terça-feira, 15 de julho de 2014

Primeiro-ministro turco, Tayyip Erdoga: Israel aprendeu a ser o que mais odeia: NAZISTA!


O primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, acusou Israel de "aterrorizar a região" com o bombardeio de Gaza e comparou uma parlamentar israelense a Hitler, em ataques que devem dificultar ainda mais as relações frágeis entre os dois países.
"Com desprezo pelas leis internacionais, Israel continua a aterrorizar a região, e nenhum país além de nós pede para que eles parem", disse Erdogan aos membros e seu partido AK em um discurso no Parlamento na terça-feira.
"Nenhuma tirania é eterna, mais cedo ou mais tarde todos os tiranos têm de pagar o preço.  Essa tirania vai ter consequências", acrescentou.
A Turquia já foi aliada estratégica mais próxima a Israel na região, mas Erdogan tem sido cada vez mais severo em sua crítica sobre o tratamento de Israel aos palestinos nos últimos anos.
A retórica agrada sua base eleitoral muçulmana sunita, em grande parte conservadora, particularmente no momento em que ele faz campanha para se tornar o primeiro presidente eleito diretamente da Turquia em 10 de agosto.
Erdogan também criticou uma parlamentar israelense, Ayelet Shaked, do partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu (Israel é Nosso Lar). "Uma mulher israelense disse que as mães palestinas deveriam ser mortas também. E ela é membro do parlamento israelense. Qual é a diferença entre esta mentalidade e a de Hitler"?, indagou

Na semana passada, a mídia pró-palestinos acusou Shaked de incitação à violência depois que ela postou no Facebook um trecho do texto de um jornalista israelense dizendo que "mães dos mártires" também devem ser mortas, referindo-se às mães de homens-bomba palestinos.
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"Elas deveriam seguir os passos de seus filhos. Não há nada mais justo do que isso. Elas precisam ir , caso contrário, elas vão criar mais pequenas víboras", afirmava o texto.
Na terça-feira, a porta-voz de Shaked confirmou a publicação, mas negou que ela estivesse incitando a violência.
As declarações de Erdogan devem complicar ainda mais as relações entre os dois países, desde o incidente em 2010, quando comandos israelenses invadiram o navio turco Mavi Marmara, que fazia parte de uma frota de ajuda que desafiava o bloqueio naval do Estado judeu na Faixa de Gaza. Dez pessoas foram mortas na ocasião.
Os esforços para reparar as relações têm se intensificado nos últimos meses depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedir desculpas pelo ataque e prometer pagar uma indenização, como parte de uma reaproximação mediada pelos Estados Unidos. No início deste ano, Erdogan sinalizou que os dois lados estariam prestes a fazer um acordo.

  

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