Os credores da Grécia deveriam levar em consideração a garantia dos
direitos humanos do povo para fechar um acordo financeiro, avaliou o
especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) Pablo Bohoslavsky.
Para ele, maiores medidas de austeridade não ajudarão o país. “Tenho a
impressão de que a União Europeia (UE) se esqueceu que a lei
internacional de direitos humanos tem e deveria ter um papel chave nas
finanças”, declarou, em Pequim, o especialista em dívida externa e
direitos humanos. Para Bohoslavsky, se “as partes envolvidas na tragédia
grega prestassem mais atenção ao que a lei dos direitos humanos diz,
tudo seria mais fácil, sobretudo para o povo grego”.
Após a vitória do não no referendo na Grécia sobre as últimas propostas
dos credores do país – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo
Monetário Internacional –, o perito ressaltou que a mensagem do povo
grego foi clara: “não a mais medidas de austeridade”. “Na verdade, se
olhar para os dados, as medidas de austeridade não ajudaram à
recuperação do país”, acrescentou.
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