terça-feira, 26 de abril de 2016

Caças russos entram em combate com caças israelenses na Siria.

Su-30


Para quem pensava que com a saída das tropas da Rússia na guerra da Síria ordenada por Vladimir Putin, o perigo de conflitos em proporções mundiais diminuiria, enganou-se redondamente. Em 24/11 do ano passado um caça SU-24 russo foi derrubado quando operava em território sírio a partir do ataque de um F-16 da Força Aérea Turca, caracterizando a violação do espaço aéreo da Síria pela Turquia.

Poucos dias atrás foi a vez dos russos dispararem 2 vezes seguidas contra aviões de combate F-16 oriundos de Israel conforme veiculado recentemente por um jornal israelense.

Apesar da fonte não ter revelado exatamente quando ocorreram os disparos, local dos mesmos ou se os aviões de Israel foram atingidos, presume-se que não faz muito tempo da ocorrência do agravamento bélico.
Notícias veiculadas pelo Debka, que é um site de Israel, chegaram a confirmar que os disparos aéreos ocorreram dia 20/04, quarta-feira, onde uma formação de 4 aviões F-16 israelenses, invadiram novamente o espaço aéreo da Síria e se aproximaram bastante de Hamaimim, local onde fica a base aérea síria com grande concentração das tropas da Rússia no país.
Não deu outra, pois imediatamente o comandante russo, ordenou que 2 aeronaves SU-30 alçassem vôo e interceptassem os caças de Israel, enquanto que paralelamente as temidas baterias antiaéreas russas, S-300 e S-400, foram disponibilizadas para disparar a qualquer momento, configurando estado de alerta total.
Os 4 F-16 israelenses retornaram para a base, dando meia volta, sem maiores notificações de se foram alvejados ou não pelos russos. O mesmo foi feito pelos SU-30 da Rússia retornando para Hamaimim.
Paralelo a todos esses acontecimentos, O Canal 10, da TV de Israel revelou que um avião russo aproximou-se de modo agressivo de um outro israelense duas semanas atrás, agora já no lado mediterrâneo da Síria; porém, não havendo contato de espécie alguma entre ambos.
O cenário do Oriente Médio lembra uma grande caixa de marimbondos em polvorosa, mas é inegável que o Estado judeu vez após vez viola intencionalmente o espaço aéreo da sempre inimiga Síria sob o pretexto de atacar com bombas os militantes no interior do país árabe.
Benjamin Netanyahu, que é o 1.º ministro mão-de-ferro israelense, fez absoluta questão de abordar o tema com Putin, quando o israelense esteve em visita a cidade de Moscou, até mesmo porque, o presidente russo tinha recepcionado Mahmud Abbas, atual presidente da Autoridade Palestina dias antes de Netanyahu.
As implicações “efeito dominó” são tantas que um jornal de Israel mencionou que também a Jordânia, na pessoa do rei Abdullah II, ventilou que caças jordanianos F-16 (todos eles fabricados nos EUA), os quais escoltavam aeronaves de Israel, foram confrontados por aviões de combate russos na região da fronteira sírio-jordaniana.
O Kremlin por sua vez, na fala de Dmitry  Peskov, que é o porta-voz de Vladimir Putin, veio logo em público dizer que todos os incidentes relatados pela mídia sensacionalista de Israel está muito longe de ser comprometida com a verdade.

Obviamente vale a pena se fazer alguns questionamentos, tais como: Jordânia escoltando caças de Israel... não é algo um tanto surreal? 

Israel e Turquia reatando laços de amizade, talvez com o interesse de acabar esquartejando de vez o território sírio? Quando em 2015 o piloto jordaniano que foi queimado vivo pelo Daesh ou Estado Islâmico, o que o ocidente fez de efetivo para acabar com os terroristas.
Enfim, são perguntas que não querem se calar!

Fonte:
http://br.blastingnews.com/mundo/2016/04/aeronaves-militares-israelenses-apos-invadir-a-siria-sao-alvejadas-por-cacas-russos-00891365.html

sexta-feira, 22 de abril de 2016

URGENTE: Dilma vai à ONU dizer que é vítima de golpe, e é criticada por ministros do Supremo


Após o Congresso ter aprovado a admissibilidade do impeachment no último domingo, a presidANTA Dilma decidiu reforçar a comunicação com o exterior para dizer que é vítima de um golpe(não importando se é constitucional, se segue o devido rito jurídico ou mesmo se já foi comprovado o crime de pedalada fiscal). Depois de  falar para repórteres de jornais estrangeiros, Dilma agora quer dar a sua versão sobre o seu processo de destituição a chefes de Estado que participarão da assinatura do Pacto de Paris na Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta quinta-feira, a mandatária brasileira seguirá para Nova York onde, em seu discurso no evento, deverá falar que este não é um processo legal de destituição presidencial.

Rousseff começou a escrever a sua fala na terça-feira, quando decidiu de última hora que participaria do evento internacional. A declaração dela está prevista para ocorrer na manhã de sexta-feira, quando representantes de 195 países participam da assinatura do acordo climático elaborado em dezembro do ano passado, na COP 21. Desde o início da crise política, poucas nações ou organismos internacionais se manifestaram a favor da petista. Apenas o Uruguai, a Bolívia, a Venezuela e o Equador, além da presidência da Organização dos Estados Americanos fizeram pronunciamentos nesse sentido.

Temer presidente por dois dias

Como ficará ao menos dois dias no exterior (quinta e sexta-feira), Rousseff transferirá o Governo ao peemedebista. Mesmo com a caneta presidencial em mãos, Temer não deverá ocupar o gabinete de Rousseff. Todas as vezes que assumiu a função interinamente o vice despachou de sua sala, em um anexo do Palácio do Planalto, ou do escritório da Presidência da República em São Paulo, onde se encontra atualmente.

Desde que seu processo de impeachment foi aprovado pela Câmara dos Deputados, no domingo passado, Rousseff intensificou seu contato com os meios de comunicação e reforça a mensagem de que o processo não tem base legal. Junto a isso, também aumentou a temperatura das críticas ao seu vice e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a quem chama de conspiradores.

Nesta quarta-feira, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, um dos ministros mais próximos da presidANTA, defendeu que ela use a tribuna internacional para tratar de questões internas. “É legítimo que o faça [o discurso]. E ela o fará no exercício de suas funções como representante do Estado brasileiro”, afirmou Cardozo.
(Quem diria que algum dia eu diria que o Collor foi mais nobre do que algum outro presidente ou presidANTA seria? pelo menos ele pediu a renuncia, colocou o chapéu embaixo do braço e foi embora)

Fonte: El pais

sexta-feira, 15 de abril de 2016

O Brasil está conhecendo a direita, e a esquerda está desesperada


Se eu fizesse ciência política [em universidade] no Brasil, não aprenderia nenhuma das citações deste livro”, diz Flavio Morgenstern, em referência a Por trás da máscara (Editora Record), obra em que se propõe a analisar os protestos de junho de 2013. Um dos expoentes da jovem intelectualidade brasileira de direita, que encontrou terreno fértil para se desenvolver na internet, Morgenstern (“estrela da manhã” em alemão, um nickname herdado dos tempos de chats online) se vale de pensadores conservadores como Ortega y Gasset, Thomas Sowell e Eric Hoffer para criticar as ações dos black blocs, expor semelhanças entre os métodos dos protestos brasileiros e os do Occupy Wall Street e apontar os riscos de totalitarismo naqueles movimentos de rua puxados pelo Movimento Passe Livre.

“A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta (...) Quando está todo mundo com o mesmo slogan, quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some”, analisa em entrevista ao EL PAÍS o escritor e tradutor de 30 anos — sua descrição no portal do Instituto Millenium, think tank do pensamento liberal, acrescenta ator e designer free-lance ao currículo. Morgenstern estuda Letras-Alemão na Universidade de São Paulo (USP) e se formou analista político por conta própria.

Na conversa abaixo, o analista, que colabora com publicações como Gazeta do Povo e escreve em sites como Implicante e Instituto Liberal, diz que a “onda conservadora” por que o país passa é positiva, mas pondera que “o conservador quer conservar leis eternas, e não a sociedade como ela é”. O autor também aproveita para marcar posição em relação aos políticos brasileiros. “Esses livros [conservadores] que estão sendo lançados vão demorar até chegar à política. O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa direita”.

Pergunta. Por que os brasileiros foram às ruas em junho de 2013?

Resposta. Ninguém sabe. É bizarro dizer isso, mas vários teóricos de esquerda dizem que o importante é ir para a rua; depois você discute por que está ali. A grande tese do meu livro é que aquilo foi um movimento de massa, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta. Num primeiro momento, houve a pauta dos transportes, que já vinha sendo mapeada pela esquerda brasileira há bastante tempo. Depois, virou movimento de massa. Isso vinha sendo tentado desde 2010, com outras manifestações, e finalmente desta vez eles conseguiram que essa pauta se tornasse chamativa para a população.

P. Você diz no livro que o Brasil esteve à beira do totalitarismo. Por quê?

R. Havia três milhões de pessoas nas ruas no Brasil, no principal dia de manifestações, gritando “quero saúde, educação, transporte, segurança”. Como o Estado vai te dar tudo isso? Ele precisa se agigantar e dominar a economia. Na hora em que você pede transporte de graça, o Estado precisa estatizar todas as companhias, proibir qualquer iniciativa particular e dominar tudo. Se ele vai fazer isso com todas as áreas, precisamos de um Estado muito maior do que a estrutura inchada que a gente já tem. Todos os movimentos de massa na história do mundo geraram totalitarismo. O grande risco de uma manifestação como essa é derrubar a ordem vigente. Os livros de esquerda que eu estava estudando antes de 2013 usam a palavra ruptura o tempo todo.

P. Se houve risco de totalitarismo no Brasil, por que ele não se confirmou?

R. Para ter ruptura, é preciso ter um confronto enorme. O maior risco estava nos confrontos com a polícia, que são provocados em busca de um apelo social que comprove que a ordem social está errada. E ocorreram agressões horrendas e absolutamente criminosas por parte da polícia. Ninguém gosta disso, é um perigo. Mas o pior confronto aconteceu, por coincidência, quando os aumentos de passagem estavam sendo revogados. O principal deles foi em Brasília, no Itamaraty. Foi estarrecedor e perigosíssimo, mas virou nota de rodapé de jornal. Por que uma manifestação sobre preço de passagem tem de ir para o Ministério das Relações Exteriores, e não, por exemplo, para o Ministério da Justiça, que fica do outro lado da rua? Como cuida de coisas ultramar, o Itamaraty é guardado pela Marinha. Se houvesse confronto entre manifestantes e Forças Armadas, duvido que dali a uma semana não teria acontecido um golpe. Provavelmente 99% da manifestação não sabia disso, mas a linha de frente sabia: se você tem uma cacetada entre um membro das Forças Armadas e um manifestante, ainda mais com o histórico de ditadura militar que nós tivemos, o Brasil hoje seria outro, seria difícil eu conseguir escrever um livro desses.

P. Mas teria de aparecer alguém para assumir o comando do país.

R. Exatamente, para salvar tudo. Meu grande problema com esse personalismo é que quando está todo mundo com o mesmo slogan, de que “o Brasil acordou”, “vem pra rua”, coisas genéricas, todo mundo concorda, todo mundo quer mais saúde, mais educação, tudo coisas muito abstratas, e quem aparecer dizendo que representa essas pessoas vai de fato passar a representá-las. Assim, a divisão de poderes some. Para que imprensa livre ou eleições se está todo mundo pensando a mesma coisa? O totalitarismo começa com esse discurso de participação nas ruas, esse ativismo cívico de micareta que acaba sendo péssimo.

P. O que diferencia as manifestações de 2013 para a manifestações contra o Governo federal neste ano?

R. Em 2015, a manifestação já não é mais aberta como foi em 2013. A manifestação de esquerda tem a ver com estatização, com poder, com democracia direta, com a força do Estado. Em 2015 há um fato claro, de a [presidenta] Dilma ter sido reeleita de uma forma muito controversa, sem representatividade. Quando isso acontece, ninguém aguentava mais, inclusive petistas de 30 anos de militância. Já são manifestações que têm a ver com o Fora Collor, as Diretas já, a Marcha da Família pela Liberdade, com um foco objetivo. Mesmo manifestações de esquerda, como a Marcha da Maconha, podem ter um foco claro. Concordando ou não com o tipo de demanda, elas são boas, porque pelo menos promovem discussão.

P. Os críticos das manifestações de 2015 se incomodaram com a aparente ordem dos manifestantes, inclusive com direito a fotografias ao lado de policiais.

R. A manifestação de 2013, que estava pautada pelo passe livre – uma pauta que não tem a confiança da população em geral – precisa do confronto com a polícia para sensibilizar a população. O Manuel Castells, um dos grandes ideólogos de esquerda, em seu último livro, chamado Redes de Indignação e Esperança, fala que é preciso trabalhar com sentimentos; o argumento vem depois. Esse tipo de manifestação precisa de um confronto com a ordem atual, para tomar a ordem para si. Já numa manifestação como a de 2015, esse confronto não é necessário. Quando você vê um policial ordenando a manifestação, você agradece. Daí surge o discurso de que essas pessoas gostam de polícia, de repressão, de violência. Mas é o contrário. Tudo que estou falando é que não gosto da Dilma, e não preciso de confronto.

P. Que esquerda é essa que você tanto critica no livro?

R. É uma ideologia, a mais hierarquizada e organizada das ideologias. Sua capacidade de formar partidos e dissidências dentro dos partidos é enorme. Hoje a esquerda brasileira é hegemônica na política. Você não vai ver um partido claramente de direita no Brasil. No máximo, dizem que não são de esquerda. O problema é que a população não é de esquerda. Ela pode não saber o que é direita, mas os valores da população são conservadores.

P. A que você atribui esse paradoxo?

R. Durante a ditadura militar [1964-1985], havia uma resistência de esquerda, que ganhou um prestígio enorme por causa disso. Os ditadores optaram por combater a guerrilha, mas deixaram as universidades livres. Era a teoria da panela de pressão, para não estourar. Com isso, houve um grande apelo da esquerda na universidade brasileira. A partir desse momento, eles entopem as universidades e se tornam os intelectuais públicos, que dão opiniões para cima e para baixo contra um inimigo comum: a ditadura brasileira — apesar de serem a favor da ditadura do proletariado. Em compensação, a esquerda perdeu muito desse prestígio depois que o Lula chegou ao poder, com o mensalão, a eleição da Dilma e, depois, essa reeleição que resulta em baixíssima aprovação.

P. O que você sente quando escuta que o Brasil passa por uma “onda conservadora”?

R. Eu acho muito positivo. A palavra “conservador” é muito assustadora no Brasil, mas eu não conheço praticamente ninguém que tenha pegado um livro de filosofia conservadora para tentar entender. Essas pessoas tentam tirar o significando de conservador da própria palavra: conservador seria querer conservar o mundo como está. Só que o mundo é injusto, errado, tem um monte de problema. Na verdade, o conservador quer conservar leis eternas, e não a sociedade como ela é. As sociedades conservadoras são as que mais progrediram em termos de tecnologia e valores: Áustria, Canadá, Austrália, Inglaterra, [Estados Unidos da] América, Suíça, todos conservadores. Os outros países é que estão parados no tempo. Essa “onda conservadora” que acontece no Brasil é na verdade uma onda restauradora. A gente quer progredir, não ficar no mesmo discurso.

P. De onde vem essa onda conservadora?

R. O Brasil está conhecendo uma intelectualidade de direita, e a esquerda está desesperada. Apesar da mentalidade conversadora no Brasil — que paradoxalmente adora o Estado —, a intelectualidade é de esquerda. Uma intelectualidade que escorraçou a direita da universidade, que não dialoga. Com a internet e as redes sociais, agora nós temos acesso aos grandes intelectuais de direita, principalmente de fora do Brasil. Olha a lista de mais vendidos de qualquer livraria: é só livro de direita na parte de não-ficção.

P. O Brasil está melhorando ou piorando?

R. Para afirmar que o Brasil está melhorando eu teria de dizer que o [senador e ex-presidente Fernando] Collor melhorou o Brasil porque gerou uma crise e foi deposto. O Brasil está muito ruim. Não é uma crise de representatividade, mas de modelo, da mentalidade brasileira, de amar o Estado e odiar político, de querer que o Estado dê tudo, mas não gostar de corrupção ou de pagar imposto. Estamos forçados a escolher um caminho. A grande questão é que as respostas boas, que são antigas pra caramba, estão demorando para aparecer. Essa “onda conservadora” aparece para dizer: “pense em algo em que as pessoas formadas em universidade depois da ditadura nunca tiveram conhecimento", algo fora da solução estatal, do pensamento único, do slogan.

P. Você se considera portador de um discurso de ódio?

R. Expressões como “discurso de ódio” e “distribuição de renda” e palavras como “intolerância” e “preconceito” são associadas a sentimentos vindos do pensamento de esquerda. Ao invés de analisar fatos concretos, como assassinatos, roubos, corrupção, etc, parte-se para o abstrato. Como definir o que é ódio? Ou preconceito ou intolerância? Se ocorre uma invasão militar em um país que está praticando mutilação genital feminina, isso é feminismo ou imperialismo? Não tem uma definição clara, são palavras abstratas. A forma de a esquerda argumentar sem precisar de argumentos é chamar de discurso de ódio, de preconceito, intolerância, gritar "fascismo", associar à ditadura.

P. A pauta conservadora que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, conduziu no parlamento ao longo do primeiro semestre tem algo a ver com a produção intelectual da direita no Brasil hoje?

R. São coisas distintas. Não vejo nenhum dos congressistas lendo esses livros. São pessoas que estão em busca de poder e enxergam uma brecha no pós-PT. A redução da maioridade penal deve ser o único assunto que me parece ir além dessa disputa por poder. Com 64.000 homicídios por ano, esse se tornou um tema urgente, sobretudo para os pobres. As celebridades dizem que reduzir a maioridade penal é racismo, mas quem mais sofre com criminalidade é pobre, pois eles moram em comunidades violentas. Esses livros [conservadores] que estão sendo lançados e traduzidos vão demorar pra caramba até chegar à política. O que está acontecendo no Congresso não tem nada a ver com essa onda conservadora, com essa direita que anda surgindo.

P. Por que você não se formou em ciência política, sociologia ou algum curso que lhe ajudasse a fazer análises políticas?

R. Não pretendo fazer nada academicamente em relação à ciência política. Letras eu faço por conhecimento e humor, já que não consigo levar a USP a sério – pelo menos o curso que eu faço. Se eu fizesse ciência política no Brasil, não aprenderia nenhuma das citações deste livro. Tem professor que explode, que entra em choque epistemológico e desaparece no ar se ler algo deste livro. Na universidade brasileira — e é algo que está acontecendo mesmo nas melhores universidades centenárias ao redor do mundo — não só o debate livre não existe, como se finge que a outra parte não existe. A crítica literária é marxista, pós-marxista ou pós-pós-marxista. Quando o professor ouve o nome de um crítico não-marxista, que ele não conhece, nem considera.

Fonte: Jornal El Pais(BR)


quarta-feira, 13 de abril de 2016

Manifesto V para o Impeachment: Sabia como votou cada deputado e partido... a favor ou contra!


Eles conseguiram dividir o povo brasileiro... acabaram com a unidade nacional...
 Hoje negro combate branco....
 Pobre combate rico...
Gay combate hétero...
Mulher combate Homem....
Índio combate Branco...
Filho combate pai....
O que era uma nação, se tornou uma miríade de tribos.... em pé de guerra...
E tudo em nome da  luta entre classes...
Eles saquearam o pais...
O PT recebeu entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões de dólares apenas em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a Petrobras, fora outras mazelas como o rombo no Banco Central.....
Levaram nosso pais a uma nova crise financeira....
Nos trouxeram o POLITICAMENTE CORRETO.... que nos impõem o que pensar e dizer...
Monteiro Lobato assim virou racista....
Costinha virou homofobico...
Qualquer propriedade virou terreno abandonado para invasão....
Qualquer residência virou alvo...
Assassinato virou manifestação politica....
Celso Daniel e Toninho do PT....
Vide a carta de alforria dada ao Assassino italiano de quatro pessoas, Cesare Batistti....
Colocaram a ideologia BOLIVARIANA a frante dos próprio interesses de nosso pais...

BANDIDOS VIRARAM VITIMAS E AS VITIMAS BANDIDOS....

Porem deram um tiro no pé:

Assim como Al Capone foi pego pelo IR americano, Dilma foi pega por "pedalada fiscal"...
As manobras fiscais, que teriam sido praticadas em 2014 e podem ter se estendido para 2015, é o motivo,  Mas há, ainda, a responsabilização da presidenta na compra de refinaria em Pasadena pela, culminando em sérios prejuízos para a estatal. Na época, em 2006, Dilma presidia o conselho de administração da companhia.
A outra bomba diz respeito à abertura de créditos suplementares em 2014 e 2015 sem consultar o Congresso.

AMIGO, UM CONSELHO... NÃO TENTE MAIS DIALOGAR COM A ESQUERDA, NÃO TENTE ARGUMENTAR, POIS VOCÊ SERÁ AUTOMATICAMENTE CHAMADO DE GOLPISTA, DIREITISTA, FASCISTA DENTRE OUTROS ADJETIVOS E QUANTO AO DIALOGO PROPRIAMENTE DITO, NADA SERÁ DITO, PORTANDO, IGNOREMOS E SIMPLESMENTE VAMOS AS RUAS IMPOR A VONTADE E INDIGNAÇÃO DO POVO E DA NAÇÃO CONTRA ESTES SERES BITOLADOS E FUNDAMENTALISTAS....  E QUER SABER? O QUE ELES PENSAM OU DEIXAM DE PENSAR NÃO MAIS INTERESSA NESTE MOMENTO.
LEMBRE-SE SEMPRE, PARA ELES MESMO ERRADOS.... ESTÃO CERTOS E VOCÊ CARO AMIGO MESMO COM PROVAS, ARGUMENTOS E SENSO LÓGICO, JAMAIS.... REPITO JAMAIS TERÁ RAZÃO AOS OLHOS E OUVIDOS DESTAS PESSOAS..... E ELAS JOGAM SUJO E PESADO.... SEM POLITICAMENTE CORRETO, DESTA VEZ VAMOS PASSAR POR CIMA...



Nome do Parlamentar - Votação
  • Aguinaldo Ribeiro (PP) - Contrário
  • Alex Manente (PPS) - Favorável
  • Aliel Machado (Rede) - Contrário
  • Arlindo Chinaglia (PT) - Contrário
  • Bacelar (PTN) - Contrário
  • Benedita da Silva (PT) - Contrário
  • Benito Gama (PTB) - Favorável
  • Bruno Araújo (PSDB) - Favorável
  • Bruno Covas (PSDB) - Favorável
  • Carlos Sampaio (PSDB) - Favorável
  • Chico Alencar (PSOL) - Contrário
  • Danilo Forte (PSB) - Favorável
  • Edio Lopes (PR) - Contrário
  • Eduardo Bolsonaro (PSC) - Favorável
  • Elmar Nascimento (DEM) - Favorável
  • Eros Biondini (PROS) - Favorável
  • Evair de Melo (PV) - Favorável
  • Fernando Coelho Filho (PSB) - Favorável
  • Fernando Francischini (SD) - Favorável
  • Flavio Nogueira (PDT) - Contrário
  • Henrique Fontana (PT) - Contrário
  • Jandira Feghali (PCdoB) - Contrário
  • Jerônimo Goergen (PP) - Favorável
  • Jhonatan de Jesus (PRB) - Favorável
  • João Marcelo Souza (PMDB) - Contrário
  • José Mentor (PT) - Contrário
  • José Rocha (PR) - Contrário
  • Jovair Arantes (PTB) - Favorável
  • Julio Lopes (PP) - Favorável
  • Junior Marreca (PEN) - Contrário
  • Jutahy Junior (PSDB) - Favorável
  • Laudivio Carvalho (SD) - Favorável
  • Leonardo Picciani (PMDB) - Contrário
  • Leonardo Quintão (PMDB) - Favorável
  • Lucio Vieira Lima (PMDB) - Favorável
  • Luiz Carlos Busato (PTB) - Favorável
  • Marcelo Aro (PHS) - Favorável
  • Marcelo Squassoni (PRB) - Favorável
  • Marcos Montes (PSD) - Favorável
  • Mauro Mariani (PMDB) - Favorável
  • Mendonça Filho (DEM) - Favorável
  • Nilson Leitão (PSDB) - Favorável
  • Orlando Silva (PCdoB) - Contrário
  • Osmar Terra (PMDB) - Favorável
  • Paulo Abi-Ackel (PSDB) - Favorável
  • Paulo Magalhães (PSD) - Contrário
  • Paulo Maluf (PP) - Favorável
  • Paulo Pereira da Silva (SD) - Favorável
  • Paulo Teixeira (PT) - Contrário
  • Pepe Vargas (PT) - Contrário
  • Pr. Marco Feliciano (PSC) - Favorável
  • Roberto Britto (PP) - Contrário
  • Rodrigo Maia (DEM) - Favorável
  • Rogério Rosso (PSD) - Favorável
  • Ronaldo Fonseca (PROS) - Favorável
  • Shéridan (PSDB) - Favorável
  • Silvio Costa (PTdoB) - Contrário
  • Tadeu Alencar (PSB) - Favorável
  • Valtenir Pereira (PMDB) - Contrário
  • Vicente Candido (PT) - Contrário
  • Vicentinho Júnior (PR) - Contrário
  • Wadih Damous (PT) - Contrário
  • Weliton Prado (PMB) - Favorável
  • Weverton Rocha (PDT) - Contrário
  • Zé Geraldo (PT) - Contrário
Orientação por partido
  • SD A FAVOR
  • PV A FAVOR
  • PMB A FAVOR
  • PSDB A FAVOR
  • PSB A FAVOR
  • DEM A FAVOR
  • PRB A FAVOR
  • PTB A FAVOR
  • PSC A FAVOR
  • PPS A FAVOR
  • PSL A FAVOR
  • PT CONTRA 
  • PDT CONTRA
  • PC do B CONTRA
  • PSOL CONTRA
  • PROS CONTRA
  • PTDOB CONTRA
  • PEN CONTRA
  • PMDB LIVRE
  • PP LIVRE
  • PSD CONTRA
  • PTN CONTRA
  • PHS LIVRE
  • REDE LIVRE
  • PR CONTRA 

terça-feira, 12 de abril de 2016

A musa da esquerda caviar.... Manuela D'avil do PC do B

A esquerda caviar é um movimento formado por parte da elite financeira e cultural do país, da qual seus membros posam de altruístas enquanto louvam ditadores sanguinários como Fidel Castro. 
Do conforto de seus apartamentos em Paris, porque ninguém é de ferro.
Roberto Campos fez um diagnóstico preciso da árvore genealógica da turma, ao afirmar que "trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola".

E uma máxima que sempre foi associada a esquerda caviar em nosso pais era:
"Adorar falar em Cuba, e nas maravilhas do comunismo, mas quando viaja vai a mecas do capitalismo como New York ou Paris"
 


Sabem quem é a bela mulher nas fotos, inclusive segurando a foice e o martelo comunista, vestida numa camisa Dolce & Cabbana? É a deputada Manuela D’Ávila que viajou até os Estados Unidos com um propósito familiar: fazer o enxoval de seu bebê. Por lá os produtos destinados aos primeiros meses são sabidamente mais baratos e de qualidade superior aos comercializados por aqui. É prática relativamente comum entre pessoas da classe média alta viajar até os Estados Unidos para fazer enxoval, já que os nossos pesados impostos tornam os custos aqui impraticáveis. Segundo o jornalista Polibio Braga, “A deputada não terá dificuldade para fazer o enxoval porque ela enriqueceu – e muito. De 2010 para este ano, seu patrimônio aumentou 1200%. Saltou de R$ 14 mil para R$ 184 mil. Destaque para a sua conta poupança no Banco do Brasil, que saiu dos R$ 9 mil e chegou aos R$ 94 mil em quatro anos”.

Ninguém pode ser criminalizado por querer economizar, e nenhuma mãe pode ser criminalizada por querer proporcionar melhor que estiver em seu alcance aos seus descendentes. Exceto, é claro, se essa mãe for uma parlamentar comunista declaradamente inimiga do livre mercado e do Estado mínimo. Aí se trata de um grave caso de hipocrisia, já que defende impostos para os cidadãos de seu país enquanto vai ao império capitalista se beneficiar dos benefícios da baixa tributação, que é um dos principais fatores determinantes dos preços baixos. Também soa como cinismo ver um político filiado a um partido marxista e apoiador de regimes socialistas tirando fotos sorridentes em logradouros de uma cidade que é sinônimo do consumismo e do sucesso capitalista. Faria mais sentido se o destino de tal sujeito fosse Pyongyang ou Havana, mas Nova York.

Atenção para um detalhe importante: para contradizer o capitalismo e os valores americanos, a jovem Manu tirou sua selfie mostrando as costas da estátua da Liberdade. Sim, nos países comunistas quem tira foto das costas das estátuas e monumentos está ofendendo o regime e seus líderes. Mas a pirraça da gaúcha não assou de um chiado cretino, visto que aqui no capitalismo ocidental não existe o totalitarismo socialista.

Mas nada disso deve causar surpresa, já que estamos falando de Manuela D’Ávila. A moça é uma patricinha gaúcha filha de pai engenheiro e mãe juíza que abraçou o socialismo na universidade. Formada em jornalismo, nunca deu expediente em uma redação, e nem ocupou qualquer outro trabalho na iniciativa privada. Caiu na vida política enquanto cursava graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (que não concluiu). Ao se envolver no movimento estudantil por meio da União da Juventude Socialista, braço do Partido Comunista do Brasil, acabou por se filiar ao partido em 2001. Depois de ocupar cargos na UJS e na UNE, se elegeu vereadora por Porto Alegre em 2004, onde começou sua vida política. O resto é história.

Manuela D’Ávila pode até ser considerada a musa da esquerda caviar brasileira. Rica, bonita, sofisticada e comunista. De maneira alguma causa espanto ver que a comunista bolivariana que usa Chanel e posta fotos de latas de Coca-Cola no Instagram teve a iniciativa de escolher Nova York para comprar o enxoval do filho. Também não causa nenhum espanto saber que essa mulher fútil que nunca descobriu verdadeiro valor do trabalho no passado tenha usado as redes sociais para reclamar de um assalto sofrido em Porto Alegre quando na verdade ela e seus correligionários são os maiores defensores dos criminosos. O que esperar de uma parlamentar que declarou que “a decisão mais corajosa que tomou na vida enquanto parlamentar” foi assumir uma relação com também deputado e hoje ministro da Justiça José Eduardo Cardoso?




Cena a se lembrar:

Durante o programa altas horas, quando em conversa, seu ídolo, CAETANO VELOSO, deixou a seguinte frase com relação a democracia (e a deixando com cara de babaca):
 
"...isto é muito importante sobretudo na esquerda, que é o lugar aonde muitas vezes aparece o risco de não se respeitar a democracia... e quem lutou (contra a ditadura) pela democracia e não teve vinculação com ideologias de esquerda é puramente democrata, enquanto aqueles orientados por ideologias de esquerda são as vezes perigosamente atraidos por ideias não democraticas e consideram a democracia apenas como uma formalidade burguesa que precisa ser superada"(OTIMO!)






segunda-feira, 11 de abril de 2016

Itamaraty mandou a embaixadas alerta sobre risco de GOLPE no Brasil

O Itamaraty enviou a todas as embaixadas brasileiras no exterior um alerta para o risco de um golpe político no Brasil, segundo informação publicada no jornal "O Globo" nesta quarta-feira. A mensagem pedia, ainda, que cada posto designasse um diplomata para dialogar com as organizações da sociedade civil locais sobre o tema.

O Itamaraty esclareceu que a mensagem foi enviada pela Secretaria de Estado de Relações Exteriores do Itamaraty, sem autorização superior.
O ministério também informou que, após o envio da mensagem, a secretaria-geral enviou uma ordem para que os recados fossem desconsiderados.
O autor da mensagem, segundo o jornal, foi o ministro Milton Rondó Filho, encarregado da parte internacional do Fome Zero. Ele é ligado ao ministro do Trabalho, Miguel Rossetto. Além de atuar no Itamaraty, Rondó já assessorou o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST).
De acordo com reportagem de "O Globo", a mensagem diz que “é momento de resistência democrática”, cita “profunda preocupação” com os rumos do processo político e ataques dos grandes grupos econômicos e da mídia a governos legitimamente eleitos, e chama a sociedade para a luta pela democracia com uma mensagem de “Não ao Golpe! Nossa luta continua!”.

Fernando Haddad é o pior prefeito do Brasil, revela pesquisa

Trio realmente CABULOSO.....

 Tsc....Dilma prestes a sofrer impeachment (NÃO GOLPE) constitucional e calcado em provas e decorrente de um devido processo legal, ninguem esta parando TANQUES em frente ao palacio do planalto, de outro lado, Lula, que pode ser o primeiro presidente da história deste pais a ir para a cadeia e agora isto..... e o pior que tem pessoas que continuarão defendendo não apenas o PT como o bolivarianismo e o comunismo como forma ideal de governo, parecem um misto de torcedor de futebol com fanatico religioso.... mas vamos lá....

Pesquisa Vox Populi realizada nas oito maiores capitais do país apontou o prefeito paulistano Fernando Haddad como o pior do país.Dos 5.200 eleitores entrevistados, apenas 16% qualificaram positivamente o trabalho do petista.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Dilma é como a mais decepcionante líder mundial!!



Para variar.... 

A presidente Dilma Rousseff foi eleita a líder mais decepcionante, segundo a revista americana Fortune . O ranking foi elaborado de acordo com os votos de seus leitores.
No levantamento, a presidente recebeu 374 mil votos, contra 17 mil do segundo colocado, o governador do Estado do Michigan, Rick Snyder. Na lista, Dilma também ficou a frente de nomes como Joseph Blatter e Michel Platini, ambos envolvido nos escândalos envolvendo a Fifa, e de Martin Winterkorn, ex-presidente da Volkswagen.
Segundo a revista, era esperado que Dilma Rousseff prosseguisse com o trabalho feito pelo antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, mas, ao invés disso, ela "se tornou conhecida pela suposta má gestão das contas públicas". A "má gestão dos fundos públicos influenciou no processo de impeachment", avalia a revista Fortune .
O escândalo da Petrobras parece ser o que mais decepcionou os brasileiros, diz a revista. Mesmo sem provas concretas de seu envolvimento, o relacionamento próximo a Lula e seu cargo de chefe de conselho da estatal durante os episódios de corrupção deixaram as pessoas "céticas em relação à sua negação de participação no esquema".

E também para variar... toda regra tem sua exceção....

E pensar que este cara se elegeu com apenas 10.000 votos...

terça-feira, 5 de abril de 2016

Caso da morte do prefeito Celso Daniel explode na lava a jato... de rouba e lavagem, falcatrua do PT chegou ao assassinato!!!!!


 A última fase da Operação Lava Jato, desencadeada nesta sexta-feira, trouxe à tona um dos casos policiais mais discutidos e investigados nos últimos anos, reavivado mais uma vez, num momento de forte pulsação política. O prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi assassinado em janeiro de 2002, quando começava a coordenar a campanha presidencial do então candidato Lula da Silva. Santo André compõe a região do ABC, junto com os municípios vizinhos de São Bernardo e São Caetano, famosa pelas indústrias automobilísticas ali instaladas desde os anos 70.

Passados 14 anos, as circunstâncias da morte de Celso Daniel voltam à baila por meio da Lava Jato, que enxerga no episódio um potencial esqueleto no armário do PT. O então prefeito foi morto depois de ser sequestrado e torturado. Foi arrancado por seus algozes de um carro dirigido pelo seu segurança, Sergio Soares da Silva, o Sombra.

Em julho daquele ano, a Polícia Civil de São Paulo encontrou os assassinos de Daniel, uma quadrilha comandada por Ivan Rodrigues da Silva, conhecido como Monstro, que atuava na favela Pantanal, na divida de Diadema, cidade vizinha de Santo André. A publicidade do caso o fez correr de maneira célere, a pedido do então presidente Fernando Henrique Cardoso, que em 2002 vivia seu último ano de mandato. Monstro já era conhecido da Divisão Anti-Sequestro da polícia, por outros crimes similares cometidos nos anos anteriores. O sequestro seguido de morte de Daniel seguia o mesmo padrão – escolher vítimas que estivessem em carros de luxo, em sequestros curtos, para exigir dinheiro e liberá-los. Mas alguns casos haviam terminado em morte sem motivo aparente. Era o caso do prefeito. A polícia concluiu que se tratava de um crime comum praticado pelo bando de Monstro.

O assunto, porém, teve diversas idas e voltas na Justiça pelos elementos reunidos nessa trama. Além de ser ligado ao PT, Celso Daniel, que foi prefeito de Santo André três vezes, tinha Sombra como homem de confiança, e era próximo do empresário Ronan Maria Pinto – preso nesta sexta pela Lava Jato – que estaria ligado a um esquema de extorsão em empresas de ônibus da região. Um esquema do qual Daniel tinha conhecimento, ao que tudo indica. Essa tese implicaria o PT, pois o partido se beneficiaria dos recursos desviados.

Catorze anos depois, Ronan Pinto, empresário do setor de ônibus e dono do jornal Diário do Grande ABC, foi preso nesta sexta por uma suspeita levantada pelo time do juiz Sergio Moro, que traz de volta esse crime. O empresário é suspeito de ter recebido 6 milhões de reais, em 2004, por intermédio do pecuarista João Carlos Bumlai, amigo de Lula, a pedido do PT. A tese da força tarefa da Lava Jato é que o dinheiro pode ser fruto de propina paga pelo partido para que ele não revelasse detalhes da morte de Daniel, que implicariam o PT.
A tese do crime político

A tese de que o assassinato de Daniel podia se tratar de uma “queima de arquivo” foi levantada no mesmo ano da sua morte por um irmão de Celso, João Francisco, para quem o caso podia se tratar de uma tentativa de eliminar o prefeito por conhecer os casos de corrupção entre empresas de ônibus de Santo André. Uma das suspeitas era que seu segurança Sombra, próximo ao empresário Ronan Pinto, e ao secretário de Transportes de Santo André, Klinger de Oliveira Souza, estaria desviando dinheiro das empresas do setor para benefício próprio. Os irmãos de Daniel começaram a reclamar que o PT fazia pouco para chegar a conclusões definitivas. Some-se, ainda, a informação de que o corpo de Daniel, encontrado dois dias depois do desaparecimento, tinha marcas de tortura, o que não poderia configurar um crime comum, mas alguém que sofria agressões para que ele, em tese, revelasse alguma informação.

O Ministério Público decidiu reabrir o caso ainda em 2002, no mês de agosto, a pedido dos familiares do prefeito. Eles alegavam, inclusive, que havia evidências de que o então deputado José Dirceu, e que Gilberto Carvalho, então secretário de governo de Santo André, se beneficiavam do esquema de propina de Santo André. Dirceu e Carvalho viriam a ser ministros de Lula e Dilma, respectivamente. Essa linha de investigação foi apresentada pelo irmão de Daniel, João Francisco, que teria ouvido um desabafo de Carvalho no dia do velório do prefeito, contando que ele teria levado recursos do esquema de propina a Dirceu.

O então ministro da Justiça de FHC, Nelson Jobim, não levou o processo adiante, por considerá-lo inconsistente. No estado democrático de direito não cabe denuncismo, disse Jobim à época. "A prova com a qual o Ministério Público Federal quer desencadear um inquérito policial contra o senhor [então] deputado José Dirceu não tem fundamento legal", afirmou Jobim.  Quatro anos depois, João Francisco viria a se retratar com Dirceu.

O assunto foi esquecido até 2005, quando o Ministério Público de Santo André decidiu reabrir o caso novamente, para entender que ele merecia uma nova investigação para verificar se não houve falhas na primeira operação e entender o papel de Dirceu e Carvalho. A apuração do caso, conduzida pela delegada Elisabeth Sato, levou um ano, e ouviu os sete sequestradores presos pelo crime. Todos negaram que tivessem mandantes. Em 2006, a inquérito da delegada chegava à mesma conclusão que o que havia sido feito em 2002: tratava-se de crime comum.

Em 2012, o caso foi reaberto pelo Ministério Público de São Paulo uma vez mais. Agora, seguindo a tese de que o assassinato do prefeito teria sido planejado por Sombra, que na verdade seria o chefe da quadrilha da favela do Pantanal. Para o MP, Daniel aceitava que houvesse propina desviada das empresas de ônibus para abastecer o caixa do partido, dinheiro este que abastecia também o caixa de outras legendas, conforme reportagem da revista Carta Capital.

Segundo o MP, porém, Sombra, junto com Pinto e e o ex-secretário dos transportes de Santo André, Klinger de Oliveira Sousa nos tempos de Celso Daniel, estariam utilizando recursos para enriquecimento próprio, o que teria contrariado o prefeito, que teria entrado em choque com o trio. Por isso, ele teria sido assassinado.

É essa ligação entre a propina de empresas de ônibus e a morte de Celso Daniel que fez o juiz Sérgio Moro insistir no pedido de prisão de Ronan Pinto nesta sexta. Pinto foi preso porque teria recebido um empréstimo fraudulento em 2004 de 6 milhões de reais por intermédio do pecuarista José Carlos Bumlai. Seria um malabarismo financeiro que tirou recursos do Banco Schahin, passou pela empresa do pecuarista,  para chegar a empresas indicadas por Pinto que recebeu o dinheiro.

A força tarefa da Lava Jato desconfia que esse recurso recebido era fruto de chantagem de Pinto sobre o PT para não revelar o que sabia sobre a morte do prefeito. Ronan Pinto, por essa versão, poderia ligar o crime a um esquema de caixa dois no partido. Em seu despacho que justificou a detenção do empresário, Moro escreveu que  “é ainda possível que este esquema criminoso tenha alguma relação com o homicídio, em janeiro de 2002, do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, o que é ainda mais grave”.
A chantagem, segundo Marcos Valério e Delcídio do Amaral

O primeiro a levantar a hipótese de que o empresário Ronan Maria Pinto teria chantegeado membros do PT, incluindo o ex-presidente, foi o publicitário Marcos Valério, preso em 2013, e condenado há mais de 30 anos por sua participação no mensalão. Valério afirmou, em depoimento prestado em 2012, que Ronan Pinto havia ameaçado Lula, seu ex-secretário da Presidência, Gilberto Carvalho, e o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, por isso teria recebido os 6 milhões de reais do PT, através de Bumlai. O pecuarista teria conseguido um empréstimo de 12 milhões, metade para pagar contas do partido, e a outra teria sido destinada a Ronan Pinto a título de chantagem.

Valério não é considerado um delator dos mais confiáveis, uma vez que ele já foi acusado de "mentir e alterar suas versões”, segundo disse o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa na época do julgamento do mensalão. Além disso, ele já foi acusado por integrantes do Governo petista de tentar prejudicar a legenda como vingança pela longa pena a que foi condenado no mensalão. O próprio juiz Sergio Moro faz essa ressalva. Embora a fala de Valério “deva ser vista com muitas reservas, o fato é que metade do valor do empréstimo foi, pela prova colhida, inclusive documental, destinada a Ronan".

A tese foi reforçada por outro delator famoso: o ex-líder do Governo no Senado Delcídio do Amaral (Sem partido-MS), que colabora com a Justiça no caso de corrupção da Petrobras, também afirmou que os 6 milhões de reais que o pecuarista Bumlai entregou a Ronan Pinto “foram destinados ao pagamento de chantagens efetuadas por empresário de nome Ronan contra a cúpula do PT, a partir do município de Santo André”.

Apesar dessa declaração, integrantes da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que ainda não há nada conclusivo que possa ligar o pagamento feito a Pinto com eventuais chantagens feitas contra quadros do PT relacionados à morte de Daniel. Mas por outro lado, de acordo com o procurador Diogo Castor de Mattos, “nada justifica esses repasses”, e esta seria uma das linhas de investigação do caso.
Contestações

Dirceu, que foi preso no mensalão, Carvalho, e o PT sempre negaram com veemência essa versão, vista como uma tentativa de criminalizar o partido. “ Nunca houve empréstimo do banco Schahin para o PT. Aqui há uma inversão do ônus da prova, quem acusa tem que provar”, diz o presidente do PT, Rui Falcão.“ Eles dizem que PT diz empréstimo, e eu digo que não. Onde está o empréstimo? Cadê a assinatura do PT?  Quem acusa tem que provar. O ônus da prova é de quem acusa”, completa.

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, no ano passado, José Carlos Bumlai também negou a existência dessa operação financeira. Mas, em delação premiada tornada pública em novembro do ano passado, um dos donos do banco Schahin, Salin Schahin, confirmou tal empréstimo, que teria beneficiado o PT. Salin contou que recebeu a visita de Bumlai e do ex-tesoureiro Delúbio Soares numa das reuniões em que foi solicitado o empréstimo. Soares, inclusive, foi levado a depor, nesta sexta, por condução coercitiva. O dono do banco Schahin foi arrolado no esquema de corrupção da Petrobras pelo gerente da petroleira, Edson Musa, um dos primeiros a ser preso na Lava Jato.
Crime político X Crime comum

A ideia do crime político no caso da morte de Celso Daniel ganhou uma narrativa que teria capacidade de aniquilar presente e passado do PT, caso o partido estivesse envolvido. Mas, a dúvida é de que forma o PT estaria diretamente envolvido na morte de Celso Daniel, visto com uma promessa de liderança de projeção nacional dentro da legenda naquela época, e que estava cotado, inclusive, para ser ministro da Fazenda caso Lula fosse eleito. Celso Daniel havia se licenciado da prefeitura de Santo André, para a qual havia sido reeleito no primeiro turno, e era um quadro muito importante para o partido.

A tese do crime comum é sustentada por vários delegados que acompanharam a investigação, como foi o caso de Marcos Carneiro Lima, que trabalhava na Divisão Anti-Sequestro no ano 2000, onde atuou por sete anos. Ali, acompanhou mais de uma centena de casos, e conheceu todos os macetes das quadrilhas e seus principais líderes. Inclusive Monstro, o líder do sequestro de Daniel. “Ele havia comandado um sequestro poucos dias antes de uma travesti com as mesmas características”, conta Lima, que assegura não haver ligação entre Ronan Pinto e Monstro. “É uma leitura que está sendo conveniente neste momento”, afirma ele, que aponta um viés político que foi dado a um assunto que já foi amplamente investigado. “A quem interessa?”, diz ele. Cinco inquéritos chegaram a ser abertos sobre o caso, e todos chegavam à mesma conclusão.

Mas a corrupção em Santo André tem testemunhas

A história da corrupção nas empresas de ônibus em Santo André é antiga e tem sido amplificada por uma personagem que foi vítima de achaques de Ronan Pinto. A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) conhece bem o assunto. Filha de um ex-empresário do ramo dos transportes na cidade, ela repetiu a história da sua família, durante sessão da CPI da Petrobras no ano passado. “Na época do governo de Celso Daniel, foi criada uma quadrilha que extorquia empresários. Era formada por Ronan Pinto, Klinger Maria Souza e Sergio Sombra”, afirmou ela, que lembrou visitas intimidadoras de Ronan Pinto ao seu pai, sempre com uma arma que depositava na mesa para iniciar uma conversa que derivava para pedido de propina.

Gabrilli também reforçou a suspeitas sobre o caso de Celso Daniel, ao solicitar a Bumlai que ajudasse a esclarecer a sua morte, insinuando que Ronan Pinto tem um papel central nesse sentido. Segundo a deputada, o que ocorreu na cidade foi um “pequeno laboratório do que culminou no mensalão e posteriormente no petrolão”. Na mesma época, a juíza Maria Lucinda da Costa, que condenou em novembro de 2015 o então empresário Sergio Gomes da Silva, o Sombra, a 15 anos de prisão por participação no esquema de corrupção em Santo André, concorda com a parlamentar: “o esquema de corrupção [em Santo André] era tão estruturado que se ramificou e atingiu a administração federal”.
As dúvidas que persistem

Há, porém, uma série de dúvidas e circunstâncias sobre o caso Celso Daniel que aumentam o mistério sobre o assunto. O fato de que ao menos quatro testemunhas do caso – incluindo o legista que identificou sinais de tortura no corpo do petista, além de um garçom que teria visto Ronan Pinto, Celso Daniel, o secretário Klinger e Somba dividindo sacos de dinheiro num restaurante – morreram desde 2002, fermentam as teses políticas.

Há, ainda, as dúvidas de por que a ligação política foi feita dez anos depois do crime, quando várias investigações haviam dado o caso como encerrado.

 E ainda, os questionamentos dos familiares de Daniel, que exigem rever as novas informações. Bruno Daniel, irmão do prefeito morto, afirmou em entrevista à rádio Estadão nesta sexta que as novidades do caso precisam ser investigadas. “É necessário esclarecer por que a direção do PT remeteu 6 milhões de reais a Ronan, mediante suposta chantagem. Qual é o teor dessa chantagem?”, indagou. A opinião da família é que o empresário conhecido como Sombra não teria arquitetado a morte de Daniel sozinho. De acordo com Bruno, com raras exceções, o PT agiu para desestimular qualquer investigação do assassinato que não o relacionasse a crime comum.

Bruno cita uma conversa que ele teve com Gilberto Carvalho durante a missa de sétimo dia do irmão, no qual Carvalho lhe disse que havia um esquema de arrecadação ilegal para a campanha de Lula aquele ano. “A impressão que tive é que ele disse isso com a intenção de nos desestimular a continuar com as investigações, como se, caso isso viesse à tona, fosse macular a memória do Celso”, afirmou Bruno. “Sendo que, caso tenha havido algum esquema espúrio de arrecadação, isso teria que ser apurado”. Carvalho sempre negou ter conversado sobre este assunto, bem como seu envolvimento em qualquer irregularidade.

Outra dúvida é por que o Governo do PT nunca trabalhou para esclarecer o esquema de propina em Santo André, embora a própria deputada Gabrilli tenha solicitado isso diretamente ao então presidente Lula.

Catorze anos depois, o juiz Sérgio Moro realimenta a trama que já rendeu livros e centenas de reportagens sobre o caso Celso Daniel. Um roteiro policial que ainda vai render muito assunto.