, ou de "misóginos" quando defendem que existem distinções fundamentais entre o homem e a mulher. Olhando para as acções dos esquerdistas segundo este prisma, fica mais fácil entender as suas motivações, e construir rotinas de refutação mais eficazes.
Krishna diz claramente no Seu livro: O Bhagavad Gita Como Ele é;... Aquele que quer ser enganado Eu arrumo um enganador especial. Só existe 2 coisas, 2 realidades, uma real e uma virtual.Krishna e Maya.
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