Conforme pode ser verificado no mapa
de desmatamento, o Município de São Paulo perdeu,
entre 1991 e 2000, 5.345 acres de cobertura vegetal. Esta perda
ocorreu de forma intensiva nos distritos periféricos,
muitos dos quais abrigavam paisagem rural no início
da década de 90.
A análise das informações obtidas indica
o avanço da mancha urbana sobre o que resta da zona rural do município.Na zona Sul, comprometendo áreas de proteção aos mananciais; na zona Norte, se aproximando perigosamente dos parques da Cantareira, do Jaraguá e Anhanguera e na zona Leste, provocando o isolamento dos fragmentos existentes na APA do Carmo e ampliando o quadro de degradação ambiental.
A soma da área desmatada em dez distritos, Jd. Ângela, Parelheiros e Grajaú, na zona Sul; Tremembé, Perus, Anhanguera e Jaraguá, na zona Norte e Iguatemi, Cid. Tiradentes e São Rafael na zona Leste, totaliza 56% do total.
Vale ressaltar que, segundo dados do censo de 2000, estes distritos estão entre os que mais cresceram em população, no período estudado, podemos concluir que a cobertura vegetal da cidade é inversamente proporcional ao crescimento demografico.
Nas regiões de urbanização consolidada, praticamente não foi constatado desmatamento, obviamente porque a cobertura vegetal já era escassa em 1991. Não se desmata o que não existe.
De fato, entre 1991 e 2000, enquanto os distritos centrais perderam população, com taxas de crescimento populacional de até -30,4% para o Pari, os periféricos apresentaram crescimento que chegam a 209%, como é o caso do Anhanguera.
A sobreposição dos resultados obtidos para desmatamento no período 1991-2000 ao mapa da taxa de crescimento populacional por distrito, no mesmo período, confirma que o padrão periférico de expansão urbana exerce enorme pressão sobre os já minguados remanescentes florestais do município de São Paulo.
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